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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

6 meses de Alícia!


Faz quase uma semana que a minha caçula completou 6 meses de vida. Como o tempo tem voado! Tenho a impressão de que com o segundo filho tudo passa muito mais rápido. É difícil acreditar que a minha bebezinha que parece que acabou de nascer já está comendo papinha!

Estou de "férias" com a família em Angra há mais ou menos 10 dias. Coloquei férias entre aspas pois estou cada vez mais convencida de que pais de crianças pequenas não entram de férias nunca! Saímos de SP, viajamos para um lugar lindo e tranquilo e nos desligamos um pouco dos negócios (na verdade eu que trabalho pela internet e sem horário fixo apenas diminuí o ritmo), mas continuamos trabalhando muito. Muito mesmo! E ainda bem que posso escrever isso na primeira pessoa do plural - sim, meu marido e eu somos uma equipe. Preparar as refeições, dar comida, estruturar os momentos de brincadeira e aprendizado, dar banho, levar para fazer xixi, trocar a fralda, escovar os dentes, fazer o leitinho, colocar pra dormir, cuidar da roupa e, além de tudo, limpar e ajeitar as coisas pela casa é um trabalho que não tem fim, por isso dividimos todas as tarefas. Quer dizer, nem todas porque é evidente que não pode amamentar no meu lugar, né! Mas de todas as outras ele participa ativamente.

Vamos a um update de como foi o último mês da Alícia:

Amamentação
Posso dizer que superamos completamente a dificuldade decorrente do baixo suprimento de leite que enfrentamos no último mês, ufa! Como a principal causa que levou a esse problema foi fadiga, a solução não podia ser outra: aumentar o tempo de descanso. E não posso deixar de enfatizar que isso só foi possível porque as meninas estão numa rotina estruturada e também porque pude contar com o apoio do meu marido. Após colocar as meninas pra dormir à noite por volta das 19:00/19:30, eu também já me preparava para deitar e descansar. O objetivo era tirar um cochilo de 2-3 horas antes da mamada dos sonhos, por isso eu colocava o despertador para tocar às 23:00. Com isso meu corpo reagiu e a produção de leite aumentou! Em pouco tempo, já estabelecemos uma rotina de mamadas a cada 3,5h a 4h, totalizando 4-5 refeições por dia.

Meus objetivos nessa área para o próximo mês são:
1) eliminar a mamada dos sonhos para que ela possa ter 10-12 hs de sono ininterrupto à noite;
2) treiná-la para usar o copinho infantil já que ela voltou a recusar a mamadeira e acho importante que outra pessoa possa alimentá-la na minha ausência.

Alimentação e Sólidos
Assim como fiz com a Nicole, quando a Alícia estava com aprox. 5 meses e meio, comecei a introduzir sólidos às refeições. Por uma questão de conveniência, o primeiro alimento que dei às duas foi banana. Achei que pudesse ser interessante mostrar a filmagem que fiz das meninas!

Nicole comendo pela primeira vez
Alícia comendo pela primeira vez

Durante esse período de transição, ou seja, até a Alícia completar 6 meses, fiz a introdução de maneira lenta e sem eliminar a mamada (na mesma refeição). Isso significa que eu dava sólidos um dia, ficava dois dias sem dar, depois dava mais uma vez e ficava outro dia sem dar, e assim por diante. Não segui uma regra rígida, apenas fui dançando conforme a música, ou seja, esse intervalo de dois dias me permitia observar se ela teria ou não alguma reação aos novos alimentos ingeridos e, com base nisso, eu decidia como prosseguir. Essa transição gradual também possibilitou que tanto o organismo dela como o meu se acostumassem com as mudanças naturalmente (menos leite por mamada até poder substituí-la de vez por uma refeição sólida).

Nesse período ela comeu cenoura, feijão, beterraba e batata. Eu preparava as papinhas com pouco ou nenhum sal e nunca com mais de dois alimentos por vez (para que ela possa distinguir sabores distintos). Aqui preciso fazer uma confissão: nessa fase com a Nicole eu batia os legumes no liquidificador e os coava de modo que a papinha virava um líquido cremoso. Com a Alícia eu pulei essa fase completamente, comecei direto com os legumes amassados com garfo mesmo! Dá bem menos trabalho e ela aceitou bem. Acho que o maior risco é ela se engasgar com pedacinhos de legumes, mas acredito que se a comida estiver bem amassadinha não há problema.

Rotina
Acredito que possa ser útil a quem está interessada em entender o que é a alimentação orientada pelos pais (AOP) compartilhar com mais detalhe como é o dia da Alícia agora aos 6 meses. Os horários abaixo são aproximados, podendo variar em 30 min pra mais ou pra menos.

Horários de comer (sempre ao acordar)
6:00, 10:00, 14:00, 18:00 e mamada dos sonhos

Horário de dormir (até 2 horas após a refeição/mamada)
8:00, 12:00, 16:00 e 19:00

Os períodos de dormir (sonecas) são idealmente de 2 horas cada, mas às vezes podem ser um pouco mais curtos como um pouco mais longos - depende de como foi a soneca anterior. As palavras-chave aqui são "às vezes" e "um pouco". Vou explicar com um exemplo. Se na soneca anterior ela acordou na transição do sono e não conseguiu voltar a dormir porque estávamos fora de casa, ela quase sempre compensa o sono perdido dormindo mais na soneca seguinte. Via de regra, eu insisto para que ela volte a dormir se acordar após 30-40 min apenas, mas me dou por satisfeita se ela dormiu por pelo menos 1h e 20-30 min. Mesmo quando acorda meia hora antes do horário previsto para comer, quando possível acho prudente deixá-la no berço até o final do período designado para o descanso. Digo quando possível, pois isso não acontece quando estamos fora de casa, por exemplo. A flexibilidade faz parte do programa de AOP!

Os horários acordada são sempre entre uma refeição e o horário de dormir. Um dos benefícios da rotina de AOP é que ela não diz respeito somente ao momento de se alimentar, mas é um programa estruturado que engloba todo o dia da criança. Assim, os pais podem planejar atividades para este período de ficar acordado, mesclando momentos do bebê brincar sozinho e também com outras crianças. Eu acredito (e estudos mostram) que um ambiente com estrutura otimiza o desenvolvimento da crianças, especialmente a capacidade de concentração!

Sono
No último post eu contei como estava exausta e frustrada por voltar a acordar de madrugada para amamentar. Eu não sei como algumas mães conseguem fazer isso por tanto tempo! A Alícia acordava chorando e, por todos os problemas das semanas anteriores, eu ficava com receio de que fosse fome e por isso a acalmava dando de mamar. Mas depois que o meu peito voltou a encher de leite (e e eu tive certeza de que a produção era suficiente para ela mamar durante o dia) chegou o momento de cortar defintivamente qualquer mamada noturna. Alguns hábitos são difíceis de serem quebrados e a amamentação noturna é um deles - tanto para a mãe como para o filho. Como já era de se esperar, a Alícia continuou acordando de madrugada e queria mamar. Eu sabia que a solução rápida - dar o peito - não era uma alternativa sábia. Cada vez que eu cedia (por cansaço físico e emocional mesmo porque é muito difícil ouvir seu bebê chorar bravo!) eu sabia que estava andando em direção oposta ao meu objetivo, objetivo este que eu sabia que era o melhor para toda a família. Os resultados de continuar com esta prática seriam caóticos: nem eu e nem ela teríamos pelo menos 7-8 horas de sono ininterrupto. E o que é pior, ao encher a barriguinha de noite ela começaria a mamar menos de dia, o que sem sombra de dúvidas estaria perpetuando esta prática ao condicionar nosso metabolismo (o meu produzindo leite e o dela querendo mamar).

Analisando friamente, eu sabia que continuar oferecendo o peito para acalmá-la à noite era um caminho tortuoso e provavelmente sem volta, ou pelo menos sem uma volta fácil. Conversei a respeito disso com uma amiga recentemente e falei como sempre há um preço a ser pago, não importa qual a abordagem ou método que se tenha escolhido para criar os filhos. Se alguém prometer uma saída ou fórmula mágica que vá resolver todos os problemas, não acredite! Ela não existe!! Estava refletindo como fui muito mais rígida com a rotina da Nicole. O zelo e a cautela que eu tinha em fazer "tudo certo" eram, até certo ponto, exagerados e isso, é claro, gerava um alto nível de estresse. Isso porque qualquer meta na vida em que se empenhe muito esforço há risco de frustração quando se alimenta expectativas altas demais. Foi bem estressante por um lado, confesso, mas por outro vejo como os frutos positivos vieram mais cedo. Não estou aqui reclamando ou arrependida do que fiz dessa segunda vez, até porque tenho consciência de que mudar a postura para adaptar-se às novas circunstâncias de vida é saudável e necessário.

Bem, tudo isso pra dizer que, de certa forma, o preço que paguei para eliminar essa mamada noturna foi com juros e correção (um choro mais alto, bravo e persistente), se é que podemos fazer esta comparação. Ou seja, de uma forma ou de outra - não tem como fugir - há um preço a ser pago. E esse preço pode ser pago à vista ou a prazo, você é quem decide - fazer um esforço maior no início ou arcar com as consequências de adiar o pagamento, pois é ingenuidade pensar que com o tempo as coisas vão melhorar sozinhas! Eu imagino que chega um ponto que a mãe fica emocionalmente abalada, vê que não aguenta mais e acaba tomando uma providência mais drástica de qualquer forma (que realmente pode ser traumatizante, principalmente para as mães que, depois do primeiro filho, reconsideram se querem mesmo ter mais!).

Por isso, depois dessas últimas semanas voltando a amamentar de madrugada, eu pensei: "Meu Deus, até quando vou ter de continuar amamentando à noite? A minha filha já é mais do que capaz de dormir a noite inteira! Por que ela continua acordando?". Eu sabia a resposta. Lembrei que com 12 semanas a Nicole já dormia por pelo menos 10 horas direto! Admiti que mamar de madrugada tinha se tornado um hábito terrível! Eu precisava fazer alguma coisa, mas sabia que seria muuuuito difícil, então pedi ajuda ao meu marido (achei que o meu cansaço emocional e físico não me permitiriam fazer CIO de madrugada). Teve uma noite que ele ficou 1h30 min com ela chorando brava dentro do closet (para não acordar a Nicole) enquanto eu tentava dormir no quarto do lado. Demorei 40 min pra pegar no sono ouvindo-a chorar e depois só vi quando ele voltou para cama já com a casa em silêncio. Pesadelo, né? Parece filme de terror! Mas quer saber? Funcionou! Ela voltou a dormir a noite inteira, um alívio!! E se acorda (no horário habitual em que antes eu dava mamar), é um resmungo e colocar a chupeta quase sempre resolve.

Por hoje é só, até o próximo update!