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Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

1 ano e 6 meses de Alícia!

Amanhã a Alícia completa 1 ano e 6 meses e resolvi me adiantar e postar as novidades!


Dentição e Alimentação
Além dos 2 dentinhos debaixo, agora ela tem mais 3 dentinhos, todos em cima. Tadinha, ela sofreu muito porque os três saíram praticamente ao mesmo tempo! E dá-lhe Nene Dent para aliviar a coceira e dor. Em compensação, agora que tem 5 dentinhos ela vai poder morder e mastigar melhor alimentos mais duros. Não que antes ela não já comesse de tudo. Alguns alimentos - como o tomate - ela chupava até amolecer e conseguia engolir (mas deixava a casca). Já outros - como a uva passa - ela simplesmente engolia inteiro e depois eliminava no cocô. Outra vantagem é que à medida que ela cresce e consegue comer sozinha as coisas vão ficando mais fáceis para mim. Já se imaginou tentando alimentar duas pequenas e comer ao mesmo tempo? É o que eu tento fazer, não é à toa que estou sempre ouvindo "Como você emagreceu". Eu até consigo colocar algumas garfadas rapidamente na boca entre ajudar uma e outra, mas não é como se sentar à mesa para saborear a refeição! Isso quando a Nicole não pede para fazer o nº 2 bem no meio da refeição, aí complica ainda mais. E quando elas finalmente terminam, eu vejo a bagunça de bandeja melecada, chão sujo, pratos para lavar, etc. e minha mente neurótica logo pensa: "Preciso arrumar logo tudo isso". Daí qualquer vontade que eu tinha de pegar mais um pouquinho vai embora!

Rotina e Horários
Até muito recentemente, as sonecas da Alícia pela manhã estavam sendo bem longas. Tinha dias em que eu a colocava para dormir 8:30 ou 9:00 e ela só acordava - isso porque eu abria porta e janela para entrar claridade - às 11:30, quando eu já estava com almoço preparado e prontinha para sair para buscar a Nicole na escola. Era muito bom, por um lado, porque eu tinha a manhã toda pra mim! Eu aproveitei para fazer meus trabalhos de faculdade e até consegui escrever uma boa média de posts por mês, vocês repararam? Por outro lado, com o tempo fui vendo que dormir tanto pela manhã tinha dois "contras". O primeiro é que eu desperdiçava um tempo individual que eu poderia ter com ela enquanto a irmã estava fora. Falo mais sobre isso no tópico abaixo. E o segundo é que a soneca da tarde começou a ficar cada vez mais curta. E como não são todas as tardes que a Nicole tira soneca, tinha dias em que as duas "pintavam o terror" no quarto! Como nenhuma das duas estavam com muito sono, era um estresse só eu entrar toda hora no quarto para falar que elas precisavam ficar quietas, parar de brincar, conversar, gargalhar, etc. porque era a hora do descanso. Ou seja, em vez de eu relaxar, ficava só o pó e não via a hora do maridão chegar logo em casa no fim do dia para assumir o turno dele!

Por isso, a partir de ontem, tomei a decisão de que vamos eliminar a soneca da manhã. Vou fazer atividade dirigida com as duas pela manhã (se bem que esses dias estou pegando bem leve porque é época de férias e todo mundo merece não ter nada pra fazer, hehe!) e à tarde passaremos à rotina da Alícia tirar uma única soneca longa (de 3 horas) por dia. E enquanto a Alícia dormir, a Nicole vai fazer tempo de brincar independente para eu poder ter meus momentos de paz durante o dia. Depois eu conto se deu certo!

Linguagem e Comunicação
Ufa, a Alícia está começando a repetir melhor os sons. Sabe que eu estava ficando preocupada e cheguei a pensar em levá-la numa fonoaudióloga para saber se ela tinha algum problema?! Eita, mamãe neurótica. Eu sei, eu sei, o bom senso diz que cada criança tem seu ritmo, que vai falar, andar, etc. no seu próprio tempo. Mas, convenhamos, É TÃO DIFÍCIL não comparar!! E eu lembro que a Nicole falava um monte de coisas com 1 ano e 5 meses (está certo, eu não lembro... mas li o post em que registrei isso) e a Alícia não repetia direito as palavras, o som saía muito diferente. A coisa só começou a andar quando mudei a estratégia - do inglês para o português. E não é que ela falou "mamãe" e "papai" direitinho? Em inglês não saía! E agora ela está um papagaiozinho repetindo as palavras. A pronúncia dela está melhorando.

Dessa experiência extraio duas lições importantes (que estão interligadas). A primeira é que estava sendo exigente demais com um nível que eu achava que ela deveria ter. E a segunda é que eu a estimulei muito pouco para esse nível! Compreendi que quando a gente tem um filho só a nossa atenção em casa é quase que 100% dedicada a ele. Eu estimulava a Nicole a todo momento, ela era uma esponjinha e ia absorvendo tudo! De verdade, eu não dava um segundo de trégua pra ela, era na hora de comer, na hora do banho, de fazer xixi no vaso, de brincar lá fora ou aqui dentro. Eu estava o tempo todo ensinando alguma coisa, conversando com ela, pedindo para ela repetir alguma palavra, cantando, mostrando os livros, enfim, era um curso de imersão, rs. Já com a Alícia... tadinha, há momentos em que ela precisa praticamente pular na minha frente ou agarrar as minhas pernas para conseguir minha atenção! E quando eu pego um livrinho pra ler com ela e faço alguma pergunta (por exemplo, "What animal is this?" ou "What color is this?"), advinha quem responde no mesmo segundo? Isso mesmo, a Nicole! A Alícia não tem a menor chance e por isso ela logo se desinteressa. Como no ano que vem, eu vou "homeschool" as meninas ao mesmo tempo, estou pensando numa estratégia para atender às necessidades individuais de cada uma.

Ainda sobre linguagem, uma amiga leitora desse blog descobriu um site muito legal sobre linguagem de sinais para bebês! Chama-se "My Smart Hands". Depois que assisti ao vídeo da bebezinha de apenas 1 ano fazendo um monte de sinais, vi que estava perdendo tempo com as minhas filhas e que poderia estimulá-las para além das poucas palavras que as havia ensinado ("obrigada", "por favor", "banheiro", "desculpe", "mais" e "terminei"). As crianças têm muita capacidade de aprender novos idiomas. Quanto mais novas, mais fácil e rapidamente aprendem. O problema é que sou limitada quanto à linguagem de sinais em si, mas meu marido fez curso de LIBRAS (Linguagem Brasileira de Sinais) anos atrás e ainda tem a apostila. Combinamos que ele vai tentar ir relembrando algumas coisas e a família toda vai aprender junto. Não quis seguir o site My Smart Hands porque os sinais que ela ensina não são de LIBRAS, mas de ASL (American Sign Language) e achei que não seria muito útil para a comunicação com surdos aqui no Brasil.

Toilet-training
Semana passada resolvi tirar a Alícia das fraldas! O tempo estava quente, eu de férias, enfim, tudo propício. Usei as dicas do material dos Ezzos dessa vez (e não mais apenas a da Encantadora como fiz com a Nicole, numa outra oportunidade explicarei melhor) que, como vocês verão, são de linha behaviorista (com muito condicionamento e reforço positivo). Deixei-a apenas de calcinha durante o dia e deixei carregar uma garrafinha de água que ela gosta muito pra lá e pra cá. A ideia era aumentar a ingestão de líquidos e oportunidades para ensiná-la a diferença entre "seco" e "molhado". Programei o alarme do meu celular para tocar a cada 17 a 22 min. Cada vez que ele disparava, eu dizia toda animada que estava na hora de fazer xixi. Porém, antes de colocá-la para sentar no vaso (usamos uma adaptador especial para o bumbum dela), eu pedia para ela colocar a mão na calcinha e sentir se estava seca. Se estivesse, eu fazia a maior festa e ela ganhava chocolate confete (que ela ama e também outra oportunidade de praticarmos as cores)! Só então sentávamos para fazer xixi. Primeiro eu, depois a Nicole, às vezes alguma boneca dela e, finalmente, a própria Alícia. Enquanto ficava ali sentada, eu aproveitava para tirar o atraso e ler alguns livrinhos com ela. Programava o despertador para tocar dali 5 a 7 min para indicar que estava na hora de sair (para ela não ficar tempo demais e a brincadeira perder a graça).

Bem, como já deu pra perceber, toilet-training é muito trabalhoso. Exige paciência. E muita disposição porque você passa o seu dia em função disso! E tem de fazer o ritualzinho com muita animação. Nesses 5 dias que acrescentamos "sentar no vaso" à rotina da Alícia, eu não fiz outra coisa durante o dia. Sério, cansa muito. A nossa média de acidentes estava entre 3 a 4 por dia, o que é pouco até e não tão interessante para quem tem o objetivo de alcançar o objetivo logo! Os acidentes (=erros) são oportunidades brilhantes pra ensinar à criança o que fazer e o que não fazer. Muitas vezes acertamos o cocô - que ela fez direitinho dentro do vaso e que era largamente comemorado - mas com o xixi não tivemos êxito nenhuma vez. Não sei porque ela segurava tanto o xixi! Mesmo bebendo muito líquido (porque o chocolate também dá sede). Acabava encharcando a fralda durante as sonecas. Quando ela não fazia, eu programava o despertador para tocar dentro de 12 a 17 min. Se ela não fizesse de novo, eu diminuía ainda mais o intervalo na esperança de que ela não se aguentasse de vontade e fizesse "sem querer" no vaso. Eu lembrei algo que eu fazia com a Nicole para ajudá-la entender o que tinha de fazer quando estava ali sentada. Como tudo para eles nessa idade tem de ser divertido, eu segurava as mãozinhas dela, contava 1-2-3 e "uhhh", contorcia meu rosto como se estivesse fazendo força.. Ela achava engraçado e me imitava. Mas com a Alícia não deu certo nenhuma vez! Uma vez 2 min depois de sair do vaso, ela fez xixi na calcinha.

O resumo da ópera é que só conseguimos fazer isso por uma semana porque logo o tempo virou. Faz 5 dias que suspendemos o toilet-training por causa do tempo chuvoso. Quando o tempo melhorar e o calor firmar de novo, retomaremos os esforços do toilet-training!

Limites e Obediência
O nosso maior desafio com relação à Alícia nos últimos tempos tem sido não ceder às birras dela e insistir em ensiná-la a obedecer. Ela já entendeu o "That's a no-no" e até me imita mexendo o dedo indicador (confirmando que aquilo não pode), mas ela tenta nos enganar! Espera a gente virar as costas para fazer ou tenta fazer mesmo com a gente olhando firme pra ela. Acho que pra ver o que acontece ou confirmar se este é o limite meeesmo? Provavelmente! E aqui entra aquele princípio de educar, não reeducar. De se esforçar para pagar à vista e não em muitas dolorosas parcelas, porque... olha, educar dá trabalho!!

O exemplo mais real dessa vontade de fingir que não viu foram os episódios com o cinto de segurança. Sabem o que aconteceu? Nos cansamos de ficar parando o carro no meio da rua porque ela estava desobedecendo, de colocar os bracinhos dela de volta pra dentro do cinto, de dar bronca e repetir toda hora a mesma coisa! Adotamos outra postura: a de restringir a sua liberdade. Como era de se esperar, a solução está em educá-la dentro do funil! Meu marido teve a brilhante ideia de pegar uma fralda e amarrar os dois lados do cinto bem abaixo do pescoço dela, assim ela não tinha espaço para tentar tirar os braços. Que alívio! Claro que ela ficou brava, chorou, tentou espernear... mas faz parte da lição que ela precisava aprender porque ainda não tinha maturidade para fazer a escolha certa de obedecer. Então ela precisava da nossa ajuda: precisava que colocássemos os limites mais estreitos para ajudá-la a se conformar a eles.

Fizemos isso por bastante tempo e domingo agora a prendemos na cadeirinha sem usar a fralda para apertar o cinto. Ela tirou os bracinhos uma vez apenas durante todo o caminho. Um baita progresso! Quando ela obedeceu, fizemos questão de elogiá-la, para que ela soubesse que havíamos percebido e que estávamos contentes que ela estava desenvolvendo autocontrole. De fato, esse é um enorme desafio nesta idade.

Temperamento
No último post falei sobre o temperamento forte da Alícia. Pois é, essa característica está cada vez mais evidente. Ela é birrenta!! Não cede fácil, chora para manipular, faz cara feia ou vira o rosto brava quando é contrariada, joga os brinquedos, chuta, bate, puxa o cabelo... esse tipo de coisa. Às vezes eu fico com queixo caído com a reação dela e me seguro para não rir das caretas que ela faz. A Nicole tem de ter uma paciência, viu! Porque a Alícia praticamente monta na irmã quando quer um brinquedo que está nas mãos dela ou fica berrando. Estou insistindo que assim ela não vai conseguir nada, que tem o jeito certo de pedir as coisas, que tem de ter paciência e esperar (ah, esse é outro sinal que ela já aprendeu a usar). Ela já está se acostumando também com o ritual de pedir desculpas e de dar um beijo na irmã quando a machuca ou é mal-educada. Um dia desses até fez espontaneamente!

Mas... tem dias que são bem difíceis, sobretudo, quando eu desencano da rotina - não oriento uma atividade (deixo livre demais) ou não garanto que ela durma as horas necessárias para ela ficar bem disposta. É tão importante que ela esteja descansada! O cansaço é contraproducente para ajudar a criança a desenvolver o autocontrole, uma habilidade absolutamente fundamental (para saber mais, leia o post Desenvolvimento do autocontrole). Eu preciso ficar muito atenta à rotina para não deixar as coisas saírem do controle com ela.

E olha que tem dias que ela se rebela e não quer dormir (mesmo morrendo de sono). Chora um tempão sem parar! Li o post da Fabi de ontem falando sobre fazer CIO e pensei: "Nossa, com a Alícia eu faço CIO até hoje". No caso dela, sei que é pura chantagem, ela é determinada e berra mesmo - para protestar. Que Deus me ajude a ensiná-la a lidar com as suas emoções!! Anos atrás traduzi um livro chamado "How To Really Love Your Angry Child" do Dr. Ross Campbell para a Editora Mundo Cristão (leia a sinopse dele em português aqui). O livro é excelente e eu estou começando a pensar que Deus tinha um propósito quando me fez entrar em contato com ele, rsrs. Quando eu conseguir, posso resumi-lo aqui pra vocês!

Outro aspecto que queria acrescentar é que a Alícia também é muito apegada. As emoções dela são para os dois lados. Ela abraça, beija, faz carinho... espontaneamente. É o tipo de criança que gosta de ficar na saia da mãe, sabe? A Nicole não tinha isso - era livre, leve e solta. Já a Alícia, se eu bobear, fica pendurada na minha perna o dia todo, me seguindo pela casa! Na hora de dormir (e ela sabe bem quando é a hora), ela deita a cabecinha no meu ombro e me abraça com tanta força que quase me enforca. Haha! Já se ligaram por quê, né? Então eu a abraço de volta, massageio as costinhas dela e apenas curto o momento, canto uma canção de ninar e fico assim agarradinha com ela um tempinho... porque, afinal, eles crescem tão rápido e é gostoso demais receber um abraço apertadinho desses da minha princesa!

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