Bem-vinda!!

Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Visitando a escolinha da Nicole!

Essa semana tive uma experiência nova, fui passar uma manhã na escolinha da Nicole para saber como é seu dia de atividades lá. Desde que ela começou a ir, há 8-9 semanas, eu tinha vontade de fazer isso pra poder entender e acompanhar melhor o desenvolvimento da minha filha.

Deixei-a pela manhã no portão e fui pra casa buscar algumas coisinhas que faltaram na mala dela (como meu marido estava em viagem, eu dormi de domingo pra segunda nos meus pais). Quando voltei era 8:45 e as crianças já tinham tomado café da manhã e se preparavam pra mudar de sala. Combinamos de fazer o possível pra Nicole não me ver, para que ela pudesse agir naturalmente. Não deu certo. Muito esperta ela me viu espiando pelo lado de fora e, por mais que a professora tentasse distraí-la, ficou aquele chororô. Não sei se ela é manhosa assim na escola todas as vezes, mas essa última semana sem o papai em casa foi difícil e, pra completar, um dia antes dele viajar levamos-a ao pediatra para uma consulta de emergência porque ela tinha tido febre por três noites seguidas. Ele examinou-a e receitou xarope, antibiótico e rinossoro spray pra ajudar a eliminar o catarro. Ela chegou a ficar febril mais uma ou duas vezes depois disso e até hoje ainda não está totalmente recuperada. Vou dar o antibiótico até sexta pra completar os dez dias que o médico indicou caso ela não ficasse 100% boa até o sétimo. O fato dela estar doentinha esses dias afetou sua alimentação, o seu sono noturno (por causa das crises de tosse depois que eu dava o xarope) e, principalmente, o seu humor e comportamento.

Bem, então a Nicole me viu e depois de algumas tentativas sem sucesso de espiar de longe, eu resolvi aparecer e participar abertamente da aula. Nesse dia havia doze crianças presentes (acho que faltou somente uma) e estavam divididas em dois grupos de seis, com 2 professoras diferentes, descalças e sentadas num tapetão no chão. Mais tarde me explicaram que um grupo (o da Nicole) era o Nursery e o outro era o K1. O critério de divisão inicial é a idade, pelo que me explicou a professora do K1, mas algumas crianças apesar de já terem passado dos 2 anos (e às vezes estarem perto de completar 3) continuam no Nursery porque, segundo ela, não estavam prontas para o K1 ainda. Além das duas teachers, havia também uma nanny - é uma mocinha que ajuda principalmente na higiene pessoal das crianças, como trocar fralda, levar ao banheiro, assoar o nariz (havia muitas crianças resfriadas, inclusive a Nicole), dar o remédio, distribuir o suco na hora do lanche, tirar a temperatura (um menininho estava com febre), ajudá-los a calçarem os sapatos, lavar as mãos depois da atividade com tinta, escovar os dentes depois do almoço, etc. Eu achei bem legal a escola dispor de 3 pessoas para ficar o tempo todo cuidando desse grupinho de 12, ficou bem organizado assim.

Ali sentados no "green rug" e depois numa daquelas mesinhas de plástico (com o banco embutido) que ficava ao lado, o grupinho do Nursery fez várias atividades, todas elas lúdicas. Tiveram o momento de cantar, de ouvir história de um livrinho, de modelar massinha, de montar bloquinhos e repetir o nome das cores, de contar os números, de pintar com tinta no dedo o arco-íris numa folha, essas coisas. Puxa, não é fácil manter focado e organizado um grupo de seis pequeninos que se distrai facilmente, mas vi que estavam ativos participando e interagindo.

Aliás aqui vai um comentário adicional: não sei como a professora tem voz no final de cada dia... e olha que eu só acompanhei 1/2 período de aula! Achei-a muito competente e dedicada, gostei de ter conhecido a rotina das crianças e como a professora procura oportunidades de ensinar o tempo todo. Ela merece os meus parabéns. = )

A Nicole, com quase 1 ano e 8 meses, era a mais novinha do Nursery. Percebi que nem tudo ela acompanhava direito. Ela estava atenta a tudo e o que pediam pra ela repetir ela repetia, mas não era como outras crianças que estão lá há mais tempo e que vão à escola todos os dias (a Nicole por enquanto só vai 3x por semana) e, portanto, já sabem contar até cinco, conhecem os gestos e letra das músicas, o nome das cores, etc. Mesmo assim, ao conversar um pouco com a coordenadora do lado de fora, ela disse que a Nicole está indo super bem e que, por causa do estímulo que recebe em casa, é bem desenvolvida para a idade que tem. Não sei se ela disse isso só pra me agradar, mas é claro que fiquei radiante de ouvir esse feedback!

Um comentário bem curioso que preciso fazer é que de todo o grupo todo de doze crianças que estavam presentes, somente a Nicole e outra menina um ano mais velha que ela (também do Nursery) fazem xixi no banheiro! Todas as outras (inclusive as seis mais velhas do K1) ainda usam fraldas. Eu simplesmente não acreditei quando me disseram, a professora me explicou que os pais simplesmente não querem tirar a fralda ainda. Vai entender! Tá louco... alguém (obviamente as fabricantes de fralda) está ganhando muito dinheiro com isso. Não consigo entender uma mãe que prefira continuar usando fralda se a escola se dispõe a ajudar no processo de desfraldamento. Eu dou o duro pra Nicole sair logo das fraldas e, exceto à noite pra dormir, para as sonecas da tarde e dependendo de para onde vamos quando saímos, deixo-a sem fraldas. Em breve dedicarei um único post só pra falar disso, aguardem!

Outro comentário que preciso fazer é sobre a alimentação. Confesso que estava um pouco "com o pé atrás" com relação à informação que vinha na agenda de que ela almoçava bem na escola. Por dois motivos: em casa nem sempre ela come de tudo - a Nicole é um pouco seletiva, não é muito de experimentar alimentos novos, normalmente prefere os que já conhece e faz cara feia diante de legumes e verduras. O outro motivo era minha dúvida de como é que ela estaria almoçando bem (às 11:00-11:30) se eles davam lanche apenas 1 ou 2 horas antes (9:00 / 10:00)? Lá eu descobri a razão. O lanche no meio da manhã é uma fruta ou suco de fruta; no dia em que fui serviram suco natural de abacaxi, mas eles põem tão pouquinho no copo que só dá pra molhar o bico! Não é uma quantidade suficiente pra encher a barriga e atrapalhar o almoço. Quando dou suco pra Nicole costumo dar um copo cheio (porque ela ama suco) e ela toma tudo!

O momento do almoço em si também foi interessante. Separaram as crianças em duas mesinhas com banco embutido, colocaram nelas os super babadores de plástico com bolsos pra não cair comida do chão (achei bem prático!), fizeram a oração cantada agradecendo a Deus pelo alimento e serviram os pratinhos fundos com a comida toda misturada dentro. Naquele dia o cardápio era arroz, feijão e carne com legumes. Acredita que a Nicole comeu bem (e sozinha)?? Até o chuchu que estava misturado com a carne! Fiquei boba de ver. Acho que o segredo foi misturar tudo e deixar a comida bem molhadinha (com o caldo do feijão ou da carne), em casa eu costumo usar aqueles pratos com divisórias e coloco arroz, feijão, carne e legume separado. E ela nunca nem toca no legume! Agora já aprendi o que tenho de fazer, rs. = )

O curioso é que algumas crianças não comiam sozinhas, alguma professora tinha que sentar do lado e dar na boca. Comer sozinha, taí uma coisa que eu incentivei a Nicole a fazer desde cedo (talvez até cedo demais pelo que li a respeito depois, pois concedi na época uma liberdade - segurar a colher ou garfo - maior do que sua capacidade de lidar com ela no momento e isso trouxe certos desafios que precisaram ser corrigidos posteriormente). Aliás, hoje é difícil ela aceitar que eu ou alguém dê comida na boca dela, ela é bem independente nesse sentido.

Esse é um breve resumo da minha experiência na escola da Nicole. Fiz observações importantes e foi bom saber um pouco mais sobre o que se passa lá com a minha pequena. Me sinto mais confiante agora em levá-la pra escola e saber que ela será tão bem cuidada. A fase chata da adaptação praticamente passou e noto que em casa estamos colhendo os frutos do aprendizado que ela tem tido lá: ela está muito mais falante, repete um monte de palavras novas (até me surpreende às vezes) e está mais esperta (é uma esponjinha, absorve tudo muito rápido).

Agora estou ansiosa por receber seu 1º. "report card" (boletim) que deve vir na sua agenda amanhã. É tão gostoso acompanhar o progresso e desenvolvimento dela!

E você, mamãe leitora, conte-nos como foi sua experiência enviando seu filho pequeno à escola pela primeira vez, queremos ouvi-la!

Um abraço, Talita

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Eu tenho um chamado!

Após ler meu último post meu marido me disse rindo que eu parecia uma mulher depressiva prestes a cometer suicídio por causa de todos aqueles sintomas desagradáveis que eu descrevi, rs! A intenção certamente não era focar nos problemas, mas confesso que é muito mais fácil ficar remoendo sobre as dificuldades em vez de aguentar firme e focar os olhos na solução. Será que é só comigo?!

Nesta segunda-feira interpretei para uma pastora americana de Nebraska que nos desafiou a examinar para onde estamos olhando/focando nossa atenção. Ela se baseou no texto de Hebreus 12:1-3 que nos incentiva a correr com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, o autor e consumador da nossa fé. A questão central da mensagem era para onde nossos olhos estão voltados e como esse simples fato influencia tremendamente as nossas vidas.

Numa dessas manhãs (sinceramente não me lembro qual, aliás, ando muuuuito esquecida ultimamente!) acordei com uma canção no coração. Faz muito tempo que não a ouvia, por isso tenho certeza de que foi o Espírito Santo que me trouxe-a à memória, pois nada é por acaso, Deus tem um propósito em tudo o que Ele faz. Romanos 8:28 fala que "Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito"! A canção chama-se "Eu tenho um chamado" (Banda Quatro Por Um) e tem uma letra linda, inspiradora. Quero compartilhá-la com vocês hoje, pois ela me fez lembrar do chamado que Deus tem pra mim, justamente da "corrida que nos é proposta" de que Hebreus 12 fala.

Clique aqui para ouvi-la e ver o vídeo do youtube.

Segue a letra pra vocês acompanharem:

Eu não vou parar. A estrada é muito longa, vou continuar.
Mesmo em meio às lutas, eu não estou só. E Te sinto aqui!

A vida é mesmo assim, tantas aflições eu tenho que enfrentar,
Mas o Senhor está sempre a me proteger. Te sinto aqui!

Quando o vento sopra contra mim, os problemas tentam me abater,
Eu me lembro: o grande Eu Sou me enviou!

Eu tenho um chamado! Jamais vou me calar.
Eu tenho um chamado: o Evangelho anunciar.
Eu fui escolhido no ventre da minha mãe!
Eu sei que Deus não abre mão de mim não.

Há muito pra fazer, não há mais tempo pra olhar pra trás.

Embora os compositores provavelmente não tenham pensado especificamente no chamado que os pais têm de educar, acho que a letra tem tudo a ver com esta missão.

Aliás, Deus é mesmo perfeito, veja só: estou lendo um livro M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O chamado "Pastoreando o Coração da Criança" (Tedd Tripp) e já faz algumas semanas que estou pra compartilhar os princípios que têm tocado a minha vida ao lê-lo, pois o livro é bom demais e a cada capítulo penso "puxa, todos os pais do mundo precisam ouvir e aprender isso daqui".

Pois bem, "coincidentemente" hoje li o capítulo 10, em que o autor trata sobre o alto preço a se pagar pelos pais que buscam uma vida de comunicação profunda com os filhos (tem tudo a ver com o chamado de anunciar o Evangelho: é ajudar os filhos a compreenderem a si mesmos, suas fraquezas, angústias, anseios, toda a complexidade da vida, a obra redentora de Jesus na Cruz, como funciona o Reino de Deus, os princípios da Palavra, etc.).

Na página 117 ele diz assim:

"O custo é grande: significa estar disponível e completamente engajado na arte de ser pai ou mãe. Há uma forma simples de saber o custo da comunicação profunda e plena: considerar a paternidade ou a maternidade como uma das tarefas mais importantes enquanto se tem filhos no lar. ESTE É O SEU CHAMADO. (...) NÃO HÁ NADA MAIS IMPORTANTE. Você só tem uma breve parte da vida para investir a si mesmo nesta tarefa. Tem somente UMA OPORTUNIDADE de fazer isso. Não pode voltar atrás e refazer. (...) Para cumprir bem a TAREFA de criar filhos, esta deve ser considerada PRIORITÁRIA, ou seja, o seu CHAMADO PRINCIPAL. (...) Ser pai ou mãe significará não poder fazer todas as coisas que poderia fazer se não criasse filhos" (grifos meu).

Considerar uma tarefa prioritária significa que ela terá mais importância que outras. Significa que se eu quero priorizar uma terei que abrir mão de outra (ainda que temporariamente). E a sociedade não aceita bem isso, aliás existe uma pressão tremenda sobre a mulher nos dias de hoje. Eu a sinto sobre mim. Você já reparou que como mulheres temos que ter formação acadêmica exemplar (formação superior, línguas, MBA, etc.), temos que ser profissionais conceituadas e extremamente bem-sucedidas (ganhar tão bem quanto os homens), precisamos ser bonitas (unhas feitas, cabelo escovado, pele sem manchas ou rugas, corpo em forma... e por aí vai), excelentes esposas, boas cozinheiras, donas de casa competentes (o lar precisa estar sempre impecável) e ainda ter tempo para educar os filhos?! Tá louco, precisaríamos de pelo menos 30 horas pra fazer tudo isso e acho que nem assim daríamos conta!!

Por isso temos que priorizar. A estrada é longa, mas os filhos não estarão conosco pra sempre. Eu estou disposta a pagar o preço para educá-los, estou ciente de que se quero realmente ser a mãe que Deus me criou pra ser, se quero fazer diferença na vida dos meus filhos durante os anos mais importantes de suas vidas, não poderei estar disponível para todas as outras atividades do meu interesse que irão surgir. Talvez signifique que eu tenha que abrir mão de hobbies, amizades, conquistas pessoais, profissionais ou acadêmicas, lazer, tempo de descanso, enfim, estou disposta a pagar o preço - 1º. porque é o chamado de Deus pra mim e 2º. porque quando Deus dá a missão Ele mesmo providencia os recursos.

Além disso, os benefícios (as bênçãos) serão ENORMES e altamente compensadores. É um investimento alto mas é o caminho da obediência, e como expõe o autor no fim do capítulo, o caminho da obediência é sempre o caminho da BÊNÇÃO! E sabe o que mais? Como fala na canção, mesmo em meio às lutas eu não estou só!

O chamado vem dEle e Ele está comigo!
Essa é a minha palavra de incentivo pra vocês hoje.

Ouçam a canção mais uma vez pelo menos, vale a pena!

sábado, 9 de abril de 2011

Uma gestação nunca é igual a outra?

Estou com 28 semanas de gestação e tenho ouvido essa afirmação de pessoas diferentes e há um bom tempo tenho me questionado quais estão sendo, de fato, as diferenças e as semelhanças desta para a última gestação. Na verdade percebo que a lista de semelhanças está muito mais longa, ou seja, está quase tudo igual mesmo.

Claro que com isso não pretendo dizer que esta gestação está idêntica à outra; é evidente que não sou mais a mesma pessoa de 2 anos atrás. As circunstâncias mudaram, meus pensamentos, prioridades e desafios do dia-a-dia são outros agora que tenho uma filha de 1 ano e 7 meses pra cuidar, então é claro que não daria para ser tudo igual mesmo. Por outro lado, no que diz respeito à gravidez em si, com exceção de uma ou outra diferençazinha, os sintomas são praticamente os mesmos. O que posso, com toda segurança, afirmar é que a minha REAÇÃO a eles está diferente.

Mesmo agora com 28 semanas (equivalente a 6 meses e 1 semana), os enjôos persistem e eu continuo tendo que comer a cada 2 horas. Não é à toa que na última consulta a balança mostrou que eu já tinha ganhado 14 quilos. Na gestação da Nicole eu ganhei 17 quilos em 9 meses, o que mostra que nesta gestação estou sendo menos cautelosa com o que como. Pra usar a expressão popular, eu "desencanei", rsrs. Antes eu não esperava chegar o dia da consulta para me pesar, vivia indo nas farmácias e anotava o peso no meu calendário de parede da cozinha, tinha tudo registrado na ponta do lápis. Com a Nicole em casa, tendo que conciliar com trabalho, igreja e uma infinidade de outras coisas, a preocupação com a qualidade dos alimentos que eu ingiro ou com o meu peso caiu para o fim da lista de prioridades. Eu lembro que na primeira gestação eu tinha toda aquela "neura" de diminuir o consumo de café, refrigerante e chocolate, e claro, escolhia lanchinhos saudáveis como castanhas, frutas, barrinhas de cereal. Mas agora? Hum, que nada! Não tenho tempo pra pensar nisso. Como o que for mais prático mesmo e fim de papo.

Outros SINTOMAS desagradáveis que eu tinha na outra gravidez e que tenho agora são azia intensa (me sinto um dragão, como se tivesse prestes a expelir fogo pela garganta!), câimbra na perna quando vou me espreguiçar deitada na cama, formigamento no braço se ele ficar elevado por algum tempo (ainda que a inclinação seja pequena), dores nas costas (especificamente na lombar, parece que tem algum nervo inflamado de um lado só) e insônia. Esse último é terrível. Vai chegando o fim da gravidez e raras vezes durmo mais de 3 ou 4 horas seguidas. Parece até que estou em treinamento, praticando para quando a Alícia nascer e eu tiver que amamentá-la a cada 3 horas! Acordo com um aperto na barriga (vontade de fazer xixi) e uma sensação de enjôo, azia e fome - tudo ao mesmo tempo! Mas essa vontade exacerbada de urinar não é exclusividade de quanto estou deitada, é o tempo todo. E se não vou ao banheiro, minha barriga logo endurece. Às vezes acabei de fazer xixi ou mal saí do banheiro e a sensação de ainda estar apertada permanece. Me deixa perplexa!

E por falar em aperto, eis uma DIFERENÇA desta para a outra gravidez: pode ser impressão minha, mas parece que as contrações de Braxton Hicks começaram mais cedo e são muito mais frequentes e incômodas agora. Quando comecei a tê-las, com 20 semanas, me lembro de ter estranhado e pensado "mas já?". A minha barriga nem aparecia direito ainda e já endurecia como que praticando para o parto. Se a Nicole nasceu de 38 semanas, fico imaginando como será que vai ser com a Alícia!

Está aí outra SEMELHANÇA nas duas gestações: o tamanho da barriga, estou grávida de 6 meses e muita gente da igreja ainda nem tinha percebido. Dois dias atrás mesmo, quando viu minha barriga uma pessoa me perguntou: "E aí, já está com 3 meses?". Ha, pode?! Essa foi uma das "decepções" que tive quando estava grávida da Nicole. Queria aproveitar todos os direitos públicos de filas e assentos preferenciais para gestantes, mas as pessoas mal notavam a minha barriga, ainda mais porque no inverno costumamos usar blusões ou jaquetas grandes que cobrem a nossa silhoueta!

Há outras SEMELHANÇAS desagradáveis e muito visíveis: acne no rosto, pescoço, ombros e costas! Parece que voltei a ser adolescente. Sabe aquelas espinhas internas doloridas que inflamam e que costuma-se ter na puberdade? Pois é, elas voltam quando estou grávida. Foi assim na gestação da Nicole e está sendo assim na gestação da Alícia. Horrível, eu sei. O cabelo e as unhas também são afetados, ficam mais frágeis, quebradiços e... bem, feios, pra ser mais exata. Hum... fazer o quê, né? Se não bastasse esses sintomas pra lá de chatos para qualquer mulher (afinal, quem gosta de sentir-se feia?!), ainda tem as alterações de humor. Fico mais irritada, sensível, quero reclamar (ou chorar) das circunstâncias desfavoráveis e, se não me policiar, acabo sendo uma chata mesmo.

Pra amenizar o meu "sofrimento psicológico", rsrs, tento me lembrar de um dos únicos sintomas que eu tive na última gestação e que não estou tendo agora: inflamação e sangramento da gengiva. Li a respeito na época e sei que é algo muito comum de acontecer com grávidas, você come o tempo todo, acaba escovando mais os dentes e mesmo assim, ou se acumulam alimentos entre os dentes, ou você escova os dentes tanto que acaba se machucando. Eu tive isso da outra vez e foi muito ruim. Dessa vez me planejei melhor. Quando pretendia engravidar de novo, parei de amamentar a Nicole e fiz tratamento dentário na região que inflamou da última vez e, inclusive, aproveitei também para arrancar os quatro dentes do ciso. Funcionou! Porque dessa vez, apesar de comer com muita frequência, estou livre de dores na gengiva. Ufa!

Bem, até aqui já contei 10 semelhanças e apenas 2 diferenças, mas há outras diferenças também. Na verdade, como quando falei a respeito da minha alimentação menos saudável, essas outras diferenças não referem-se a sintomas propriamente ditos, mas à minha própria atitude e comportamento durante a gestação. Uma delas é o tempo de descanso. Eu quase não estou descansando nesta gestação! Antes eu ia para o trabalho com o meu marido e não conseguia ficar com os olhos abertos durante o trajeto, sempre tirava um cochilo dentro do carro. Daí no trabalho ficava sentada a maior parte do tempo e quando voltava pra casa à noite também tratava de descansar, eu lembro que dormia bastante e era revigorante! Agora não, vou para o trabalho 3x por semana por meio-período e no restante do tempo fico com a Nicole e tento trabalhar de casa. Menina, é um desafio! Fico literalmente um "bagaço". E não precisa de muita coisa não, basta pegá-la do berço, deitá-la na cama, levá-la para o banheiro, sentar-me no chão pra brincar ou dar banho algumas poucas vezes e eu já estou acenando aquela bandeirinha branca de rendição e gritando "Socorro!". Se o processo de tirar as fraldas é cansativo porque tem que levar a criança ao banheiro o tempo todo, fazê-lo grávida então é quase loucura!

Em meio a tudo isso tenho me sentido um fracasso de mãe, parece que tudo do que eu me empenhei arduamente para conquistar no 1º. ano de vida da Nicole, eu estou perdendo em poucos meses. Me refiro a questões de comportamento. Eu não estou conseguindo estruturar a rotina da Nicole em casa - literalmente por preguiça minha, não vejo outra explicação, pois dá trabalho educar e ultimamente eu ando muito cansada! O fato é que estou concedendo muito mais liberdades do que ela poderia receber para a idade que tem e o resultado é uma criança exigente, manhosa, com dificuldade em obedecer e que não se contenta mais em brincar sozinha quando é preciso. Ela está indo para a escolinha agora e então são muitas influências externas novas e em casa, como não estou conseguindo ser firme o suficiente, o resultado só podia ser esse. Eu tenho esperança de que depois que o bebê nascer e eu estiver totalmente recuperada do parto e dormindo a noite toda novamente (com a Nicole isso aconteceu com 8 pra 9 semanas), terei mais disposição física e conseguirei correr atrás do tempo perdido e melhorar o meu desempenho como mãe!

Por todos esses motivos também é que reparo uma outra diferença no meu comportamento durante esta segunda gravidez: quase não tirei fotos da minha barriga! Na gravidez da Nicole eu tirava foto praticamente toda semana. Mas agora que estou quase sem tempo e ainda me sentindo feia, são raras as vezes que pego na câmera pra tirar uma fotinho sequer da barriga. Até para o agendamento dos exames que a médica pede estou um desastre porque me esqueço, um dia fiz ultrassom e esqueci de levar pra consulta, acredita? Se bem que memória ruim eu também tive na gestação da Nicole, agora só parece que está um pouco mais grave, rs!

Bem, pessoal, é isso. Espero que, se você estiver grávida e passando pelos mesmos sintomas e conflitos internos que eu, você se sinta confortada que não é a única! E lembre-se que tudo é uma fase, e esta também passará.

A alegria do Senhor é a nossa força!

Um abraço e até a próxima postagem!
Talita