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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Rotina do Vinícius – 1 a 3 meses – Parte 1: O primeiro mês

Ao ser apresentada aos princípios do Nana Nenê e da Encantadora de Bebês, fiquei simplesmente maravilhada - em especial porque admirava muito a forma como a Tine educava o Tiago – e mal podia esperar a Giovanna nascer para aplicá-los (atualmente com quase três anos de idade).

Contudo, depois de uns meses desenvolvi uma verdadeira repulsa a toda essa literatura, não porque duvidava de sua eficácia, mas simplesmente porque não funcionava como no livro. Acho que esse repúdio se deu porque eu tinha certas expectativas que não foram alcançadas e, para piorar, me sentia culpada por acreditar que isso ocorreu por minha incompetência em aplicar o método. Resultado: somando o temor do primeiro filho, com uma depressão leve pós-parto, mais uma choradeira interminável e um resultado que nunca chegava, acabei frustrada e acuada.
Somente depois de abandonar o CIO (deixar chorar) é que consegui reunir forças novamente para me concentrar na minha bebê e aos poucos fui resolvendo as pendências de um modo mais sereno. Consegui me recuperar e a vida seguiu. Meu desabafo pode ser lido em uma das poucas postagens antigas de minha autoria “A vida sem Ezzo ou Tracy Hogg”.
Aí fiquei grávida do meu segundo filho e tinha que decidir o que fazer. Aplicar os princípios? Não aplicar? O que aplicar?
Tornei a ler boa parte dos livros, dessa vez com outros olhos e sem a pressão de querer ser “a mãe perfeita”. Também li outros textos, principalmente na internet. Conversei com meu marido. Pensei nas experiências de outras mães, adeptas e não adeptas dos Ezzos. Lembrei da minha própria experiência, dessa vez com uma reflexão mais fria, mais crítica.
Abaixo compartilho as opções que fizemos em relação ao Vinícius, dispostos em três partes: Alimentação – Atividade – Sono. A Tracy Hogg chama isso de EASY (eat-activity-sleep-you).
1º mês:  
Alimentação:
O Vinícius nasceu prematuro e por problemas respiratórios teve que ficar internado por duas semanas. Na UTI o colocaram em uma rotina de mamadas de três em três horas rigorosa.
Já havíamos decidido aplicar o princípio da AOP (Alimentação Orientada pelos Pais), presente tanto no Nana Nenê quanto no livro “Encantadora de Bebês”. Acredito muito nesse princípio porque ele te permite compreender melhor o choro da criança. A partir do momento que você sabe que horas o bebê mamou, é possível prever, por exemplo, que um choro meia hora depois dificilmente será fome.
Além disso, a mamada espaçada permite ao bebê mamar quando realmente está com fome (não só para se acalmar, por exemplo), o que fará com que ele sugue até chegar à parte gordurosa do leite.
Também existe o ponto emocional. Não acho saudável fazer a associação de que devemos nos acalmar com comida. Peito é só para refeições e ponto final.
Quando chegamos em casa, aplicamos o princípio de imediato. Embora já estivesse acostumado com as três horas, resolvi baixar esse intervalo para 2 e ½ horas. O motivo? Na UTI eles sabem que o bebê mamou bem, porque depois do peito existe um complemento por sonda ou via oral. Além disso, as fraldas são pesadas e o próprio bebê é pesado diariamente. Sem esses recursos, preferi baixar o intervalo e aderi a uma flexibilidade de 30 minutos, tanto para mais, como para menos.
Atividade:
Depois da mamada, se ele dormisse, eu o deixava ereto por um tempo e depois colocava no berço. Se acordasse, tudo bem. Não insistia no período de atividade – afinal, era para ele estar no meu ventre.
Tirando um ou outro dia, ele praticamente mamou e dormiu por três semanas. A atividade principal era o banho e a troca de fraldas, sendo que optei por realizá-las antes das mamadas, para evitar regurgitações. Com a Gi, eu trocava uns 20 minutos depois das mamadas, porque o EASY da Tracy indicam essa como a principal atividade do bebê. Comparando, eis minhas observações:

1. As fraldas vazaram bem menos. Acho que é porque quando trocamos após a mamada, a barriguinha está mais cheia. Conforme vai esvaziando, a fralda fica menos ajustada e o xixi vaza. Trocando antes da mamada, o ajuste fica melhor.

2. Há menos incidentes de xixi no trocador. Trocando antes da mamada, tudo o que o nenê tinha para fazer já foi feito. No caso da Gi, mesmo trocando depois de um intervalo, era quase certo que ela faria mais durante a troca.

3. Diminuição no número de regurgitações. Esse era o único resultado que eu esperava e realmente se confirmou, principalmente no banho. Conto nos dedos as vezes que isso aconteceu e ele nunca golfou. Ressalto que não tive muito problema com a Gi, mas com o Vini foi quase perfeito nesse quesito.

4. Maior dificuldade para trocar. Foi o único ponto negativo que observei. Justamente por estar com fome, o Vini as vezes chorava e se remexia no trocador, fato que praticamente não aconteceu com a Giovanna (que geralmente desmaiava no trocador). Contudo, essa dificuldade aconteceu mais nas duas primeiras semanas. Depois que o Vini pegou o jeito da coisa, passou a se comportar bem e esperar pela troca, sabendo que em seguida ia mamar.
Sono:
Não deixei chorar, nem para sonecas, nem para o sono noturno. Concentrei-me em criar a rotina do sono e me esforcei para que ele dormisse no berço sozinho. Nessa fase é mais fácil, porque eles literalmente capotam, ainda mais o meu sendo prematuro. Tirando algumas poucas vezes em que foi necessário ninar, em boa parte das sonecas ele desmaiava sem qualquer esforço da minha parte.

Com a Gi (minha primeira filha), passei a deixar chorar dez dias após o nascimento. Foi simplesmente o caos. Fico angustiada só de ler meu diário da época. Definitivamente, com o Vini foi bem mais fácil e não acho que ele “perdeu sono”. Ao contrário, ele dormiu bem melhor que ela, que desperdiçou horas chorando ao invés de dormir.

Especulando (sim, porque não dá para saber com certeza), acho que o sucesso dessa primeira etapa se deu principalmente pela minha postura. Claro que a prematuridade é um fator que favorece o sono. Porém, acredito que as mães passam segurança ou insegurança para os filhos. Quando eu ia colocar a Gi no berço, já começava a ficar tensa, pensando no choro que teria que ouvir. Com o Vini tudo era tranquilo. Eu ia para o quarto dele com paz de espírito. Isso na minha opinião, foi um fator decisivo.
Resumindo:
O primeiro mês do meu filho em casa foi de paz e sossego. Ele comeu bem, dormiu bem e minha família idem. Acredito que para minha personalidade e estilo, esse “mix” de princípios serviu e não acredito que ter adiado o “deixar chorar” foi um empecilho para impor uma rotina adequada nessa primeira etapa da vida do Vini.

Contudo, lembro que há tantos fatores que é difícil prever o que acontecerá em cada caso concreto. Talvez para um terceiro filho essa minha opção de agora não seja adequada. Daí a importância de sempre manter a calma e fazer escolhas que funcionem para SUA família.

Aprendi que esse foi meu erro com a Giovanna: acreditar que se eu não conseguisse aplicar os princípios desde logo, teria mais trabalho em fazer isso mais para frente. Obriguei-me a passar por cima dos meus limites e criei um ambiente tenso na minha casa que redundou no fracasso de tudo. Foi só depois de jogar tudo fora e começar do zero que as coisas deram certo.

CIO é bom. Não descartei e vocês verão que passei a usar nos meses seguintes (aguardem as próximas postagens). Mas com a Gi, sinceramente, não achei que valeu a pena nessa fase. Daí minha opção para agora.

Até a próxima.

Um comentário:

  1. Oi Fabi! Com a Alícia eu também me permiti uma margem de 30 min para mais ou menos nas mamadas. Ser flexível é realmente bem importante. Fico muito contente que o 1º mês do Vini tenha sido tão tranquilo para vocês. Normalmente as primeiras semanas em casa são as mais difíceis de lidar. Mas acho que, no seu caso, a rotina rígida do hospital ajudou o metabolismo dele a se adaptar, né! Bjs.

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