Bem-vinda!!

Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

terça-feira, 23 de outubro de 2012

1 ano e 4 meses de Alícia!

Ufa, estou há dias me cobrando de vir fazer este update da Alícia que completou 1 ano e 4 meses na última sexta-feira. Há tantas coisas por fazer ultimamente que a tentação de adiar e deixar para escrevê-lo somente no mês que vem é grande! Por outro lado, com todas as cobranças de fim de semestre na faculdade, sei que procrastinar não vai ajudar em nada. Além disso, sei que daqui alguns anos - quando as minhas filhotas, hoje tão pequenas, forem mocinhas maiores, adolescentes, jovens e futuras mamães - iremos com certeza curtir estes registros que periodicamente vou fazendo do desenvolvimento delas! 


Dentição e Alimentação
Sim, finalmente dois dentinhos já vieram! Marquei bem o dia: o primeiro começou a despontar quando ela estava com 1 ano, 2 meses e 20 dias. Uau, ela conseguiu "ganhar" da irmã. O primeiro dentinho da Nicole só começou a despontar com 1 ano, 1 mês e 9 dias e, na época, por mais que me dissessem que quanto mais tarde melhor, eu já estava preocupada!! Desta vez não, fiquei tranquila e até me diverti com a situação. Não ter dentes nunca impediu a Alícia de comer bem. Aliás, ela sempre comeu de tudo... e rápido! Inclusive quando mamava ao peito - quem acompanha o blog há mais tempo deve se lembrar que em 10 minutinhos ela esvaziava o meu seio e ficava satisfeita. Ela gosta de comer sozinha também - precisa de ajuda para encher a colher, é claro, mas faz questão de levá-la à boca sozinha e ama os elogios. O babador de plástico com bolso para mim é um item que não pode faltar nas refeições - ele é fundamental! Também a deixo, na verdade, a incentivo a comer alguns alimentos com a mão, como é o caso do pepino ou do tomate.

Vez ou outra, ela come umas 4 colheres apenas e já começa a fazer o sinal de "No, thanks". Eu pergunto se é isso mesmo que ela está dizendo, tento oferecer de novo e, se ela realmente não quiser mais, suprimo minha neura de mãe que quer que os filhos comam tudo que está no prato e não insisto mais. Sei que ela vai comer quando tiver fome e não preciso forçá-la a comer uma determinada quantidade só porque é o habitual. O bom senso me diz que há dias em que temos menos fome. A exceção é quando ela rejeita a comida porque quer o suco. Tive problema com isso recentemente, ela se recusava a abrir a boca pra comer porque queria ficar só no suco. Daí não teve negociação: comida primeiro e suco depois. Ela insistiu, ficou brava, mas acabou cedendo depois de três ou quatro tentativas frustradas. Se ela não tivesse cedido, teria ficado sem suco e sem comida (substituição) até a próxima refeição. Apesar desse episódio, normalmente ela concilia bem (suco e comida ao mesmo tempo), mas eu tenho ficado atenta para não deixar virar um mau hábito.

Rotina e Horários
A rotina está igual. Eu procuro seguir a rotina direitinho de segunda a sexta-feira, mas aos finais de semana ou mesmo em algum dia mais agitado durante a semana (ex. quando recebemos visitas ou quando tenho compromisso fora de casa), sou flexível e ajusto o que for necessário para o bem de todos. Em termos de sono, a Alícia continuando tirando duas sonecas durante o dia, uma de manhã e outra à tarde - exceto aos domingos porque vamos à igreja pela manhã e ela não dorme lá. As sonecas duram 1h:30 min a 2h:30 min e o sono noturno continua sendo de no mínimo 11 horas por noite. Meu marido, que agora é o responsável por colocá-las na cama toda noite, diz que tem preferido colocar a Alícia para dormir primeiro, por volta das 18:15 e 18:30, e a Nicole vai para a cama um pouco mais tarde, às 19:00.  Quanto à alimentação, ela faz 5 a 6 refeições por dia: café da manhã (6:30), lanche leve (10:00), almoço (12:15), às vezes lanche da tarde (depende da duração da soneca), jantar (17:00 ou 17:30) e leite antes de dormir (nem sempre). Para mim, o horário de brincar é o mais difícil de estruturar (ex: quando vai brincar sozinha, quando vai brincar com a irmã, etc.). Ela continua não curtindo muito ficar em frente à TV vendo desenho como a Nicole gosta e sempre gostou de fazer. Além disso, continuo precisando me policiar para manter um horário fixo e relativamente longo para ela brincar independente dentro do cercadinho pelo menos 4 ou, idealmente, 5 vezes por semana. Se passar muitos dias sem, ela desacostuma e a choradeira recomeça. Pois é, ela é uma garotinha insistente... o que me leva ao próximo tema!

Temperamento
É a primeira vez que falo sobre esse tema aqui no blog - em parte porque tenho muito receio de rotular as minhas filhas. Em seu livro "Segredos de uma Encantadora de Bebês", Tracy Hogg fala de cinco temperamentos básicos dos bebês (anjo, livro-texto, enérgico, sensível e irritável) e dá dicas de como lidar com as particularidades de cada um. A ideia é boa, mas o problema que eu vejo nessas descrições é a subjetividade da avaliação. Na verdade, cada mãe que as lê tem um referencial próprio e, portanto, interpreta-as de maneira diferente. Vou dar o meu exemplo. Eu passei o primeiro ano de vida da Nicole - e parte do segundo também - crendo piamente que ela fosse um bebê-anjo (embora não comentasse isso com ninguém). Daí, quando a Alícia nasceu e pude comparar as experiências, pensei: "Que nada! Bebê-anjo é a Alícia, a Nicole é um bebê-sensível". A minha avaliação mudou conforme meu referencial (um novo bebê) mudou. Antes eu avaliava a Nicole conforme os outros bebês que eu conhecia. Depois passei a avaliá-la conforme a minha experiência com a Alícia. A comparação é inevitável.

Porém, a mudança de avaliação não parou por aí. Aliás, se eu tivesse escrito esse post um mês atrás, teria certamente falado da minha preocupação com relação ao "gênio forte" da Alícia. E isso me fez perceber que, na verdade, ela também não é um bebê-anjo como eu havia imaginado, haha! Hoje parece-me que a descrição de um bebê-enérgico ou irritável talvez se encaixem melhor à personalidade dela! Isso mesmo, a Alícia é uma menininha de temperamento forte que esbraveja quando não gosta de algo. Se eu não tomar cuidado, ela consegue facilmente o que quer na base do protesto: que vai desde berrar, bater, chorar, puxar o cabelo a - pasmem - se jogar no chão! Apenas para exemplificar, um desafio recorrente para mim é cortar as unhas da Alícia. Ela não quer cooperar. Não sei se é aflição de cortar a unha (vai saber!) ou pura determinação em não me deixar fazê-lo. Desconfio que seja a segunda opção. É certo que bebês no geral não gostam de deixar cortar a unha, ficam puxando o braço... também tive alguma dificuldade com a Nicole... mas só até certa idade, depois ela começou a colaborar. Mas com a Alícia esse desafio permanece até os dias de hoje. São raras as vezes que ela se distrai com as brincadeiras de alguém e passivamente me deixa cortá-las, muitas e muitas vezes eu tenho de fazê-lo à força enquanto ela chora e esperneia!

Mas por quê então eu disse "se eu tivesse escrito esse post um mês atrás"? O que mudou de lá pra cá? O temperamento dela certamente não mudou, ela é a mesma, mas o meu comportamento sim. E, mamães, saibam que isto faz toda a diferença! Se você tem filho nesta idade e ainda não leu o post O incrível mundo dos "toddlers"!, não deixe de fazê-lo. O meu objetivo aqui não é entrar em detalhes sobre educação diretiva e a educação corretiva, sobre estabelecer limites e "criar dentro do funil" ou sobre como desenvolver o auto-controle e trabalhar a disciplina (mesmo porque em breve irei continuar o resumo do livro "On Becoming Toddlerwise" e vamos nos aprofundar muito nesses assuntos), mas quero enfatizar a minha desconfiança de que seguir os princípios ensinados no livro Nana Nenê (e nos outros livros da série de Gary Ezzo e Robert Buckman) faz com que, no geral e independentemente de seu temperamento natural, todos os bebês sejam de certa forma considerados bebês-anjos. Os autores bem que profetizam isso no comecinho do primeiro livro da série!! Quem leu sabe, rs.

Conversando com amigas que conhecem e aplicaram com seus filhos, elas comentam que é muito comum ouvirem frases do tipo: "Nossa, como a sua bebê é calminha e comportada. Espero que a minha também seja assim" ou "Puxa, você deu sorte, hein, olha como o seu bebê é tranquilo e bonzinho. O meu (ou o de fulano) não, ele é tão chorão e dá tanto trabalho". Sem conhecer o Nana Nenê, as pessoas realmente não entendem e acham que o temperamento calmo do bebê é obra do acaso. Mal sabem que, na verdade, a segurança e estabilidade emocional dos bebês têm a ver com o trabalho consistente dos pais em dirigir os seus passos e estabelecer uma rotina saudável de alimentação, atividade e descanso.

Linguagem e Comunicação
No último post contei minha dificuldade em exigir que a Alícia usasse os sinais para se comunicar. Problema vencido. Hoje ela já domina e usa de bom grado quatro sinais para se comunicar:

- Obrigada - normalmente para indicar que ela não quer mais algo (suco, comida ou um brinquedo).
- Por favor - forma que estabelecemos para ela pedir permissão ou ajuda.
- Desculpe - se ela se rebela ou se comporta mal (ex. machuca a irmã), tem de pedir desculpa.
- Banheiro - idealmente para nos avisar que quer fazer cocô (o problema é que ainda não avisa antes!)

Ela também sabe fazer o sinal para "cadê?" e está aprendendo a usar o "all done" para sinalizar que já terminou de fazer algo (ex: comer ou fazer cocô). Ah, e por falar nesse assunto, aqui vai um rápido parêntesis para informar que, por enquanto, adiei o plano de iniciar o desfraldamento no mês de outubro. Por dois motivos: primeiro porque o tempo não está colaborando (um dia faz calor noutro faz frio) e segundo porque quero começar quando eu puder me focar 100%. Não quero começar para largar no meio do caminho. E no momento, com os estágios da faculdade, não terei condições de iniciar ainda.

Voltando ao assunto da comunicação, a Alícia ainda não fala palavras muito inteligíveis, hehe. Ela tenta imitar os sons, mas eles ainda estão longe de ser compreensíveis para a pessoa comum. Na maioria das vezes, somente a mamãe, o papai e a irmã mais velha é que estão habilitados para desvendar que quando ela diz "ú", por exemplo, ela está se referindo a "suco"! Em termos de compreensão, ela entende e obedece muitos comandos simples em inglês. Alguns exemplos mais comuns são: "Sit down here, please", "Go back to the rug", "Give this to your sister", "Put it back there", "Don't put ___in your mouth", "Stop sucking your thumb, please", "Say ___", "That's a no-no", etc.

A Alícia está naquela fase deliciosa de imitar e repetir o que a gente faz. Às vezes pode ser perigoso porque ela quer subir nos mesmos lugares (ou pular deles) como vê a Nicole fazendo. Ao comer, ela pega o guardanapo para limpar a boca ou mesmo para tentar limpar a bandeja do cadeirão que fica cheia de comida (mas acaba sujando mais!). Na hora de escovar os dentes, ela imita o som que a irmã faz cuspindo a pasta de dente. Ela sabe fingir que está tossindo (cobrindo a boca com a mãozinha), espirrando, bocejando e até tenta assoprar a comida quando está quente como a gente faz. No banho, ela gosta quando eu coloco um pouquinho de shampoo ou condicionador na sua mão para ela levar ao cabelo. Na hora de se vestir, ela já consegue ajudar levantando / direcionando os braços e pernas para dentro da manga.

Ah, e quando eu peço para ela dar beijo, ela imita o barulho do beijo (que para ela é "ahh") e me lambuza de saliva tentando beijar também (de boca aberta). Uma delícia!

Limites e Obediência
O grande desafio hoje em dia tem sido fazer com que a Alícia pare de tirar os braços de trás do cinto de segurança da cadeirinha do carro. Não são poucas as vezes que preciso me virar do banco da frente (quando o meu marido está dirigindo) ou então encostar o carro (quando eu sou a motorista) para encaixar os braços dela de volta. E aqui faço uma confissão: como cansa educar! A vontade que dá quando qualquer uma das duas desobedece (mas principalmente a Alícia neste início de toddlerhood) é fingir que não vi e deixar passar. Mas, como mamãe pro-ativa que quero ser, sei que é necessário força de vontade e uma boa dose de determinação. Ah, e sim, muita paciência! E eu me esforço, viu, porque acho melhor educar agora do que reeducar lá na frente. Afinal, pagar a prazo é sempre mais caro do que à vista por causa dos juros e da correção monetária, vocês não acham? Só que, nesse caso, pra pagar à vista tem de ter determinação, porque a criança vai testar os limites para descobrir o valor de suas palavras e direcionamentos.

Interessante pensar também na minha tendência de pensar que antes (com a Nicole) foi mais fácil do que hoje (com a Alícia). Um dia desses comentei a esse respeito com o meu marido, "Nossa, eu não lembro da Nicole insistir tanto em tirar os braços de trás do cinto" ao que ele me respondeu: "Eu lembro muito bem, era igualzinho!". Haha, vai ver esquecer é mais um daqueles mecanismos da nossa mente materna que visa não desistirmos de desejar aumentar a nossa prole (como é o causo da dor do parto)!

Outra dificuldade que tenho encontrado é em limitar as liberdades da Alícia em vista de sua idade e maturidade atual (conceito de "criar dentro do funil"). Tem sido difícil conciliar isso com uma criança mais velha na casa. Um exemplo é que às vezes me sinto "obrigada" a deixar a Alícia comer certas coisas (como balas e pirulitos) que eu não teria deixado a Nicole se estivesse na mesma idade. Li recentemente que isso não é legal e concordo. É uma área que eu preciso trabalhar para não criar problemas lá na frente.

Bem, por hoje é só. Espero voltar para contar novidades da Nicole em breve.

Um abraço, Talita

Um comentário:

  1. Amo as atualizações sobre o crescimento das meninas.É a melhor forma de aprender pois fala muito da prática.
    Estou me preparando pra ser uma mãe prá ativa!!
    Obrigada Talita, sou mega fã do blog!!

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