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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pastoreando o coração - Parte 2 - Objetivos e Métodos


Para quem não acompanhou a parte 1 do resumo (para lê-lo clique em Fundamentos), esta é a continuação da série de estudos que estou fazendo com amigas sobre o livro "Pastoreando o Coração da Criança", de Tedd Tripp. Essa segunda parte do estudo fala sobre objetivos e métodos para a educação de filhos.

Capítulo 5 - Examinando seus propósitos

PRINCIPAIS BASES BÍBLICAS APRESENTADAS:
Salmo 73:25
– Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra.
Romanos 12:19
– A mim me pertence a vingança, eu é que retribuirei.
Romanos 12:20
– Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer.
Mateus 7:21-23
A Bíblia alerta para os perigos do auto-engano e exorta a testarmos a nós mesmos para ver se estamos na fé, pois mesmo a fé não-genuína pode levar alguém a praticar boas ações.
Salmo 36
Afirma que é somente na luz de Deus que vemos a luz.

Tripp afirma que todos os pais têm objetivos para a educação de seus filhos, embora muitos não consigam articulá-los objetivamente. Esses objetivos se baseiam em valores implícitos que podem ser inferidos pelas escolhas que cada pai ou mãe faz. É evidente que todos desejam criar filhos bem sucedidos, porém a grande questão é: Qual a definição bíblica para o sucesso?

Neste capítulo Tripp faz uma relação de diferentes modos de preparar o filho para a tão desejada vida de sucesso; esses modos, por si só, podem refletir objetivos não-bíblicos para a criação dos filhos e transmitir mensagens duvidosas às crianças. Os tópicos abordados por ele são: desenvolvimento de habilidades especiais, ajustamento psicológico, salvação dos filhos, culto doméstico, filhos bem comportados, boa educação e filhos controláveis.

Faço abaixo menção das observações do autor que mais me impactaram.
- Psicologia popular: elaborada para mamães e papais inseguros, você já notou que nenhum livro promete ajudar a produzir filhos que estimem os outros?
- Filhos bem comportados: comportar-se bem é um grande benefício da criação bíblica de filhos, porém é um objetivo secundário, pois a questão crítica não é o que os outros pensam, mas o que Deus pensa. Quando ser bem comportado está desvinculado das raízes bíblicas do servir, as boas maneiras tornam-se um clássico instrumento de manipulação.
- Boa educação: prêmios acadêmicos e reconhecimento escolar bastam? Não. É possível ser bem educado e ainda não entender a vida.

Tripp nos desafia a rejeitar as coisas da cultura que são abomináveis a Jeová, nosso Deus, o que, inevitavelmente, significa descartar os objetivos não-bíblicos para a criação dos nossos filhos. Precisamos nos lembrar de que eles só encontrarão a si mesmos se encontrarem Deus, pois esta é a finalidade principal do homem. Quando nos esquecemos disso e nos focamos somente em ajudá-los a se adaptarem à cultura que não conhece a Deus, estamos estabelecendo objetivos e modos de resolver os problemas da vida que não são bíblicos!!

Alguns exemplos que o autor dá para ilustrar as mensagens duvidosas que passamos aos nossos filhos são: ensinar a obedecer para ser aprovado por você e pelos outros, retribuir o mal com o mal ou ignorar o ofensor em vez de ser sensível às necessidades dele - lembrando que abençoar o que nos amaldiçoam nos dirige a Deus e não aos nossos próprios recursos.

Capítulo 6 - Modificando seus objetivos

PRINCIPAIS BASES BÍBLICAS APRESENTADAS:
Romanos 12:17-21
Ensina que a única arma suficientemente forte para vencer o mal é o bem.
Lucas 6:27-36
Ajuda-nos a entender como amar nossos inimigos e fazer o bem àqueles que nos odeiam; Deus promete que seremos filhos daquEle que é gentil com os ingratos e maus.
1 Pedro 2:23
Diz que devemos encarar a injustiça sem retaliação, confiando-nos a Deus.
Isaías 1
Explicita de forma clara o que Deus pensa sobre rituais vazios!
Provérbios 15:1
Ensine seus filhos a promover a paz, pois uma palavra branda acalma o furor.
Filipenses 2
Ensine seus filhos a imitar o Senhor Jesus e Seu altruísmo.
Filipenses 2:20 e 22
Bom comportamento deve estar enraizado naquelas raras qualidades que o apóstolo Paulo viu em Timóteo, que era cuidar dos interesses alheios e ter um caráter aprovado.

Neste capítulo o autor leva-nos a repensar os objetivos não-bíblicos apresentados no capítulo anterior, modificando-os à luz das Escrituras. Não será possível reproduzir a totalidade do pensamento do autor neste resumo, mas apenas os pontos que mais me chamaram a atenção:

- Desenvolvimento de habilidades especiais: há muitas atividades físicas que ensinam os filhos a confiarem em si mesmos, enquanto a Bíblia ensina que a pessoa confiante em si mesmo é um tolo, cujo coração se afasta de Deus. Em uma visão bíblica, deveríamos ensinar os filhos a exercitarem e cuidarem de seus corpos como uma expressão de mordomia pelos dons de Deus e incentivar atividades que possam torná-los mais capazes de servir, abram canais de ministério em favor de outros e, claro, desenvolvam força, resistência, flexibilidade e saúde para o corpo.
- Ajustamento psicológico: a Bíblia ensina a encarar a injustiça sem retaliação, por isso conhecer a Deus fará toda a diferença quando estiverem com medo, irados, magoados, ofendidos ou ofendendo. Situações com essas requerem arrependimento e fé, confiar nEle para o viver diário.
- Culto doméstico: é fácil trocar o meio pelo fim; e a prática do culto doméstico é um meio, não um fim. É um meio com a finalidade de conhecer a Deus. Serve para pastorear e alimentar espiritiualmente a família. Quando perde-se de vista esse objetivo, o culto familiar torna-se um ritual vazio.
- Objetivos acadêmicos: será que boas notas são um objetivo bíblico? Notas têm importância se o filho aprender com isso a esforçar-se diligentemente para Deus.

Tripp finaliza o capítulo defendendo que o padrão de Deus é aplicável a todos. Diante da situação em que deveriam ser amáveis com quem os insulta, não há onde buscar ajuda senão em Deus, o único que pode capacitar uma pessoa a responder em amor. Quando o coração de seu filho deseja vingança, quando precisa de força para amar um inimigo, quando sua fé exige que deixe espaço para a justiça de Deus, não há para onde ir senão à Cruz de Cristo!

Capítulo 7 - Descartando métodos não-bíblicos

BASE BÍBLICA APRESENTADA:
1 Samuel 2:30
Deus honra os que O honram.

Tripp enfatiza logo no início do capítulo que, biblicamente falando, o método é tão importante quanto os objetivos e ilustra esse princípio com uma cena que presenciou enquanto aguardava um vôo. Segue a transcrição do trecho que exemplifica este ponto:

Uma pequena menina atriu minha atenção. Era uma criança bonita. Cada detalhe de sua roupa e maneiras de enfeitar-se falava de riqueza. A beleza desta criança era exterior, pois ela mostrava-se exigente e petulante. Era evidente que sua mãe, cansada de viajar, estava a ponto de impor sua autoridade. Então, aconteceu. A criança resmungou, exigindo isso e aquilo, recusando-se a ser acalmada. Sua mãe tentou aquietá-la. A criança estava implacável. Finalmente, a exasperada mãe virou-se para ela e disse: "Estou cheia de você; eu a odeio. Vá embora; encontre outra pessoa e grite com ela. Não quero você; não aguento mais você. Suma da minha vista", ela gesticulou. Após dizer isso, pegou suas coisas e afastou-se de sua filha. Em circunstâncias normais, talvez a garotinha pudesse suportar esta explosão de poder, mas ali, em um aeroporto estranho, sentiu-se assustada. Foi em direção a sua mãe e disse: "Desculpe, mamãe. Eu amo você, mamãe". "Vá embora, eu não conheço você...". "Desculpe, mamãe". Desta vez, ela estava desesperada. "Vá embora, eu odeio você...". A companhia aérea chamou meu vôo. Quando as vi pela última vez, a garotinha ainda estava implorando, e a mãe dava-lhe um sermão corretivo.

Muito embora a mãe da história acima tenha conseguido o resultado que almejava (uma mudança no comportamento da filha), ela o fez a um custo muito alto. Tripp nos lembra que Deus se importa com O QUE fazemos e COMO o fazemos; e nos alerta a tomar cuidado para que a "cura" para o mal comportamento do nosso filho não seja pior do que a própria enfermidade.

Com base nesse princípio, ele analisa as diversas abordagens não-bíblicas que têm nos alcançado e afirma que a mente humana ser o padrão é o ponto em comum a todas elas, conforme segue:

- Não acabei tão mal:
pais confrontam, abusam ou são permissivos assim como foram seus próprios pais, repetindo seu tom e suas palavras
- Psicologia popular: suborno, negociação, contrato, são abordagens superficiais que resultam na clássica manifestação de interesse próprio e de manipulação através do comportamento exemplar
- Mudança de comportamento: método que treina o coração na cobiça e no egoísmo, ensina a criança a trabalhar por recompensas, a realizar tarefas por motivos impróprios (nota: incentivos e recompensas bíblicas não são um fim em si mesmo, mas apenas o resultado da obediência a Deus, como está escrito em 1 Samuel 2:30)
- Emocionalismo: consiste em envergonhar uma criança; a privação emocional provoca um medo paralisador
- Correção punitiva: ameaças, levar uma surra, ouvir um grito e privação de algo que a criança deseja são tentativas de manter a criança sob controle; a confinação não intenciona fazer algo por ela, faz algo contra ela; castigar não é corrigir, pois as falhas do caráter não são abordadas

Que tipo de fruto a metodologia não-bíblica que você usou até agora produziu na vida do seu filho? Precisamos de uma metodologia bíblica, conclui o autor. A educação superficial de filhos tem produzido filhos superficiais que não entendem o que se passa com eles mesmos!

Tripp defende que a criança precisa ser treinada em como entender e interpretar seu comportamento em termos da motivação do coração, mas lembra que para os pais é mais cômodo lidar somente com o comportamento em vez de lidar com o coração, e ilustra:

Você não pode reagir à Susane que gritou com Tiago, simplesmente dizendo-lhe que pare de gritar. O problema não é que ela está gritando com o irmão. o problema é a ira e a amargura em seu coração, que ela expressa ao gritar.

Segue outro trecho digno de ser reproduzido:

Se a direção do método é a recompensa, o coração é treinado a querer a recompensa. Se é aprovação, o coração é treinado a lutar por aprovação ou a temer a desaprovação. Quando os especialistas lhe dizem que deve descobrir o que funciona com cada criança estão dizendo que descubra os ídolos do coração que motivam esta criança. (...) Abordar o coração de forma não-bíblica agita a corrupção do coração da criança e fornece-lhe ídolos funcionais em redor dos quais a criança organizará sua vida.
A conclusão do autor é que abordagens não-bíblicas treinam o coração para afastar-se de Cristo, pois ensinam a criança a tomar decisões baseadas na conveniência em vez de fundamentar-se no princípio. Outro resultado devastador é que elas produzem distanciamento entre pai e filho.

Bem, por hoje é só. Minha esperança é que o resumo acima apresentado lhe proporcione um momento de profunda reflexão (como proporcionou e continua proporcionando pra mim). Lembre-se de que a mensagem central do livro é que o evangelho fala às pessoas como pecadores imperfeitos que precisam de um novo coração.

Um abraço, Talita

Confira a parte 3 do resumo clicando em Comunicação

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