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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Hábitos que começam na infância

Além do indispensável "por favor" e "obrigado", há outros hábitos importantes que é prudente começar a trabalhar com a criança desde bem novinha. No livro "Preparation for the Toddler Years", os Ezzos reforçam que os pais não devem esperar o filho ter capacidade de entender o conceito de certo ou errado (o que normalmente só acontece por volta dos 3 anos) para ensiná-lo a se portar adequadamente e viver em sociedade. Em todo o momento, desde bem novo, os pais devem intencionalmente impor limites e consistentemente direcionar o filho a respeitá-los.

Como no caso de crianças bem novas, o comportamento (as ações) precede a razão (a compreensão), o treinamento moral precisa começar assim que a criança demonstra que tem vontade própria e o faz escolhendo agir errado! Mesmo que ela ainda não entenda os porquês por trás de cada comportamento desejado, ela precisa ser direcionada e/ou corrigida a aceitar o não, a respeitar os pertences dos outros, a compartilhar os brinquedos com o amiguinho, a ser gentil, dentre outros.

Dito tudo isso, hoje quero compartilhar alguns dos objetivos de treinamento moral que meu marido e eu temos estabelecido para a Nicole, nossa filha mais velha que atualmente está com quase 2 anos e 8 meses. Essa lista representa áreas que tenho observado no comportamento dela que vejo que precisam ser trabalhadas e, por isso, estou buscando meios de mudar esses hábitos negativos e ajudá-la a substituí-los por outros positivos.

1. PACIÊNCIA - Esperar sua vez para falar.
Se tem uma característica marcante na personalidade da minha filha é que ela é tagarela. Como ela ama conversar! É uma garotinha que realmente fala pelos cotovelos, brincamos que ela é a "relações públicas" do nosso lar. O problema é quando só ela quer falar ou quando ela se acha no direito de gritar interrompendo a conversa dos adultos para que ela seja ouvida. Isso tem se tornado um problema, principalmente quando eu estou ao telefone e ela ficava como um papagaio repetindo a mesma frase!! O que meu marido e eu buscamos é ensiná-la uma maneira apropriada (respeitosa) de nos interromper quando precisar se comunicar conosco e, principalmente, ter paciência para esperar (silenciosamente) até que tenhamos dado sinal verde de que ela já pode falar.

O combinado é que ela deve silenciosamente colocar a mão no meu braço, eu vou olhar pra ela demonstrando que eu vi o sinal que ela fez e, depois que eu tiver terminado a frase ou pensamento, eu deixarei que ela fale também. Ainda não deu certo nenhuma vez, mas para ativamente ensinar esta lição a ela, estamos fazendo o treinamento em situações simuladas, como se fosse uma brincadeira. Fazemos assim: Papai e mamãe fingem que estão conversando - blá, blá, blá - e a Nicole faz o sinal de que quer falar, eu olho pra ela, continuo falando por mais alguns segundos e então digo que é a vez dela. Como vocês devem imaginar, é preciso repetir muitas vezes o mesmo exercício e ela se diverte porque gosta da brincadeira!

2. SUBMISSÃO - Sempre pedir permissão.
Outro hábito que eu tenho desde sempre reforçado em casa é que quem decide é a mamãe e o papai, e não a Nicole. Talvez seja "síndrome de filha mais velha", mas esta garotinha é muito mandona!! Ela gosta de ditar como as coisas devem ser feitas, diz quem pode ou não pode fazer isto ou aquilo, e faz questão de repetir o que ela quer ou não quer fazer. Confesso que é engraçadinho de ver, mas se eu der risada ou não deixar claro quem realmente manda, sei que terei sérios problemas lá na frente. Estarei ensinando minha filha a "ser sábia aos próprios olhos" e há muitos alertas sobre o perigo disso no livro de Provérbios (3:7, 12:15, 26:5, 26:12). Por isso, meu marido e eu sabemos que precisamos ter cautela e sabedoria ao decidir que liberdades permitiremos que ela tenha. Nesta idade, precisamos limitar as decisões que ela pode tomar - ainda que a respeito de assuntos triviais (moralmente inofensivos) para que ela aprenda a submissão.

Outro objetivo é que ela aprenda a maneira apropriada de pedir algo - sem fazer exigências, mas perguntando educadamente se pode fazê-lo. Por exemplo, se ela terminou de beber o suco e quer mais, o combinado é que ela peça "Mamãe, posso beber mais suco, por favor?" e não "Quero mais suco" ou "Dá mais suco". Há uma grande diferença! Esta é a parte fácil (porque beber ou não mais suco depende de eu encher o copo dela novamente), o difícil tem sido restringir o que ela consegue fazer sozinha! Sei que alguns hábitos ruins, como o dela zanzar pra cá e pra lá pela casa a seu bel prazer, é fruto de liberdades em excesso que demos no passado julgando, na época, que não haveria grandes consequências em concedê-las. Agora o difícil é limitá-las, mas estamos trabalhando nisso! Uma das maneiras é tentar antecipar momentos de conflito, principalmente quando estamos fora de casa, deixando claro para ela como esperamos que ela aja em determinado local ou situação. E quando ela faz questão de dizer "não" ou que não quer fazer o que é esperado dela, digo apenas "Nicole, eu sei que você não quer, mas lembre-se de quem decide é a mamãe e você precisa obedecer". Falo isso pra ela com muita tranquilidade, amor e respeito à dignidade dela, não com estupidez ou ira.

3. RESPEITO - Responder prontamente quando é chamada.
Acho que um dos hábitos negativos mais fáceis de serem desenvolvidos é a criança simplesmente ignorar o pai ou a mãe chamando. E, na verdade, este é um hábito que os próprios pais contribuem para que se forme. Toda vez que eu chamo a Nicole uma, duas ou três vezes, o que eu estou ensinando é que ela pode esperar eu falar algumas vezes antes de responder ou obedecer. Então eu estou, na verdade, ensinando-a a desobedecer porque com a minha atitude eu digo que é aceitável ignorar as primeiras chamadas!

Esta é uma daquelas áreas que eu aproveito momentos de brincadeira para criar bons hábitos, mas confesso que ainda não estamos no ponto que eu quero porque é dificílimo quebrar um hábito ruim de muito tempo! O combinado neste caso é que toda vez que eu chamar "Nicole!", ela precisa parar o que está fazendo, andar até minha direção, olhar nos meus olhos e dizer "Sim, mamãe". Eu fico repetindo esse exercício em momentos de não-conflito só pra ela praticar o passo-a-passo que ela precisa fazer. Ela faz de boa vontade porque acha que é uma brincadeira, mas ainda não está natural pra ela seguir esse passo-a-passo na hora H, por isso eu preciso tomar cuidado para não chamar a 2a vez e perpetuar justamente o hábito que eu quero eliminar de vez. Como mãe ou pai, é preciso ter muita consciência de que suas atitudes contribuem para o bom ou mal comportamento dos filhos!

E você, que hábitos negativos precisa abolir do seu lar? Que medidas tem tomado para tornar este objetivo uma realidade? Compartilhe conosco suas ideias!

Um abraço, Talita

3 comentários:

  1. Muito bom Ta! Você vai ver que estes treinos vão virar o costume dela, é preciso ter paciência. Depois dos 3 anos parece que todo o esforço neste sentido começa a dar seus frutos. Seja persistente! Quanto mais ensinar agora, mais fácil depois. Vejo isso com o Tiago...querer ensinar agora algumas coisa que não foram ensinadas cedo gera mais "birra"...e as que ensinamos cedo viraram o normal e fazem nossa vida muito mais facil! Sabemos bem disso né!!

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  2. Nossa, nunca tinha pensado por esse ponto de vista!
    Sempre vejo mçaes e pais chamando pelos filhos umas mil vezes até que eles resolvam atendê-los e confesso que sempre achei normal!
    Adorei o post!

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  3. Talita, acompanho o blog a bastante tempo. Tenho dois filhos, uma menina de um ano e meio e um menino e três meses. Qual seria a orientação no caso da criança não vir ou responder quando chamada pela 1ª vez? Às vezes, chamo ou oriento minha menina e ela fica esperando eu tormar uma outra atitude, como ir até ela. Por exemplo, digo: Joana, volte para a sala. Ela me olha e e fica esperando. Quando eu me levanto, ela faz o que eu pedi. É comum isso? Isso não acaba reforçando o hábito de não obedecer ao primeiro comando? Como agir?

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