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Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

sábado, 12 de março de 2011

Mudanças no comportamento a partir do 2º. ano de vida - Parte 2: EMOÇÕES

Além das mudanças advindas de sua recém-desenvolvida mobilidade, os primeiros 6 meses após completar seu 1º. aninho também foram marcados por expressões cada vez mais evidentes de sua personalidade e emoções. Uma palavra que resume bem essa fase (a respeito do qual os Ezzos também alertam no seu curso "Preparation for the Toddler Years: Parenting your 12 to 18 Month Old") é a IMPREVISIBILIDADE.

A Nicole está sempre a nos surpreender, até no que parece ser mais trivial. Num belo dia mostra-se fã de um único alimento colocado no prato e não quer nem saber de tocar nos outros, devora aquele ali, o escolhido do dia, como se fosse o melhor alimento do mundo. Mas no dia seguinte, ou mesmo na refeição seguinte, age como se nunca o tivesse comido e detém sua atenção em algum outro, que agora torna-se seu novo preferido. Vai entender?! Eu já desisti de tentar, apenas peço que Deus me dê sabedoria em cada situação pois realmente é muito difícil de prever!

Essa imprevisibilidade é de deixar as mamães com os cabelos em pé e é preciso ter tremedo jogo de cintura, além de muita, mas muuuuita paciência mesmo, para lidar com algumas das situações com que nos deparamos. Há certas atitudes (traquinagens, pra ser mais exata) da Nicole que eu pensei que uma criança só pudesse aprender se tivesse um irmãozinho maior para ensiná-la. Que nada, engano meu! Essas travessuras já vêm embutidas nela, bem que a Bíblia avisou, não é mesmo? Provérbios 22:15 diz que "a estultícia (insensatez) está ligada ao coração da criança". E está mesmo, deixe eu dar alguns exemplos que me deixam perplexas.

Como comentei no último post, tenho trabalhado com a questão dos limites fazendo o "rug time" 30 minutos todos os dias (período em que ela deve brincar dentro do limite do tapete da sala). A Nicole sabe exatamente o que é esperado dela para esse momento de atividade, mas vez ou outra quer testar os limites pra ver se é aquilo mesmo e se ela consegue não ter que ficar ali. Primeiro ela põe um pezinho pra fora do tapete e olha pra ver se eu estou olhando e se eu vou falar alguma coisa. Outras vezes joga algum brinquedo pra fora da área permitida e sai para buscá-lo (como quem diz "eu tenho um bom motivo pra sair"). Amigas, acreditem, se eu não ficar esperta ou for firme nessas horas, ela me dá o maior nó facinho!!

Como uma menininha tão doce e fofa poderia sequer cogitar a possibilidade de manipular sua tão dedicada mamãe?!

Haha, eu não sei, mas ela o faz!! E se eu bobear ela faz de mim gato e sapato! A primeira vez que me dei conta disso foi quando estávamos naquela fase difícil de alimentação. Sabe o que ela fazia para conseguir que eu a tirasse do cadeirão quando ela não queria comer? Fazia o sinal de "poo-poo" (comunicando que queria ir ao banheiro) porque ela sabia que eu não questionaria o pedido e agiria bem rápido. Fez isso várias vezes, eu sempre a levava ao banheiro e nada dela fazer! O mesmo quando chegava a hora de dormir, ela tentava de tudo (e ainda faz isso hoje em dia!): fazia o sinal de fome, de sede, de vontade de ir no banheiro... mas era tudo alarme falso, só queria mesmo era ganhar tempo e adiar o horário de ir dormir.

Exemplos dela tentar me manipular não faltam. Se a pegamos no flagra mexendo em algo que não deve (e ela sabe muito bem disso), já vi duas reações distintas: ou 1) ela congela e fica ali de costas (com o rosto escondido) torcendo para eu ir embora e esquecer o que vi ou 2) ela vira pra mim com um daqueles sorrisos amáveis, mostrando os dentes, pra tentar me distrair e fingir que nada aconteceu. Pode?! Como é difícil não dar risada nessas horas! Pode ser bonitinho vê-la fazendo isso hoje, mas daqui alguns meses ou anos certamente não será e corrigir ficará mais difícil também.

Eu ensinei o sinal de "Sorry" (pedido de desculpas) e faço-a a fazê-lo sempre que faz algo de errado, inclusive tentar me enganar, mas às vezes é tão mais fácil deixar aquilo pra lá. Preciso vencer a tentação de fazer vista grossa e lembrar da minha responsabilidade como mãe! Pois é, a Bíblia sempre tem razão! A estultícia está ligada ao coração da criança e, como pais que desejam o melhor para seus filhos e querem que eles sigam pelo caminho do bem, temos que disciplinar e corrigi-los para que tenham sensatez. É o que o final daquele provérbio bíblico diz: "mas a vara da correção (disciplina) a afugentará dela".

Como o objetivo desse post é falar das emoções, não tem como falar delas sem citar as famosas birras! Já reparou como elas são perpetuadas e incentivadas quando há público para elas? O que eu procuro fazer com a Nicole quando ela está contrariada é, em primeiro lugar, MANTER A CALMA (e às vezes isso é tão difícil!) pra então, com voz firme e amorosa, informar o que preciso que ela faça. Por exemplo, se eu a deitei no trocador e ela não quer cooperar, digo algo do tipo: "Nicole, a mamãe precisa que você fique quietinha agora pra eu poder trocá-la". E então, sem ceder aos seus gritos de protesto, começo a cantar alguma música pra ela. Normalmente ela para de chorar logo porque quer prestar atenção (ou cantar junto) e esquece que estava brava. Essa estratégia é boa pois muda o foco de tensão para algo divertido e a intenção é ajudá-la a desenvolver o tão almejado autocontrole (um fruto do Espírito!).

Não uso essa mesma estratégia toda vez, depende do contexto; normalmente não dou atenção ao gesto de manipulação (no caso a birra, ou o choro de manha) e a informo que choramingar é inaceitável. Se ela desobedece e continua, a isolo em algum canto (no berço, no cercadinho) até que ela se acalme, ou se ela estiver no "rug time" simplesmente viro as costas e a deixo lá. Nunca parei pra contar quanto tempo ela permanece brava, mas não deve durar mais que 1 ou 2 min, isso nos piores casos, pois como é assim desde sempre ela se conforma rápido, sabe que não vai ter plateia para sua ceninha de raiva.

No fundo no fundo sei que na maioria das vezes o problema é que ela ainda não sabe dominar suas próprias emoções. Por isso ressaltei no início que MANTER A CALMA é a melhor lição que você ensina para seu filho, pois ele irá imitá-la! Se você se descontrolar toda vez e gritar, ele vai aprender com seu comportamento: esse será o seu padrão de como lidar com as emoções. Então, por mais que eu sinta vontade de lhe dar uns tapas quando ela age assim, fazê-lo porque estou irritada é um péssimo hábito. Tenho que me lembrar o tempo todo que meu objetivo é ajudá-la a desenvolver o autocontrole, preciso compreender que se ela se descontrola e berra porque, por exemplo, eu confisquei algum objeto proibido, é porque ela ficou frustrada com a situação e ainda não sabe lidar com isso. E sou quem preciso ensiná-la como é o jeito aceitável de reagir!

Uma última observação que gostaria de fazer antes de finalizar é a respeito da escolinha. A Nicole começou a ir na escolinha na semana passada (não todos os dias, apenas 3x por semana e em regime de meio-período) e desde então ela ficou muito mais manhosa. Pede as coisas choramingando, não quer fazer as atividades comuns (resiste muito mais ao cercadinho, ao "rug time" e até à hora de dormir) e as coisas ficaram bem mais complicadas porque ela chora por qualquer coisa. Acho que é carência porque ela quer muito mais colo e atenção pra tudo, inclusive brincar. Parece que tudo o que ela não chorou lá na escolinha (na agenda veio que ela passou e se alimentou superbem todos os dias) ela está chorando aqui em casa. Estou esperando e pedindo a Deus que essa mudança brusca de comportamento seja algo temporário!

Um abraço e até mais!
Talita