Bem-vinda!!

Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

sábado, 19 de maio de 2012

11 de meses de Alícia!

Uau, uau, uau - daqui exatamente 1 mês, a Alícia completa um ano de vida!

Às vezes quando paro pra pensar, fico perplexa. Não dá para acreditar. Falar isso já se tornou chavão, eu sei, mas não tem como não repetir: PASSA RÁPIDO!

É... pensando bem, preciso admitir que houve dias hiper looongos e fases que pareciam difíceis demais, e eu - uma mãe exausta - torcia para que passassem logo!

Mas, no fim das contas, não é que a parte ruim perde importância em relação à boa?!

Hoje vou contar um pouquinho das novidades do último mês.

Rotina: Sono > Alimentação > Atividades
A Alícia continua se alimentando bem. Há dias que ela parece não ter muita fome e por isso come menos, mas eu aprendi a considerar a ingestão de três dias seguidos e não me preocupo à toa. Ela toma 2-3  mamadeiras e faz 3-4 refeições por dia. Apesar de não ter nenhum dentinho sequer (apenas manchinhas brancas que dá pra ver pela gengiva), ela come muito bem sólidos com pedacinhos. Eu costumo cozinhar legumes e congelar papinhas de sabores diferentes (com carne, frango, peixe, macarrão etc.), daí às vezes amasso arroz e feijão com o garfo e misturo à papinha pronta que descongelei e ela come tudo!

O sono dela também vai ótimo. Ela dorme 11 horas por noite e tira duas boas sonecas durante o dia, uma de manhã (de 3 horas) e outra à tarde (de 2 horas). Eu procuro "proteger o sono" das minhas duas filhas, principalmente da Alícia neste 1º. ano de vida, pois sei o quanto isto é importante! Isso significa que sim, recuso alguns convites de sair à tarde/noite pensando no bem delas e sim, tenho uma vida social mais limitada em relação à vida que levava antes de casar ou ter filhos. Eu sei que algumas pessoas não entendem ou concordam, mas paciência! Definitivamente não vou a extremos, sou flexível na medida do possível e abro exceções ocasionalmente (principalmente de final de semana!) e também não acho ruim que seja dessa maneira porque aceito que é uma fase e a minha missão no momento.

Já dizia o ditado: "Não dá para se ter o melhor de dois mundos". A lógica é simples: para que algo seja prioritário, algo precisará ser secundário.

Mas voltando à rotina, o dia da Alícia atualmente está mais ou menos assim:

6:00 - Acordar, tomar mamadeira
6:30 - Café da manhã com a família
7:00 - Banho
7:30 - Cercadinho no quarto (sozinha)
8:00 - Soneca da manhã (dura até 3 horas)
11:00 - Almoço
11:30 - Brincar no tapete na sala
12:00 - Balanço / Pula-pula
12:30 - Livre (quando a irmã chega da escola e almoça)
13:00 - Soneca da tarde (dura até 2 horas)
15:00 - Mamadeira e/ou lanche de fruta
15:30 - Cercadinho no quintal (sozinha)
16:00 - Assistir a desenhos com a irmã
16:30 - Brincar com a irmã e a mamãe
17:00 - Jantar
17:30 - Livre (geralmente na sala)
18:00 - Atividade com o papai
18:30 - Mamadeira
19:00 - Hora de dormir

Preciso ressaltar que há dias em que ela acorda antes do horário de comer. Eu analiso a situação antes de decidir o que fazer. Avalio o contexto e algumas vezes insisto para que ela volte a dormir. Pelo tipo de choro eu sei quando é manha e, neste caso, quero que ela "entenda" que quem decide é a mamãe e que não adianta chorar pra me convencer. Outros dias, como aconteceu ontem, eu percebo que ela está com fome "antes da hora" (porque deve estar passando por um impulso de crescimento) e, nesses casos, é óbvio que eu a alimento. Ontem mesmo, tivemos de adaptar a rotina porque ela almoçou às 10:00.

Outro comentário é que as nossas tardes são as mais difíceis PARA MIM. Eu já estou cansada (porque o meu dia começou bem cedo!) e as meninas acordam da soneca por volta das 15:00 e 16:00 super dispostas. Até tenho pensado seriamente e já conversei com o meu marido sobre isto que, se eu quiser ser uma boa mãe, esposa, (etc e etc,), PRECISO começar a ir pra cama por volta das 21:00. Haja pique, viu!

Doença
A Alícia não fica muito doente. De vez em quando ela pega um resfriado, fica com o nariz entupido, com tosse ou algo do gênero, mas - não sei exatamente o porquê e talvez seja só uma impressão - os sintomas não aparecem tão forte ou não acontecem com a mesma frequência que acontecia com a Nicole. Por causa do contato com a irmã que vem da rua todos os dias talvez ela tenha desenvolvido uma imunidade maior? Ou será porque eu, sendo mãe de 2a viagem,  me estresso menos nessas ocasiões e já sei lidar melhor com a situação (como medicar, o que observar, essas coisas)? Engraçado que, na minha lembrança, após o 8º ou 9º. mês, a Nicole ficava doente todo mês e cada vez ficava uma semana inteira comendo quase nada!

Com a Alícia não, os resfriados pouco prejudicam a alimentação, mas alteram a rotina porque o sono dela fica mais picado - ela acorda antes e, cansada, fica manhosa. Nos três dias que antecederam o Dia das Mães (quinta a sábado da semana passada), ela pegou uma virose muito estranha. Digo estranha porque ela não teve sintoma nenhum - como diárreia, perda de apetite, tosse, coriza etc. - apenas febre. Eu a mediquei com paracetamol e ibuprofeno praticamente a cada 4 horas (intercalando entre eles) para controlar a temperatura e isso durou três dias. No terceiro dia a febre finalmente cessou! Como era final de semana, se ela não tivesse parado, eu a teria levado ao pronto socorro. Mas, se fosse durante a semana, a orientação do pediatra delas (com quem me comunico por email e mantive a par do que estava fazendo) é levá-las ao consultório para serem examinadas por ele (se depois de três dias a febre persistir). Normalmente ele pede que não levemos as meninas ao pronto socorro e eu gosto dessa postura. Na época da Nicole, qualquer coisinha eu já saía correndo para o pronto socorro sem necessidade (por exemplo, quando era o 1º ou 2º dia de febre). Além de frustrante para nós pais e cansativo para o bebê doente (por causa da viagem), a visita ao médico plantonista do hospital era pouco esclarecedora porque não havia muito que eles pudessem fazer, além de receitar remédio para abaixar a febre ou então espetar a criança pra fazer exame de sangue.

Mobilidade e Desenvolvimento Cognitivo
Falei no último post que a Alícia havia ganhado mobilidade e tenho pensado nos diferentes conceitos de "andar" e "engatinhar" que as mães têm. Tenho percebido que cada pessoa define essas palavras de uma forma bem diferente. Quem nunca ouviu que bebê tal começou a andar com 8 ou 9 meses e todos ficam "óhhhh"?! Bem, eu tenho uma definição bem particular. Engatinhar, na minha visão, é diferente de se rastejar, de andar sentado (arrastando o bumbum) ou de se locomover simplesmente (de qualquer outra forma criativa que os bebês inventam para chegar ao lugar que desejam). Engatinhar pra mim é engatinhar no sentido mais tradicional possível, com os dois joelhinhos e braços no chão!

E andar também. Esta semana estava na sala de espera de um consultório médico e uma mãe com uma bebê de quase um ano perguntou se a Alícia já estava andando. Como para mim "andar" é caminhar de um lado a outro sem qualquer apoio, eu respondi que não. Daí ela falou orgulhosa que a filha dela já estava andando havia quase 1 mês. Eu disse: "Mas ela anda como? Se você colocá-la no chão agora, ela anda de uma parede a outra deste corredor?" ao que ela me respondeu: "Não, mas ela anda assim: em casa ela engatinha até o sofá, fica em pé e anda (segurando) até o lugar onde quer chegar". E eu respondi: "Ah, isto a Alícia também faz, rs".

O que eu acho engraçadinho é que a Alícia engatinha do jeito mais tradicional possível e começou cedo - e o motivo é provavelmente que eu a deixei se desenvolver no ritmo dela (com pouca interferência). Diferente da irmã que por muito tempo "engatinhou com uma perna só". Na verdade, a Nicole queria tanto "andar" (porque eu a incentivava pra isso) que não gostava de ficar no chão, queria só ficar em pé. E quando me perguntam quando a Nicole começou a engatinhar (daquele jeitinho "certo" que descrevi acima), eu considero que foi apenas algumas semanas (quase 1 mês) antes dela oficialmente aprender a andar (quando ela deu seus primeiros passos sozinha, sem segurar em nada), o que aconteceu dias depois de fazer um aninho. Isto de acordo com a minha visão super rigorosa de engatinhar e de andar porque é claro que ela já se locomovia de um lado para o outro bem antes disso!

Pra ser sincera, fiquei desanimada ao refletir sobre o que escrever na atualização de hoje porque não tenho sido consistente em tudo o que gostaria! A Alícia é muito inteligente, mas eu não tenho insistido para que ela aprenda a linguagem de sinais como fiz com a Nicole que, nesta idade, eu acho que já sinalizava "obrigada". Na verdade, não tenho certeza se ela o fazia com 10 pra 11 meses, mas com 11 pra 12 meses sim (leia mais aqui)! E eu até sei qual é o meu erro. Eu deveria estar ensinando um sinal de cada vez e repetindo-o o tempo todo, mas não faço isto porque estou sempre fazendo tudo correndo. Às vezes uso "por favor" e às vezes o "obrigada" na hora das refeições, mas não com a frequência necessária. Também não tenho feito o "tempo no tapete" (para ela se acostumar a respeitar os limites invisíveis e praticar a obediência) exatamente todos os dias. Preciso me esforçar mais pra ser proativa em vez de ser levada pelas situações do dia-a-dia.

Não poderia encerrar este post reforçando o quanto bebês dessa idade já são capazes de raciocinar. Bobos somos nós quando pensamos que criança dessa idade é bobinha! Vou dar dois exemplos reais que mostram como mesmo uma bebê tão linda e fofa como a minha Alícia é capaz de artimanhas criativas para conseguir (ou pelo menos tentar!) o que quer. Os dois aconteceram nesta última semana.

1º exemplo: Vesti a Alícia depois do banho dela e coloquei-a pra brincar no cercadão da sala antes de voltar ao banheiro e vestir a Nicole que estava no chuveiro. Chegando lá, me dei conta de que não tinha tudo que precisava; portanto saí do banheiro e passei pela sala novamente pra ir até o quarto delas. Quando me viu, a Alícia, que estava quietinha brincando, ficou toda eufórica. Deu aquele sorriso radiante quando eu olhei pra ela e joguei beijo. Mas foi só eu passar reto, que ela começou a protestar porque não conseguiu o que queria (que eu fosse lá brincar com ela). Na volta do quarto ao banheiro, a cena se repete. Ela joga todo o charme com aquele sorriso lindo pra me convencer a ir lá dar beijocas nela, mas quando eu passo reto porque a outra filha está esperando, ela chora em protesto, pedindo pra eu voltar!

2º exemplo: Depois de tomar a mamadeira da noite, está na hora de colocar a Alícia na cama pra dormir. Em algumas noites, ela não concorda que está na hora porque quer brincar mais. Na verdade, essa história já aconteceu repetidas vezes, não foi só nesta semana não! Eu a coloco no berço, dou a Nana (boneca de pano que ela abraça pra dormir) e a cubro com o lençol. Muito ágil, ela resmunga e imediatamente rola de barriga pra baixo para mostrar que quer levantar (e se eu for lenta na reação, ela consegue!). Então eu digo não, repito que está na hora de dormir e a deito novamente na posição de dormir. Das primeiras vezes, ela insistia até que eu comecei a segurar as perninhas dela para imobilizá-la na intenção de mostrar que levantar não seria permitido. (Aqui cabe um parêntesis: em algumas ocasiões, confesso que "desencanei" e saí do quarto mesmo sabendo que ela levantaria porque as minhas costas estavam doendo de ficar inclinada para segurá-la deitada no berço, rs!) Veja que incrível: após alguns episódios assim, ela começou a adotar outra estratégia. Ao deitá-la, ela ficava quietinha na posição de dormir (abraçando a Nana e com o dedão na boca) e era só eu virar em direção à porta pra ela rolar de barriga pra baixo e ficar de pé! Como pode uma bebê de 10 meses e pouco já ter noção do que é burlar as regras?

Pra terminar, vou compartilhar um vídeo da minha gatinha caçula brincando sozinha no cercadinho. Ela estava no quarto com a porta fechada e meu marido fez a filmagem pela janela sem ela perceber. São apenas alguns segundos, mas já dá pra ver como ela fica concentrada, explorando um brinquedo por vez - ainda que seja algo tão simples quanto uma bola-chocalho.


Por hoje é só, um abraço!

Beijos, Talita

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Dica de presente para o Dia das Mães!

Não sou adepta de sair à compra de presentes em toda data comemorativa do ano, mas este ano encontrei o presente que me pareceu ideal para o "Dia das Mães" - confira o livro abaixo!

O legado dos avós

Escrito por David Merkh e Mary-Ann Cox - ambos do Seminário Bíblico Palavra da Vida, de Atibaia (que eu amo!) - o título "O legado dos avós" e a proposta de oferecer "inspiração e ideias para um investimento eterno" me encantaram. Na realidade, o termo "legado" ganhou um significado novo para mim depois de participar de um curso de fim de semana para casais (The Art of Marriage, da FamilyLife.com) oferecido pela minha igreja duas semanas atrás. Nunca havia refletido sobre o tipo de impacto que a minha vida, o meu casamento e a minha família podem ter depois que eu tiver passado dessa vida para a próxima (eterna com Deus!). Que mensagem de vida deixarei para os meus netos, bisnetos, tataranetos etc. quando eu não mais estiver por aqui? Albert Mohler diz: "Você é um ancestral para alguém que ainda não nasceu. Se você viver sua vida sabendo que você é um ancestral, isto irá mudar a maneira como você toma decisões, a maneira como você vive sua vida, a maneira como você ama sua esposa". Esta reflexão trouxe um peso e significado poderosos para a palavra "legado", principalmente quando se trata de legado espiritual!

Uma curiosidade que chamou a minha atenção a respeito do livro é o fato dos autores não somente pertencerem à mesma família, mas serem genro e sogra! Já pensou genro e sogra escrevendo um livro juntos? Pois é! Além disso, a página dedicada a falar sobre eles já começa nos contando que "Dona Mary-Ann Cox é avó de VINTE netos e QUATRO bisnetos com quem, durante anos, tem desenvolvido o que chama de o Dia da vovó, um tempo semanal cheio de atividades com propósito, diversão e serviço". O genro não está muito atrás não. Ele é pai de seis filhos e avô de quatro netos. Pôxa, pensei, esses dois realmente entendem de família segundo o coração de Deus e com certeza podem dar dicas valiosas!

Acho que tanto os meus pais quanto os meus sogros vão se beneficiar com a leitura e aplicação das dicas dadas neste livro - mas muito mais do que eles, meus filhos e (algum dia) netos também se beneficiarão!!

Fiquei muito satisfeita com a minha compra e por isso quis compartilhar com você que tem filho(s) e ainda está em dúvida do que comprar para dar à mamãe e/ou sogrinha no próximo domingo. Quem já o leu e quiser comentar sobre os assuntos tratados no livro, por favor, dê a sua opinião!

Um abraço, Talita

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Hábitos que começam na infância

Além do indispensável "por favor" e "obrigado", há outros hábitos importantes que é prudente começar a trabalhar com a criança desde bem novinha. No livro "Preparation for the Toddler Years", os Ezzos reforçam que os pais não devem esperar o filho ter capacidade de entender o conceito de certo ou errado (o que normalmente só acontece por volta dos 3 anos) para ensiná-lo a se portar adequadamente e viver em sociedade. Em todo o momento, desde bem novo, os pais devem intencionalmente impor limites e consistentemente direcionar o filho a respeitá-los.

Como no caso de crianças bem novas, o comportamento (as ações) precede a razão (a compreensão), o treinamento moral precisa começar assim que a criança demonstra que tem vontade própria e o faz escolhendo agir errado! Mesmo que ela ainda não entenda os porquês por trás de cada comportamento desejado, ela precisa ser direcionada e/ou corrigida a aceitar o não, a respeitar os pertences dos outros, a compartilhar os brinquedos com o amiguinho, a ser gentil, dentre outros.

Dito tudo isso, hoje quero compartilhar alguns dos objetivos de treinamento moral que meu marido e eu temos estabelecido para a Nicole, nossa filha mais velha que atualmente está com quase 2 anos e 8 meses. Essa lista representa áreas que tenho observado no comportamento dela que vejo que precisam ser trabalhadas e, por isso, estou buscando meios de mudar esses hábitos negativos e ajudá-la a substituí-los por outros positivos.

1. PACIÊNCIA - Esperar sua vez para falar.
Se tem uma característica marcante na personalidade da minha filha é que ela é tagarela. Como ela ama conversar! É uma garotinha que realmente fala pelos cotovelos, brincamos que ela é a "relações públicas" do nosso lar. O problema é quando só ela quer falar ou quando ela se acha no direito de gritar interrompendo a conversa dos adultos para que ela seja ouvida. Isso tem se tornado um problema, principalmente quando eu estou ao telefone e ela ficava como um papagaio repetindo a mesma frase!! O que meu marido e eu buscamos é ensiná-la uma maneira apropriada (respeitosa) de nos interromper quando precisar se comunicar conosco e, principalmente, ter paciência para esperar (silenciosamente) até que tenhamos dado sinal verde de que ela já pode falar.

O combinado é que ela deve silenciosamente colocar a mão no meu braço, eu vou olhar pra ela demonstrando que eu vi o sinal que ela fez e, depois que eu tiver terminado a frase ou pensamento, eu deixarei que ela fale também. Ainda não deu certo nenhuma vez, mas para ativamente ensinar esta lição a ela, estamos fazendo o treinamento em situações simuladas, como se fosse uma brincadeira. Fazemos assim: Papai e mamãe fingem que estão conversando - blá, blá, blá - e a Nicole faz o sinal de que quer falar, eu olho pra ela, continuo falando por mais alguns segundos e então digo que é a vez dela. Como vocês devem imaginar, é preciso repetir muitas vezes o mesmo exercício e ela se diverte porque gosta da brincadeira!

2. SUBMISSÃO - Sempre pedir permissão.
Outro hábito que eu tenho desde sempre reforçado em casa é que quem decide é a mamãe e o papai, e não a Nicole. Talvez seja "síndrome de filha mais velha", mas esta garotinha é muito mandona!! Ela gosta de ditar como as coisas devem ser feitas, diz quem pode ou não pode fazer isto ou aquilo, e faz questão de repetir o que ela quer ou não quer fazer. Confesso que é engraçadinho de ver, mas se eu der risada ou não deixar claro quem realmente manda, sei que terei sérios problemas lá na frente. Estarei ensinando minha filha a "ser sábia aos próprios olhos" e há muitos alertas sobre o perigo disso no livro de Provérbios (3:7, 12:15, 26:5, 26:12). Por isso, meu marido e eu sabemos que precisamos ter cautela e sabedoria ao decidir que liberdades permitiremos que ela tenha. Nesta idade, precisamos limitar as decisões que ela pode tomar - ainda que a respeito de assuntos triviais (moralmente inofensivos) para que ela aprenda a submissão.

Outro objetivo é que ela aprenda a maneira apropriada de pedir algo - sem fazer exigências, mas perguntando educadamente se pode fazê-lo. Por exemplo, se ela terminou de beber o suco e quer mais, o combinado é que ela peça "Mamãe, posso beber mais suco, por favor?" e não "Quero mais suco" ou "Dá mais suco". Há uma grande diferença! Esta é a parte fácil (porque beber ou não mais suco depende de eu encher o copo dela novamente), o difícil tem sido restringir o que ela consegue fazer sozinha! Sei que alguns hábitos ruins, como o dela zanzar pra cá e pra lá pela casa a seu bel prazer, é fruto de liberdades em excesso que demos no passado julgando, na época, que não haveria grandes consequências em concedê-las. Agora o difícil é limitá-las, mas estamos trabalhando nisso! Uma das maneiras é tentar antecipar momentos de conflito, principalmente quando estamos fora de casa, deixando claro para ela como esperamos que ela aja em determinado local ou situação. E quando ela faz questão de dizer "não" ou que não quer fazer o que é esperado dela, digo apenas "Nicole, eu sei que você não quer, mas lembre-se de quem decide é a mamãe e você precisa obedecer". Falo isso pra ela com muita tranquilidade, amor e respeito à dignidade dela, não com estupidez ou ira.

3. RESPEITO - Responder prontamente quando é chamada.
Acho que um dos hábitos negativos mais fáceis de serem desenvolvidos é a criança simplesmente ignorar o pai ou a mãe chamando. E, na verdade, este é um hábito que os próprios pais contribuem para que se forme. Toda vez que eu chamo a Nicole uma, duas ou três vezes, o que eu estou ensinando é que ela pode esperar eu falar algumas vezes antes de responder ou obedecer. Então eu estou, na verdade, ensinando-a a desobedecer porque com a minha atitude eu digo que é aceitável ignorar as primeiras chamadas!

Esta é uma daquelas áreas que eu aproveito momentos de brincadeira para criar bons hábitos, mas confesso que ainda não estamos no ponto que eu quero porque é dificílimo quebrar um hábito ruim de muito tempo! O combinado neste caso é que toda vez que eu chamar "Nicole!", ela precisa parar o que está fazendo, andar até minha direção, olhar nos meus olhos e dizer "Sim, mamãe". Eu fico repetindo esse exercício em momentos de não-conflito só pra ela praticar o passo-a-passo que ela precisa fazer. Ela faz de boa vontade porque acha que é uma brincadeira, mas ainda não está natural pra ela seguir esse passo-a-passo na hora H, por isso eu preciso tomar cuidado para não chamar a 2a vez e perpetuar justamente o hábito que eu quero eliminar de vez. Como mãe ou pai, é preciso ter muita consciência de que suas atitudes contribuem para o bom ou mal comportamento dos filhos!

E você, que hábitos negativos precisa abolir do seu lar? Que medidas tem tomado para tornar este objetivo uma realidade? Compartilhe conosco suas ideias!

Um abraço, Talita

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Doze passos infalíveis para se criar um delinquente!


1. Comece na infância a dar para o seu fiho tudo o que ele quiser. Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negá-lo pode acarretar frustrações prejudiciais. Quem precisa de auto-controle?

2. Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Assim, quando ele crescer, acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que deseja e aprenderá a jogar nas costas dos outros o peso de suas responsabilidades.

3. Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser. Nunca o deixe ganhar o seu próprio dinheiro. Por que ele terá de passar pelas mesmas dificuldades que você passou?

4. Quando ele disser palavrões, dê risada. Isso o fará se achar engraçado e o encorajará a usar outras expressões ainda mais feias.

5. Nunca dê a ele qualquer orientação espiritual. Espere até que ele chegue aos 21 anos e "decida por si mesmo".

6. Nunca admita os próprios erros. Aliás, ao educá-lo evite usar a palavra "errado" para que ele não seja assolado pelo complexo da culpa. Assim, mais para frente, quando ele pisar na bola com alguém, em vez de se arrepender e pedir perdão pela falha, ele invente desculpas e sinta-se injustiçado.

7.  Deixe-o ter acesso a qualquer livro, filme, desenho ou programa que desejar na TV ou na internet. Certifique-se de que seus talheres e copos estejam sempre esterilizados, mas permita que sua mente se contamine com toda espécie de lixo.

8. Tome partido dele contra vizinhos, professores e amigos. Reaja com agressividade e faça barracos com frequência na presença dele. Brigue com as pessoas sempre que elas tirarem você do sério. Assim, ele vai entender que o importante é estar certo e vai poder usar a desculpa de que tem pavio curto.

9. Se tiver algum vício, demonstre-o em sua presença todos os dias. Assim, ele vai achar tudo isto natural e, com certeza mais tarde, vai ouvir suas repreensões sobre os males que estes hábitos podem trazer.

10. Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê essa desculpa: "Nunca consegui dominá-lo".

11. Use e abuse de comparações que incitem disputa. Compare seu caráter, sua capacidade intelectual ou seus dotes estéticos com outras crianças para que ele se sinta mais bonito, mais esperto ou mais talentoso do que os coleguinhas e/ou irmãos.

12. Feito tudo isso, prepare-se para uma vida de desgostos. É, sem dúvida, seu mais que merecido destino!

Fonte: Adaptado do folheto "Twelve Rules for Raising Delinquent Children " distribuído pelo Departamento de Polícia do Texas - EUA.