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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Devo exigir que o meu filho peça perdão? - Por Jen Wilkin

Texto extraído do blog "The Beginning of Wisdom" e originalmente publicado em 21/05/2013. Traduzido por mim com permissão da autora.

FAQ: Should I make my child apologize? - By Jen Wilkin

Pais frequentemente me perguntam se é errado exigir que seus filhos peçam desculpas quando agem com falta de respeito ou desobedecem. Geralmente, a preocupação é que, ao fazê-lo, eles estejam ensinando o filho a mentir. Não seria muito melhor esperar a criança pedir perdão quando ela está realmente arrependida em vez de forçá-la a repetir um pedido de perdão que você a ensinou?

É louvável que você queira que o seu filho fale e aja sempre pelos motivos certos. E sim, obediência segundo o padrão de Deus vai além do que simplesmente dizer as palavras certas - a obediência segundo o padrão de Deus diz respeito a palavras certas com as motivações certas, é fazer o que é correto pelos motivos corretos. É esse tipo de obediência que pais cristãos desejam que seus filhos aprendam.

Mas como esse tipo de obediência é aprendido? Como a obediência segundo o padrão de Deus é assimilada? A resposta pode surpreendê-lo(a). Diferente dos adultos que aprendem pela razão, as crianças pequenas aprendem pela ação. Os adultos precisam ser convencidos de que uma determinada ação é a correta antes de desejarem adotá-la. As crianças, por outro lado, aprendem a fazer o que é certo antes de serem intelectualmente capazes de compreender as razões por trás da ação. Para elas, agir da maneira certa precede o entendimento do porquê é a atitude certa.

Os pais intuitivamente compreendem e aplicam esta "verdade educativa" com crianças pequenas em muitas áreas:

- Ensinando a linguagem dos bons modos antes que elas desejem ser corteses ("por favor" e "com licença").
- Ensinando a linguagem da gratidão antes que elas se sintam gratas ("obrigado(a)").
- Ensinando a linguagem do respeito antes que elas queiram ser respeitosas ("senhor" e "senhora").
- Ensinando a linguagem da oração antes que elas tenham desejo de orar (Deus é bom, o Pai Nosso, etc.).

Em suma, ensinamos para elas as linguagens que elas devem dominar para interagir com as pessoas antes mesmo que compreendam o valor ou o conceito do porquê essas linguagens são necessárias e boas.

Por isso, minha resposta para a pergunta "Devo exigir que o meu filho peça perdão?" é um enfático "Sim". Se nós fielmente já ensinamos as linguagens dos bons modos, da gratidão, do respeito e da oração, então por que não ensinar a linguagem do perdão? Não é uma linguagem igualmente importante que eles saibam? Por que ensiná-los a pedir perdão os encorajaria a mentir, mas a dizer "obrigado(a)" sem estar com o coração grato não? Não seria cruel deixar nossos filhos de mãos vazias numa situação em que o perdão precisa ser buscado?

A criança litúrgica
Crianças são criaturas extremamente litúrgicas: elas amam a repetição. Isso explica a capacidade que elas têm para ouvir a mesma história ou ver o mesmo filme muitas e muitas vezes, o apego que têm a um ritual na hora de dormir ou a um ursinho de pelúcia, a tendência de gritar "De novo, de novo!" quando andam num carrossel. As crianças são programadas para a repetição porque a repetição as ajuda a aprender.

Assim como o pastor de uma igreja que usa liturgia toda semana não presumiria que sua congregação tem fé genuína só porque ela repete o Credo Apostólico, nós pais não presumimos que os nossos filhos estão realmente arrependidos só porque aprenderam a pedir desculpas. Mas nós damos a eles as palavras certas confiando que a motivação correta irá acompanhá-las à medida que eles amadurecem.

Assim como a congregação precisa ver o pastor viver na prática a liturgia que ele usa na ministração, os nossos filhos precisam ver em nossas vidas a verdade das linguagens que lhes ensinamos. Uma criança que vê seus pais, genuinamente arrependidos, pedir perdão quando erram com eles irá rapidamente aprender a fazer o mesmo. Toda vez que pedimos perdão aos nossos filhos, nós damos a eles uma ideia de como é um genuíno e maduro pedido de perdão: "Me desculpe por tê-lo(a) machucado com as minhas palavras. No seu lugar eu ficaria assustado(a) e triste porque a Mamãe gritou com você. Não é certo eu falar assim com você. Você é precioso(a) para mim. Eu o(a) amo muito e não quero fazer isso novamente. Eu não honrei a Deus e eu não honrei você. Eu oro que Deus me ajude a mudar. Você me perdoa?".

Crianças mais velhas e pedidos de perdão
Devemos exigir que crianças mais velhas peçam perdão? À medida que crescem, elas se tornam intelectualmente capazes de associar a motivação correta à ação correta. Elas se tornam aptas a pedir perdão sem serem mandadas e sem palavras decoradas. Uma criança mais velha que já demonstrou genuíno arrependimento (e tem o exemplo dos pais), provavelmente está pronta para uma abordagem diferente quando um pedido de desculpas se faz necessário.

- "Essa foi uma reação exagerada. O que você acha que precisa acontecer agora?" (Eu preciso pedir desculpas). "Sim. Você está pronto(a) para fazer isso agora ou precisa de alguns minutos para pensar no que quer dizer?".
- "Eu acho que você já sabe qual a coisa certa para se fazer agora. Eu oro para que o Espírito Santo lhe mostre que você precisa de perdão. Estaremos prontos para conversar quando você estiver".
- "Você precisa pedir perdão para a sua mãe. Use alguns minutinhos para pensar sobre o que você quer dizer e, quando estiver pronto(a), venha dizer a ela como você se sente sobre o que aconteceu".

E então sim, espere o arrependimento genuíno se manifestar. Se demorar muito a aparecer, talvez sejam necessárias mais conversas sobre como a falta de perdão prejudica os relacionamentos e também estabelecer consequências que deem conta do recado. Mas a criança que está acostumada com um pai que rapidamente se arrepende e perdoa irá tipicamente fazer o mesmo.

Então, sim, exija um pedido de perdão do(a) seu(sua) filho(a) pequeno(a). Não permita que o medo de ensiná-lo(a) a mentir impeça você de educar seus filhos na liturgia do arrependimento. Seja exemplo para eles do que significa arrepender-se segundo o padrão de Deus, eduque-os fielmente na linguagem do perdão e ore para que o Senhor use as suas palavras e o seu exemplo para trazer genuíno arrependimento aos seus pequenos corações.

Jen Wilkin é esposa, mãe de quatro incríveis crianças e defensora de que as mulheres amem a Deus com suas mentes através do fiel estudo da Sua Palavra. Ela escreve, ministra e ensina mulheres sobre a Bíblia. Ela mora em Flower Mound, no Texas, e sua família chama "The Village Church" seu lar. Você pode encontrá-la em www.jenwilkin.blogspot.com.

sábado, 10 de agosto de 2013

Carta à minha filha Nicole (quase 4 anos)

Querida filha Nicole,

Há um bom tempo - desde que você era bebê - eu venho a este blog escrever coisas a seu respeito. Eu falo do que você está aprendendo, de como são os seus dias e também um pouco da minha experiência em aprender a ser mãe. Agora que você está mais crescidinha, eu vim falar diretamente a você, ao seu coração!

Eu sei que um dia, quando você já souber ler e for uma moçona, você vai se interessar em ler as minhas palavras. Não sei quanto tempo de vida Deus nos dará aqui na terra, mas seu pai e eu queremos aproveitar todas as oportunidades que Ele nos der para ajudar a apontar a direção que você irá seguir quando for adulta e tiver de tomar suas próprias decisões. Sabemos que o seu tempo conosco em casa é um período crucial de preparação para a sua maturidade, portanto todo o tempo que temos juntas é precioso!

Você ainda nem completou 4 anos, mas já tivemos muitas conversas profundas sobre Deus, vida e morte. Geralmente elas acontecem durante o almoço. Tão novinha ainda e você vem cheia de perguntas sobre o passado e o futuro. São perguntas inteligentes, de quem quer entender a vida e o mundo em que vivemos. Você quer saber porque você come para crescer, porque as pessoas ficam velhas e um dia morrem (como a Vovó Romilda), porque você foi à escola quando tinha 2 anos e agora não vai mais, porque algumas pessoas pedem dinheiro no farol, porque picham a parede das ruas, porque os médicos cortam a barriga das mulheres para tirar o neném... e muitas outras perguntas engraçadas e bem difíceis de responder.

Eu faço questão de lhe contar a verdade - de uma forma que você vá entender, é claro, mas meu compromisso é de falar tudo o que eu conheço da verdade. Não quero oferecer substitutos para a verdade na tentativa de amenizar as coisas para você. Você é uma criança, eu sei, mas merece o meu respeito. E eu quero merecer a sua confiança, quero que você sinta-se sempre à vontade para me procurar para fazer as perguntas difíceis da vida. Não tenho todas as respostas, mas o que eu souber lhe falarei com sinceridade porque acredito, do fundo do meu coração, que a verdade liberta. E é fundada na verdade, na Bíblia, na Palavra de Deus, que seu pai e eu queremos educá-la: ensiná-la a andar nos caminhos do Senhor.

Conforme você for crescendo, você vai perceber que não temos as respostas para todas as suas perguntas. Aliás, isso já acontece hoje em dia: você me pergunta algo, eu digo que não sei e você insiste, perguntando: "Mãe, mas por que você não sabe tudo?".

Boa pergunta!! Eu também queria saber, rsrs.

Muitas de suas dúvidas, querida, nós poderemos estudar e pesquisar, para juntas aprendermos. Outras você precisará perguntar diretamente a Deus, o Criador do Universo. Eu não tenho todas as respostas, mas Ele tem, filha. Pode confiar! Busque-o com toda a sua força e Ele irá sussurrar em seu coração nos seus momentos de oração. E quanto àquelas outras perguntas (as mais complexas), você - como eu - precisará guardar no coração para um dia, na Eternidade, poder perguntar diretamente ao Rei dos reis.

Filhinha, eu não vou viver para sempre nesta Terra. Espero viver longos anos, mas o fato é que um dia eu vou morar com Jesus. Hoje estou com 31 anos e sei que parece cedo para falar em partida, mas o que quero é reforçar que, quando eu for, desejo que você continue se sentindo amada. Eu vou mas as minhas palavras ficam! As palavras faladas eu espero que você carregue na memória e as palavras escritas ficarão aqui para um dia você recordar e se sentir encorajada que Deus cuidou de você desde o 1o. momento da sua vida.

Nicole, você é uma garota única, uma pérola preciosa. Nunca se esqueça disso. Você é especial.

Eu olho em seus olhos e eu consigo ver a mulher formosa que você já é, mesmo aos 3 anos de idade. Para a glória de Deus, você crescerá saudável e será uma grande mulher, uma mulher importante e cheia de vigor. Vejo isto nos seus olhos, no seu sorriso, no seu jeito de falar, na sua espontaneidade, carisma e inteligência. Você nasceu para brilhar a luz de Cristo, minha filha, para anunciar a vitória que Jesus conquistou para nós na Cruz. A missão casa bem com o significado do seu nome: "vitória do povo" ou "povo vitorioso".

Tenho convicção de que Deus tem uma missão especial para você cumprir, que irá abençoar muitas vidas. E isso não será algo para um futuro distante, começa desde já na sua infância. Eu sei o quanto você é preciosa, o quanto é amada por Deus e, saiba, tenho muito orgulho de ser sua mãe!! Que privilégio poder caminhar com você nestes dias da sua formação e participar da sua vida!

Querida, para finalizar quero dizer que não importa o que acontecer, você será sempre a nossa princesa. Papai e eu a amamos muito, viu?! É tanto amor que não cabe no peito!

E minha oração de mãe é que você descubra em Deus o propósito da sua vida. Que você seja sensível, focada e ousada no Espírito! Que você experimente mergulhar nos braços do Pai. Que você nunca deixe de confiar nEle e que aprenda a discernir a Sua doce voz. Essa voz, meu amor, é que irá guiá-la pelo caminho seguro até o dia da Sua vinda!!

Guarde essas palavras no seu coração.

Com muito amor,

Talita