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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A chegada do segundo bebê!

Uma pergunta frequente que as pessoas me fazem ultimamente é como a Nicole (hoje com 1 ano e 11 meses) tem reagido frente à chegada de uma nova bebê em casa (Alícia, de 1 mês e meio). Por isso decidi escrever este post para compartilhar como tem sido a nossa experiência!

O assunto de quando ter outro filho é bem controverso, por uma série de motivos! Alguns acham prudente esperar o primeiro filho completar 4 ou 5 anos de idade antes de engravidar novamente. Eu acho muito tempo! Outros concordam que não é necessário esperar tantos anos mas não têm coragem de ter o segundo filho até que o primogênito tenha completado 2 anos de idade. Há posições diversas, inclusive de especialistas, e cada uma com seus prós e contras - tanto do ponto de vista do desenvolvimento da criança como da recuperação do corpo da mulher. Indo na contramão da sociedade, eu optei por um intervalo de idade inferior a 2 anos essencialmente por dois motivos:

COMPANHEIRISMO E UNIDADE DA FAMÍLIA - Penso que a proximidade da idade entre minhas filhas facilitará para que as elas sejam companheiras. Facilitará as brincadeiras e os passeios em família, por exemplo, pois estarão vivendo "mais ou menos" as mesmas fases da infância e, assim, meu marido e eu poderemos curtir melhor esses momentos em família! Também pesei a questão do caráter e das valiosas lições que ter um irmão/amigo traz para os filhos (se devidamente orientadas e incentivadas pelos pais, é claro), dentre elas: aprender a compartilhar e vencer o egoísmo, além de trabalhar a paciência, o amor, o perdão, etc.

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E VIDA PROFISSIONAL - Ter duas crianças pequenas em casa exige muita dedicação e sacrifício da parte dos pais. Para a mãe, um deles é deixar a vida profissional um pouco de lado ou temporariamente abrir mão de certos objetivos acadêmicos, por exemplo, para poder investir tempo de qualidade nos filhos. Quero uma família grande, por isso pesei os prós e contras e preferi fazer todo o trabalho difícil agora, de uma só vez, sabendo que daqui alguns anos poderei colher os frutos desta escolha. À medida que elas crescerem e ficarem mais independentes, sei que aos poucos terei mais tempo para alcançar outras metas pessoais.

Cada um tem um jeito de agir e de pensar sobre este assunto. No meu caso, eu sei que penso demais e por isso optei por engravidar logo e não correr o risco de perder a coragem à medida que a Nicole crescesse e ficasse cada vez menos dependente de mim. Imaginar que teria de começar do zero novamente poderia me fazer desistir ou procrastinar! Uma amiga que faz Psicologia me contou uma vez que problemas relacionados com ciúmes entre irmãos é significativamente menor quando o bebê nasce antes do mais velho completar seu segundo aniversário. Por todos esses motivos, parei de amamentar a Nicole aos 9 meses e comecei a tentar o segundo filho quando ela completou um aninho! Na verdade, eu queria ter engravidado antes para que a diferença fosse de 18 meses, mas como tinha tratamento dentário pra fazer (arrancar os quatro dentes de ciso), precisei aguardar alguns meses por causa da medicação.

A gestação foi difícil - aliás, MUITO difícil. A Nicole já andava e estava no início daquela fase intensamente exploradora e eu a todo momento sentindo enjôo. Não vou me deter novamente em todos os sintomas ruins que tive. Basta dizer que até hoje suspiro aliviada ao acordar e saber que não preciso correr pra comer alguma coisa se não quiser vomitar! Bem, eu vivia cansada e era complicado aguentar o pique da Nicole para conseguir colocar os limites, discipliná-la, etc. Minha paciência também estava curta, eu me sentia constantemente "no limite". Apesar disso, eu tomei certas providências para prepará-la para a chegada da irmã fazendo algumas transições que achei necessárias, dentre elas: trocar a mamadeira pelo copo, trocar o berço pela cama, parar de usar fraldas, pelo menos durante o dia, e a mais importante de todas as transições: adaptá-la ao novo ambiente e rotina da escolinha.

As duas primeiras transições foram bem tranquilas. A terceira foi um pouco mais complicada porque envolvia um esforço físico adicional da minha parte: tinha de agachar muitas vezes para sentar no banquinho quando a levava para sentar no vaso. Emocionalmente também era desgastante, pois o treinamento para uso do vaso sanitário foi (e continua sendo) longo! E, por fim, a quarta transição também teve suas complicações, principalmente no início. Algum dia escrevo mais detalhadamente sobre cada uma delas (procure no marcador "transições" à direita da página).

Outra providência foi tentar acostumá-la com a ideia de ter um novo membro à família. Por ser muito novinha e ainda estar desenvolvendo a linguagem, não sei até que ponto ela realmente entendeu, acho mesmo que sua compreensão foi se desenvolvendo aos poucos. Apesar disso, nós repetíamos com frequência que a Alícia estava na minha barriga e logo ela aprendeu a beijá-la, a fazer carinho, a princípio sempre estimulada por mim e meu marido até que por fim começou a fazê-lo espontaneamente. Perguntávamos a ela onde estava a Alícia e na grande maioria das vezes ela sabia apontar para a minha barriga - algumas vezes ela se confundia e apontava para a dela ou a do pai também! Quando a Alícia finalmente nasceu foi tudo muito tranquilo. Engraçado que no hospital, por ter ficado longe tanto tempo, ela inicialmente ME estranhou. Era como se ela não tivesse me reconhecido, ficou confusa! Por essa eu não esperava, rsrs! Mas levei numa boa.

Daí pra frente foi só acostumá-la com a ideia de que a Alícia não estava mais na barriga, rsrs! Ela é esperta e aprendeu rápido, logo começou a dar beijos e abraços na irmãzinha espontaneamente também! Toda vez que a Alícia chorava, ela perguntava "Foi, Lissa"? A resposta variava entre uma explicação de que a bebê estava com fome e a mamãe iria dar leite para ela ou de que a neném estava com "dodoi" na barriga porque estava tentando fazer cocô. Não demorou muito tempo para o comportamento dela se adaptar a essas explicações. Vejam que interessante:

A primeira reação da Nicole foi choramingar e repetir "Dodoi biga! Dodoi biga!" quando não queria obedecer, por exemplo, na hora de comer ou de dormir. No começo eu não entendi! Eu realmente pensei que ela estivesse com alguma dorzinha na barriga. Foram alguns dias até eu "me ligar" que se tratava de um novo padrão de comportamento. O que acontece é o seguinte: Temos ensinado nossa filha que manha não é um comportamento aceitável. A ensinamos que ela não vai conseguir nada com manipulação e choro. Desde bebê a temos ajudado a lidar com as emoções e se comunicar de modo aceitável -no início através da linguagem de sinais (sinalizando "por favor" e "não, obrigada", por exemplo) e depois que começou a falar através da linguagem apropriada. Ou seja, a ensinamos a FALAR em vez de pedir as coisas chorando. Aplicamos as consequências naturais se ela faz manha ou a disciplinamos se ela desobedece. Então para a Nicole a lógica estava sendo mais ou menos esta: A Alícia chora porque doi a barriga e mamãe e papai atendem prontamente o pedido dela, então se a minha barriga doer eu também posso chorar porque em vez de brigar, vão me pegar no colo e dar beijinhos pra sarar. Gente, não sei vocês mas eu me surpreendo a cada dia com a capacidade de manipulação de criancinhas, até as mais novas! Bobos somos nós quando as subestimamos!

A segunda reação da Nicole foi oferecer a solução ao ouvir a bebê chorar. Aliás, esta é uma característica bem marcante dela: querer dar ordens e controlar o que acontece ao seu redor. Não sei quem ela puxou! Então o que ela geralmente faz em primeiro lugar é me avisar: "Lissa crying, mamãe". E em seguida me diz qual é o problema e o que nós devemos fazer para ela parar de chorar. Por exemplo, para trocar a fralda ela diz: "Poo poo Lissa" (ou então "Dodoi biga Lissa"). E para amamentá-la ela fala: "Milk Lissa, mamãe" (e aponta para o meu seio). Se a bebê e a chupeta estiverem ao seu alcance, ela não hesita em entuchá-la na boca da irmãzinha!

Por falar em chupeta e amamentação, aqui vale um comentário. A Nicole teve curiosidade de colocar a chupeta da Alícia na boca algumas vezes no início. Eu insisti que ela era um "big baby" e falei que ela não devia colocar a chupeta da Alícia na boca. Ela chegou a testar o limite três ou quatro vezes (colocando-a ou ameaçando colocá-la na boca), mas acabou cedendo e depois nunca mais demonstrou interesse - pelo menos até agora. Quanto a voltar a mamar no peito, eu lembro que um dia desconfiei de que ela estivesse curiosa e com vontade de imitar a Alícia mamando (embora não tivesse pedido), então preparei o copo dela e "fiz festa" dizendo que as duas iriam tomar o leitinho ao mesmo tempo. Funcionou e ela nunca mais pareceu interessada.

Para concluir, gostaria de dizer que em grande parte o ciúmes é provocado ou agravado pela família e pessoas ao redor. Antes mesmo do nascimento da Alícia, ouvimos muitos adultos dizerem à Nicole: "Vai perder o colinho da mamãe, hein?". As pessoas falam sem pensar! E cada absurdo. É claro que meu marido e eu sempre rebatíamos o comentário sem noção com algo do tipo (como se fosse a Nicole respondendo): "Eu não vou perder colinho nenhum não, eu vou GANHAR uma irmãzinha!!". Outro exemplo é agir como se o bebê fosse de cristal, não deixando o filho mais velho acariciá-lo ou mesmo chegar perto dele. Isso provoca raiva na criança pois ela é constantemente repreendida quando tenta se aproximar para "ajudar" (do jeito dela) ou demonstrar carinho, ela se sente excluída. Por mais bruscos que sejam os movimentos da Nicole (suas tentativas de fazer carinho no rosto da irmã), eu me seguro e não demonstro nenhuma recriminação. Pelo contrário, a incentivo a participar, inclusive, deixo-a segurar a irmã (tomando todos os cuidados necessários, é claro!) de vez em quando. Ela ama!

2 comentários:

  1. Me identifiquei com seu post. Estou passando pela msm situação e parece que vejo exatamente como acontece aqui em casa.
    Quando Miguel, agora com 2 meses, chegou a Maria Clara tinha 1 ano e 2 meses. E mta gente dizia que ela ficaria doente por conta do ciúme. Lembro que procurei livros que me ensinassem a lidar com o ciúme de um bb pelo irmão e n achei nada, tds eram p crianças mais velhas...
    E Maria Clara amou a vinda do irmão e esta super amorosa com ele.
    Agimos da msm maneira q vc retrata e tem sido td bem tranquilo com ela.
    Mto bom ler sobre opnioes que vão de encontro com nossas idéias, ajuda a validar td aquilo q acreditamos!

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  2. Oi Gergillin,

    A diferença dos dois é de apenas um ano, isso significa que você engravidou de novo quando a mais velha tinha apenas 3 meses, uau!

    Este post é de 1 ano e meio atrás e posso afirmar que a Nicole continua aceitando bem a irmã, sem problema de ciúmes. Ela compartilha os brinquedos, inclui a irmã nas brincadeiras, ensina, cuida, protege, essas coisas. É muito lindinho de ver. Em breve pretendo publicar algo sobre "relacionamento entre irmãos" porque, na verdade, os meus maiores desafios hoje em dia são com a caçula que tenta fazer birra pra conseguir o que quer, é mole?!

    Mas voltando ao seu caso, estou imaginando a trabalheira que é para você cuidar dos dois bebês nesse início. Eu lembro como eu ficava cansada no fim do dia! Mas com o tempo vai ficando mais fácil, ufa... rs. Tenha ânimo!

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