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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Gestação: nove meses de enjôo e mal-estar?

Faz algumas semanas que estou ensaiando publicar algo sobre as aflições de uma gestação com nove meses de enjôo e mal-estar. Estou com 36 semanas. Em várias das noites em que tive insônia, minha mente, recusando-se desligar para que eu pudesse dormir, escrevia e reescrevia em pensamento formas diferentes de expressar o que eu estava sentindo. Ainda bem que me segurei e mantive-me em silêncio esse tempo todo! Eu certamente teria me arrependido das duras palavras entaladas na minha garganta, rs. Pois é, o cansaço pelas noites mal-dormidas estava tão intenso que me deixou amargurada e revoltada com a situação. Bem que dizem que em meio à tempestade de nossas mudanças hormonais, nossas emoções ficam à flor da pele... mas quando vem a calmaria, ah que delícia que é recobrar a paz interior!

Hoje quero falar sobre um tema que pouco se fala: enjôos e mal-estar que se estendem além do primeiro trimestre de gravidez e vão até o fim da gestação. Pela minha experiência são poucas as mulheres que passam por isso, mas eu acho que só o fato de saber que elas não são as únicas já serve de consolo. É incrível pensar nesta necessidade humana de se sentir aceita e compreendida pelos seus pares, não é mesmo? Saber que outros viveram algo parecido com o que você está vivendo por si só já um alívio: a coloca em pé de igualdade com outras pessoas e a enche de forças e novo ânimo para superar os desafios da adversidade imposta. Quem sabe algum psicólogo algum dia não queira se aprofundar nesse tema de pesquisa? =)

A minha amargura era justamente essa. Pensava com revolta em ditos populares como "a mulher grávida está na sua plenitude" e "gravidez não é doença" porque me pareciam frases maldosas que tinham o objetivo de me fazer sentir mal por estar me sentindo mal! E durante aquelas conversas de banheiro então em que, numa tentativa de ser simpática comigo, a mulherada colocava toda aquela aura em volta da delícia que tinha sido para elas estarem grávidas, das saudades que sentiam do lindo barrigão e de como ficaram naturalmente maravilhosas durante essa fase!! Por um lado sentia-me culpada por não estar enxergando ou vivendo a tal da plenitude que toda mulher grávida TINHA QUE sentir; e por outro ficava irritada porque ninguém me compreendia ou parecia se importar que eu estava péssima, me sentia discriminada por não ter superado a fase dos enjôos ainda, que só deviam durar os três primeiros meses.

O fato é que longe de me sentir bela e maravilhosa com o super barrigão, eu me sentia DOENTE! Se não era uma coisa era outra... o mal-estar dos enjôos, os vômitos, as azias constantes, a irritação por ter que ir ao banheiro fazer xixi o tempo todo (e mesmo depois de fazer o aperto na bexiga não cessa), a fadiga extrema por causa da insônia (acordar de madrugada pra fazer xixi, ter que comer por causa do enjôo e não conseguir voltar a dormir é enlouquecedor!!), as câimbras, a inflamação lombar que trava as costas e faz você andar mancando nas manhãs frias, a dor nas costas e pernas por causa do peso da barriga... ufa, cansa só de falar!

Ah, e por falar em barriga... essa era outra frustração minha! Até o 6º. mês de gestação da Nicole nem os assentos preferenciais no trem eu conseguia porque as pessoas não notavam que eu estava grávida (no inverno a gente põe tanta blusa e casaco que disfarça a barriga). Nessa gestação da Alícia não está sendo diferente. Quer deixar uma grávida chateada?? Diga para ela que sua barriga está pequena, principalmente se ela já engordou 18 kg!! Que raiva que dava! Parece até que a feminilidade da mulher está no tamanho da barriga dela enquanto gestante - pura besteira, eu sei, mas esses comentários todos impactam e nos pressionam a seguir um certo padrão externamente imposto do que é bom/ruim, certo/errado, aceitável/inaceitável.

Bem, a conclusão a que chego é a mesma que o salmista chegou numa conversa que teve consigo mesmo há muitos e muitos séculos. Os tempos passaram e muita coisa mudou de lá pra cá, mas as crises internas humanas continuam as mesmas. Ele disse: "Por que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim? Ponha a sua esperança em Deus! Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus" (Salmo 43:5).

Quando não nos sentimos compreendidos, aceitos ou aprovados por homens, nem tudo está perdido. São em momentos assim que precisamos colocar nossa confiança em Deus e esperar nEle pois somente Ele poderá nos dar paz interior!

Sinto-me bem mais calma agora, confesso que os sintomas não foram embora (ontem tive crise de vômito de novo, essa manhã fortes dores de cabeça e tontura e continuo tomando remédio para controlar a pressão) mas a minha alma está esperando em Deus e isso por si só já me enche de uma paz indescritível! Sei que Ele está comigo e não me abandonará e O louvo porque sei que em breve a pequena Alícia estará em meus braços com muita saúde!!