Bem-vinda!!

Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Vida Sem Gary Ezzo ou Tracy Hogg

Olá a todos! Acho que a maioria das leitoras nem deve saber quem é “Fabi”, já que há diversos meses não escrevo. É verdade que a “desculpa” que eu vinha usando para deixar de preparar as mensagens era a famigerada falta de tempo. Não que seja mentira, mas sempre arrumamos tempo para fazer algo que precisamos. O verdadeiro motivo da minha ausência foi um só: cansei de livros sobre bebês. Rsrsrs

Que coisa mais estranha, né? Eu li praticamente tudo que podia enquanto estava grávida e reli desesperada todos depois que a Gi nasceu. Um dia eu acordei e disse, “basta”! A mãe sou eu e não o Gary Ezzo ou a Tracy Hogg. Então coloquei todos os livros dentro de uma caixa e escondi no fundo do guarda-roupas. Parei de ler blogs e sites que falavam sobre “o que fazer” ou “o que não fazer”. Nem mesmo nosso blog eu li mais! Não pedi mais conselhos e fiz o possível para evitar dar palpites a alguém (é que as vezes isso é incontrolável, principalmente para uma tagarela como eu :)). Naquela mesma noite eu me ajoelhei e orei pedindo a Deus para que ele me instruísse e me desse sabedoria.

Calma, todo esse histórico não é um incentivo para você fechar esse site agora. Eu fiz isso por uns três ou quatro meses, o tempo que foi necessário para me desintoxicar do medo de ter um bebê problema se não seguir o princípio “a”. Os seis primeiros meses da minha filha eu atravessei com medo de errar, com a angústia de “ter que pagar mais caro” no futuro por algo que eu deixasse de fazer no presente. Esse período de abstinência de informação foi necessário para que eu aprendesse que não vou encontrar o certo ou o errado dentro de um livro. Hoje meus livros (a Gi já vai fazer quase um ano!) estão de volta à estante...só que a importância que dou a eles é bem diferente.

E o que eu aprendi nesses últimos seis meses? Como é a vida sem seguir a risca os livros que usamos como base no nosso site (sem seguir quase nada, para falar a verdade). Curiosa?

Padrões de Sono: A Giovanna sempre dormiu a noite toda quase sem esforço da minha parte e isso continuou mesmo depois que eu parei de “deixá-la chorar” custe o que custar. Nas poucas vezes em que ela acordava chorando eu ia até o quarto dela, a pegava no colo e confortava. Tão logo ficasse calma ela voltava para o berço e dormia. O inverso aconteceu para as sonecas. Perdi a conta do número de vezes em que eu tive que embalá-la e deixá-la tirar a soneca toda no colo. Sabe aquela cena clássica em que a criança dorme no colo e você vai com todo o cuidado colocá-la de volta no berço? Pois é. Giovanna tinha um sensor que disparava quando ela chegava a uns dois centímetros do colchão. Ela já desatava a chorar...e lá toca a mãe voltar a ninar. Claro que não era assim todos os dias, do contrário acho que não aguentaria. Misteriosamente tinha dias em que eu nem tinha terminado o ritual do sono e ela já estava se esticando pedindo para ir ao berço. Mas ouso dizer que a porcentagem de dias bons e dias ruins era 50% para cada lado. Ela dormiu três sonecas até uns oito, começinho dos nove meses. Depois passou para duas sonecas diárias.

Alimentação: Não usei mais o EASY. Fixei os horários de alimentação e não parei de seguir a sequência. Ela tomava leite por volta das 6:00 ou 6:30. Suquinho e um pedaçinho de fruta umas 9:00. 12:00/12:30 o almoço. Um leitinho antes da soneca. Papinha de frutas as 15:30/16:00 e jantar as 18:00 ou 18:30. Leite antes de ir para cama as 19:00/19:30. Ela sempre belisca o que comemos, mas nunca perdeu o apetite. Acho que se percebesse uma diminuição nas refeições pararia de dar besteira para ela.

Atividades: Não organizei horários específicos (como hora de brincar sozinha, hora de brincar com alguém por perto, etc.). Quando está mais focada, coloco ela no cercadinho. Em geral, dá para fazer isso uma vez por dia. Pelo menos uma vez por dia me esforço para levá-la até a área de lazer do prédio onde brincamos juntas na salinha das crianças. Todos os dias tem um período em que ela brinca sozinha comigo por perto.

Educação: No cadeirão, não ensinei as “boas maneiras”. Geralmente dou uma colher para ela brincar enquanto eu a alimento. Ela fica tentando “me imitar” colocando a colher dela na boca. Faz um pouco de sujeira, mas nada extraordinário e fica no espaço da bandeja do cadeirão. O que eu achei legal é que ela pegou a noção de que a colher vai na boca e eu a aplaudo quando ela consegue. Ela fica felicíssima.

Não ensinei linguagem de sinais, mas ela desenvolveu uma própria. Quando está satisfeita, por exemplo, balança a cabeça fazendo um “não” como eu faço para ela quando está perto de algo proibido. rsrsrs.

Também não a ensinei a ficar dentro de um espaço delimitado. Significa dizer que quando vamos a um restaurante ela come no cadeirão disponibilizado pelo local ou no nosso colo (quando não tem cadeirão). Ao terminar, colocamos ela no chão. Ela vai se arrastando pelo local inteiro cumprimentando a todos, mas já sabe que quando chamamos é para ela voltar. Quando ela encontra algo que gosta não obedece e precisamos ir buscá-la, mas no geral ela é bem obediente.

O que eu ensinei? O “não”. Na verdade eu faço justamente o oposto do funil. Tudo é permitido até eu dizer “a Gigi não pode brincar com isso” ou “não pode brincar assim”. Ela tem livre acesso pela casa inteira, mas já sabe que tem alguns lugares que não pode mexer. Em outros, ela sabe que pode mexer, mas que não pode pegar (como na árvore de natal – pode encostar nas luzes, nas bolinhas e nas folhas, mas não pode arrancar de lá). Aqui em casa não tirei nada do lugar (exceto as coisas realmente perigosas) e quando vamos a casa de alguém, não me preocupo, pois sei que posso deixá-la passear a vontade. Se digo “não”, ela obedece (as vezes na terceira vez, mas obedece. rsrs). É impressionante como esses pequenos são inteligentes! Na primeira vez que a Gi pegou uma folha de papel ela imediatamente começou a rasgar. Disse que não podia e dei outra. Na terceira folha que eu dei ela aprendeu. Hoje, ela tira meus livros da estante, pega revistas, encartes e vai “folheando” como se estivesse lendo! Nunca ela rasgou um desses! A única coisa que ela rasga é papel mais fino (como guardanapo ou papel higiênico).

Minha conclusão: Para a Giovanna, não compensou seguir fielmente o Ezzo ou a Hogg. Temos uma rotina e poucas regras (escovar os dois dentes depois das refeições, sempre ir na cadeirinha do carro, o “não”, etc). Ela é tranqüila e dá muito pouco trabalho. Mesmo com algumas sonecas complicadas ou jantares não-tão-perfeitos quando saímos, acho que o esforço para “enquadrá-la” para ser um bebê modelo não compensou. A verdade é que a-do-ro sentir o corpo dela relaxado no meu colo e também rio demais com meu marido quando precisamos sair correndo para pegá-la na mesa do lado porque está colocando migalhas encontradas na boca. Claro, tem dias que a paciência não é mesma, mas pesando na minha balança, eu fui muito mais feliz nos últimos seis meses do que fui nos primeiros, quando as sonecas eram perfeitas, quando sabia quanto tempo de peito tinha dado e quantas fraldas tinham sido descartadas. Acabamos de voltar de viajem esses dias (passamos dez dias fora) e foram simplesmente as melhores férias da minha vida. Eu e meu marido voltamos com o coração grande de tão gratos que ficamos a Deus pela forma como as coisas transcorreram (aguardem o post “aventuras de um bebê de onze meses em bariloche”, rsrs).

Isso não quer dizer que o mesmo aconteceria para um segundo filho, por exemplo. Há crianças com personalidades mais fortes, mais sensíveis e que precisam de um pouco mais de firmeza. Nesse caso, passar sem os princípios do Nana Nenê a vida pode ser difícil.

O importante é saber que a maternidade é uma alegria. Temos sim a responsabilidade de criar uma mulher ou um homem íntegro e saudável em todos os aspectos (físico e emocional). A responsabilidade não é um fardo. Ser pai ou ser mãe é uma bênção de Deus e eu creio que Ele dá sabedoria para criar filhos aos que pedem com sinceridade. As vezes, o discernimento mostra que deve-se usar um ou outro (ou todos) os métodos e conselhos de especialistas. Outras vezes, que o melhor conselho vem de onde menos esperamos (da sogra :), brincadeira). O importante é não descredenciarmos ninguém por mais inexperiente que seja ou dar muito crédito a alguém que seja um “perito”. Cada criança é um ser único e diferente, de modo que não existe pessoa no mundo que possa dizer o que é melhor para todos. Que os nossos ouvidos e olhos estejam abertos para receber todos os conselhos, mas que o filtro confeccionado por Deus esteja ligado para que possamos escolher o que é melhor para cada filho específico.

Ser mãe foi um dos presentes mais maravilhosos que recebi e vou continuar a escrever, mesmo virando mãe “alternativa” porque simplesmente não agüento mais conter tudo que aprendo todos os dias com a Gigi. Um grande abraço a todas as mamães e papais.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Alimentação a partir dos 12 meses - Aprendendo com os erros!

Até aproximadamente seu 1º. aniversário e apesar de nunca ter sido um bebê gorducho, a Nicole sempre se alimentou superbem. Até seus 5,5 meses alimentou-se exclusivamente de leite materno. E mesmo depois que começou a comer alimentos sólidos, mamou no peito até completar 9 meses. Ela sempre comeu de tudo, nunca recusou nenhum alimento que eu oferecia, inclusive variadas frutas e legumes. Ela só parou de mamar no peito porque eu optei por substitui-lo por leite industrializado uma vez que desejava ter outro bebê em breve.

Nas primeiras 6 visitas à pediatra (de set/2009 a mar/2010), a Nicole ganhou o total 3.850 kg. Como disse, ela nunca foi um bebê grande (aliás, sempre foi pequena e delicadinha), mas para um bebê que nasceu com 2.475 kg e 46 cm e que saiu da maternidade pesando 2.300 kg, chegar aos 6 meses com 6.150 kg e 62,5 cm estava de bom tamanho! Ela tinha mais do que dobrado o peso que tinha ao nascer, exatamente como os livros e especialistas dizem que deve ser.

Bem, a primeira pediatra precisou sair de licença-maternidade e nós fomos à procura de um outro médico para continuar o acompanhamento da Nicole. Foi aí que começaram os nossos problemas, pois esse novo doutor nunca ficava satisfeito com o ganho de peso dela!

Ele comparava-a comigo e com meu esposo e dizia que a Nicole estava muito pequena para sua idade, que deveria estar ganhando bem mais peso para alcançar os outros bebês que tinham nascido com 3 kg ou mais. Ele me perguntava se ela estava comendo duas papinhas salgadas por dia, eu dizia que sim e explicava pra ele que ela comia um pratão de comida. E comia mesmo! Ela era motivo de orgulho das avós que se gabavam que a netinha era "boa de garfo". Mas no fundo sempre tinha a sensação de que ele não acreditava em mim.

Lembro-me de uma das consultas, quando ela estava com 10 pra 11 meses, em que a balança finalmente apontou um ganho de 500 g, ele disse: "Tá vendo, é só aumentar a ingestão calórica que ela ganha peso". E assim eu sempre saía das consultas cabisbaixa e chateada, como se fosse um fracasso de mãe, sentindo que de alguma forma o fato da minha filha não estar ganhando o peso que o pediatra achava adequado significava que eu havia falhado em alguma coisa. Nessa neura de que minha filha ganhasse mais peso fui, inconscientemente, diminuindo o leite que dava pra ela e aumentando a quantidade de sólidos. Esse foi o meu primeiro erro.

Foi um erro porque até o 1º. ano de vida o que realmente faz com que os bebês ganhem peso é o leite, nessa fase o leite é essencial e a introdução de sólidos deve ser lenta e gradativa. O resultado foi que os exames de sangue de 1 aninho da Nicole constataram fosfatase alcalina alterada, que pelo que entendi é uma alteração que aconteceu como reflexo da falta de fixação de cálcio. Para reverter o quadro, o médico disse que eu precisava aumentar a ingestão de leite e de vitamina D (principal responsável por fixar o cálcio), além de diariamente expô-la ao sol de manhãzinha ou final de tarde e acrescentar um ovo cozido à alimentação dela todos os dias. Fizemos e deu certo, nos exames seguintes a fosfatase estava normalizada.

Mas voltando a falar do ganho de peso, a Nicole realmente não ganhava tantos gramas assim MAS, apesar de dois episódios de gripe fortes com febre (com 7 e 8 meses) - em que ela ganhou apenas 150 g e 100 g de uma consulta pra outra - ela nunca chegou a perder peso. Ou seja, ela estava sempre numa crescente e o comum, em meses sem intercorrências de saúde em que perdia o apetite e literalmente não queria comer nada por uma semana inteira, era o ganho de 300-500 g por mês. Com 1 aninho ela tinha mais do que triplicado o peso que tinha ao nascer. Estava com 7.650 kg e 70 cm. Mas o pediatra continuava insatisfeito.

Acho que o que o incomodava era o fato do peso e altura da Nicole a colocarem sempre próximo aos mínimos na tabela de crescimento (como no percentil 5, por exemplo). Mas pra mim isso não era problema, pois apenas significava que para cada 100 crianças de sua idade, a Nicole estaria entre as 5 menores (considerando tamanho e peso). Qual o problema em ser magro?? Se houvesse outros sintomas preocupantes que indicassem doença, tudo bem. Mas não! A Nicole era uma criança ativa, esperta, estava se desenvolvendo de forma adequada e não tinha a aparência de criança doente - ela era apenas pequena.

Mas o médico reforçava que não, que ela tinha que estar dentro da média, próximo ao percentil 50, o que não fazia o menor sentido pra mim! Eu sempre procurei ser informada e havia lido em vários sites que "a média" simplesmente significava que 50% dos bebês estavam acima daquele número enquanto os outros 50% estariam abaixo, somente isso. Um dia questionei isso e o doutor rispidamente respondeu que não podemos confiar em tudo que lemos na internet. Acho que ele se zangou.

Bem, você deve estar se perguntando porque eu não procurei logo outro médico, pelo menos pra ter uma segunda opinião. Foi o que eu fiz. E dessa vez fiz questão de ir em um indicado em vez de simplesmente abrir o livrinho do convênio e procurar pelo consultório mais próximo da minha casa. Três mamães de bebês pequenos me indicaram um outro pediatra e precisei aguardar 3 meses para conseguir uma consulta com ele!! Mas valeu a pena, pois acho que acertamos. Além de pediatra, ele é também endocrinologista pediátrico e é bem calmo. Leva jeito para lidar com crianças pequenas e pra tranquilizar pais estressados porque eu realmente estava precisando, rs! Nem bronca ele me deu porque a Nicole, pela primeira vez, aos 15 meses perdeu peso (180 g) em vez de ganhar e também só cresceu 0,5 cm!!

Nem eu acreditei e fiquei me perguntando como isso foi acontecer. Depois de mais algumas semanas, muitas leituras sobre o assunto, conversas com pessoas e algumas experiências em casa finalmente compreendi. E é o principal aprendizado que quero compartilhar hoje com vocês.

Para conseguir explicar, preciso voltar um pouco e contar o que aconteceu antes da consulta com o novo pediatra e depois da Nicole completar seu primeiro aniversário. Nesse meio tempo (que duraram 3 meses) continuei visitando o pediatra anterior e ele pediu diversos exames pra tentar investigar o que poderia estar impedindo minha filha de ganhar mais peso, foram vários sofridos exames de sangue (porque ela berrou muito) e um 2º de urina pra saber se ela não estava com alguma infecção ou deficiência de cálcio, fósforo, etc. Os resultados vieram todos normais e indicavam que ela estava saudável. Então ele insistiu para que eu desse Pediasure pra ela como complemento alimentar. Na verdade ele já tinha indicado esse leite desde seus 9 meses, mas eu me recusei a dar porque a própria embalagem diz que esse leite é para crianças de 1 a 10 anos que não comem bem. Como ela não tinha 1 ano e também comia bem, achei totalmente desnecessário (além do que uma lata grande custava mais que 70 reais).

Bem, depois que a Nicole completou 1 aninho algumas coisas estranhas começaram a acontecer com ela, rs. Primeiro notei que ela parou de comer a quantidade habitual. Eu cozinhava os legumes, preparava suas papinhas e as congelava no freezer em potinhos de plástico. Até 1 ano ela comia o conteúdo de um potinho inteiro no almoço e outro na janta. De repente comecei a notar que ela só comia metade de um potinho e ainda sobrava pra janta. E mesmo depois de jantar, ainda sobrava comida que eu tinha que jogar fora! Preocupada com o ganho de peso, cedi e comprei o tal do Pediasure, pois afinal ela já tinha 1 ano e realmente não estava mais comendo bem. Passei a dar uma mamadeira por dia pela manhã.

Considero que foi outro erro. O apetite dela nas refeições só foi piorando. Chegou ao ponto de só dar uma beliscadinha ou mal experimentar as refeições em alguns dias, estava comendo como um passarinho! Os alimentos básicos que ela sempre amou (como cenoura e batata) de repente ela começou a agir como se nunca os tivesse comido. Eu não tinha certeza se devia atribuir esse novo comportamento ao fato dos dentes terem finalmente começado a sair e preocupada fui fazer minhas pesquisas na internet pra tentar entender e saber o que especialistas falavam sobre o assunto. Achei um site excelente da Editora Abril que hoje consulto pra muita coisa.

Chama-se www.bebê.com.br e tem artigos interessantíssimos (divididos por faixa etária e temas variados). As leituras, especificamente sobre alimentação, que mais me ajudaram nessa fase complicada foram:

Vinte sugestões para o seu filho amar comidas saudáveis
http://bebe.abril.com.br/01_03/alimentacao/sugestoes-para-filho-amar-comidas-saudaveis.php (obs. todas as dicas aqui são excelentes, mas faço um destaque especial para as de nº. 8, 11 e 15)

Mitos e verdades sobre o ganho de peso da criança
http://bebe.abril.com.br/01_03/alimentacao/mitos-verdades-ganho-de-peso-crianca.php
(obs. todas essas dicas pra mim foram maravilhosas, vale a pena conferir!!)

A alimentação nos primeiros dois anos de vida
http://bebe.abril.com.br/01_03/alimentacao/conteudo_265988.php

Também foi nessa fase que começamos a liberar outras guloseimas pra ela, como biscoitos, rosquinhas, panetone, danoninho, ou seja, uma infinidade de sabores novos e cheios de açúcar! Aliás, acabei entrando no esquema da minha família de oferecer a ela qualquer coisa que estivéssemos comendo (como sorvete) independente se fosse ou não seu horário de se alimentar.

Não preciso nem dizer que os resultados foram catastróficos, não é mesmo? Apesar de eu não estar percebendo, estava criando um novo hábito em minha filha. E ela como não é boba nem nada, começou a ficar "hooked on preferrence", como explica o curso "Preparation for the Toddler Years - Parenting Your Twelve to Eighteen Month Old", escrito pelo casal Ezzo. Aliás, esse livro salvou a minha vida, rs!!

Peguei-o emprestado na sexta passada com minha amiga e só de ler algumas partes já "matei a charada" de qual estava sendo o nosso problema. Então só foi eu começar a aplicar os princípios que o comportamento da Nicole mudou também!

A primeira grande constatação foi o que está escrito na página 49 (do capítulo "Food Challenges"). Os autores escrevem: "Exceto por condições médicas, crianças que comem mal são criadas, não nascem assim" (tradução minha). Eu usei a expressão 'comem mal' pra traduzir o que em inglês é "picky eaters", literalmente crianças que são chatas pra comer. Em seguida, o livro sugere quatro ações / princípios para serem observados: 1) o tamanho da porção, 2) o horário das refeições, 3) a quantidade de líquidos e 4) o monitoramento dos lanches.

Foi nos itens 3 e 4 que eu estava pecando. Já tinha virado rotina eu dar um copão de suco de laranja pra Nicole antes de cada refeição, ela ia bebendo enquanto eu preparava o prato. E os lanches?! Ah, os lanches eram sem dúvida um dos principais vilões!!

Na página seguinte, eles falam sobre a diferença entre apetite e fome, que eu achei excelente. Normalmente fazemos confusão e damos um sentido único a essas duas palavras que, por serem processos biológicos diferentes, têm significados totalmente diferentes também! Apetite é uma resposta ao desejo e fome uma resposta à necessidade. O que compreendi foi que errei ao permitir que o apetite da Nicole, e não o que ela realmente necessitava comer nutricionalmente falando, determinasse e controlasse os alimentos que eu oferecia a ela.

Foram dois erros, na verdade, e eles só fizeram as coisas piorarem. Primeiro o consumo do Pediasure pela manhã a deixava estufada e sem fome o suficiente para comer os alimentos que não eram seus preferidos para o almoço (segundo o pediatra novo, eu deveria suspender o uso desse leite pois arroz, feijão, carne e salada eram o que minha filha precisava) e à tarde, me sentindo culpada por ela mal ter tocado no almoço e só comido a sobremesa, eu aproveitava que ela parecia com fome novamente e exagerava na porção do lanche. Eu dava leite, fruta e ainda a deixava comer bolacha ou chocotone, se ela pedisse - enfim, o que ela quisesse. O resultado disso é que ela ficava sem fome para o jantar também. Virou um ciclo vicioso!!

Bem, então suspendi o Pediasure como disse e o que foi que aconteceu? Minha filha passou a ter fome no almoço sim, mas como havia tornado-se adepta de alimentos de sabor doce, não queria mais saber de experimentar os salgados (por isso a expressão "hooked on preferrence"). Literalmente, ela não queria experimentar nada que eu colocasse no prato, cuspia tudo!! Ela sabia que se esperasse o suficiente eu daria alguma outra coisa mais gostosa no lugar (por exemplo, a sobremesa). Aliás, ela fazia sinal de que estava com sede e enchia a barriga de líquido em vez de comer, em seguida falava "nana" apontando pra alguma fruta que estivesse em cima da mesa e, se eu desse, ela comia tudo! Mas comida salgada mesmo que é bom, nada! Se eu fosse firme o bastante, ela comia arroz e feijão... mas só, não tocava no resto, nem pra saber que gosto tinha. Desesperador pra uma mãe de primeira viagem, eu garanto!

E se eu insistisse um pouco mais tentando colocar a colher de comida na boca dela, ela abria o maior berreiro. Enfim, seu comportamento na hora da refeição regrediu consideravalmente e a hora da refeição começou a ficar traumatizante, pra nós duas.

Graças a Deus eu descobri a raiz do problema a tempo. Da mesma forma que eu a acostumei de um jeito nesses meses, posso acostumá-la de outro daqui pra frente. Já ouvi alguém dizer que nossos filhos são o que fazemos dele. E acho que é verdade mesmo!

Então de alguns dias pra cá, com essas dicas todas que eu aprendi, revolucionamos o horário das refeições e ela "miraculosamente" voltou a comer. Claro, que a quantidade ainda é menor do que a de antes de 1 aninho e ela também ainda está com frescura para aceitar/experimentar alguns alimentos, mas ela voltou a comer bem! Até repete!

O que eu fiz? 1.) Suspendi o Pediasure. 2.) Cortei o suco antes do almoço e tirei da sua visão todos os outros alimentos de que ela gosta mais do que a comida salgada (ex. tirei a fruteira de cima da mesa). Agora ela só bebe líquido depois que sinalizar que está satisfeita com o almoço. 3.) Diminuí consideravelmente a porção do lanche da tarde. Agora é só um lanchinho pra tapear o estômago e ela aguentar até o jantar. Também parei de dar guloseimas não nutritivas todos os dias; elas ficarão limitadas a serem "lanchinhos especiais" (como o danoninho ou a bolacha que ela ama), apenas 1 ou 2 vezes por semana.

Com relação a ela voltar a comer de tudo, ainda estou trabalhando nisso. Estou usando aquele truque de disfarçar o alimento no prato, amassá-lo ou misturá-lo a alguma coisa que ela goste mais. E também continuarei oferecendo muitas vezes antes de chegar a qualquer conclusão precipitada de que ela não gosta desse ou daquele alimento. Ela sempre gostou de tudo e tenho certeza de que essa "frescura" é uma fase e foi resultado de maus hábitos que eu mesmo criei nela.

E agora para descontrair, dois vídeos recentes que fizemos com ela comendo.
Comendo macarrão e espirrando: http://www.youtube.com/watch?v=Y-gKT0uUiuw
Provas da minha vitória!!! Yay! = )