Bem-vinda!!

Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Os primeiros 10 dias!

Hoje a Larissa faz 10 dias de vida e vim dar um resumo de como tem sido!

NASCIMENTO
A Larissa nasceu dia 21 de Maio, as 5:02 da manhã! Comecei a ter contrações fortes mas espaçadas meia noite e quando começaram a vir de 8 em 8 minutos resolvi ir para a maternidade. Chegamos as 4 da manhã e a obstetra de plantão veio me examinar e disse que eu estava com 8 pra 9 cm de dilatação! Fomos correndo para a sala de parto e minha médica chegou em 10 minutos! A Larissa então nasceu, de parto normal muito rápido e tranquilo, com 2,560 kilos e 46,5 cm. Graças a Deus!

NA MATERNIDADE
No tempo que ficamos na maternidade tudo foi tranquilo, mas achei que a maternidade estava bem diferente de quando meu mais velho nasceu, 2 anos e 4 meses atras. Quando o Tiago nasceu me traziam ele de 3 em 3 horas para mamar e isso ajudou a ter uma rotina quando chegamos em casa. Desta vez, tive que ir pedir algumas vezes para trazerem minha pequena para mamar, porque já fazia 5 horas que ela estava sem mamar! Durante o dia ela ficava mais tempo comigo, o que estava ótimo, mas quando pegavam ela demoravam muito pra trazer de volta (de manhã por exemplo). Achei muito desorganizado! No terceiro dia que fiquei por causa da icterícia da Larissa, trouxeram o "desjejum" dela, NAN num potinho! Falei pra enfermeira que devia ter algum engano porque ela só estava mamando no peito, que eu estava com muito leite e  que ela tinha engordado super bem do dia anterior para este. Ela falou que o pediatra tinha mandado e que ia verificar. Voltou outra enfermeira com o mesmo potinho falando a mesma coisa e insisti que algo estava errado! Ela entao voltou e falou que o pediatra falou que tudo bem! Achei isso um absurdo! Pra que eu ia dar NAN pra minha filha se eu estava cheia de leite, ela estava mamando bem, e na pesagem do dia anterior para aquele ela tinha engordado 100 gramas (tudo bem que eu acho que a balança foi outra porque esta diferença é muita, mas de qualquer forma, ela engordou!).

EM CASA
Os nossos primeiros dias em casa foram tranquilos em relação à Larissa, eu é que sofri um pouquinho com duas coisas. A primeira eu já esperava porque com o Tiago foi igual: excesso de leite! Os três primeiros dias depois que meu leite desce são muito doloridos, eu acho que eu tenho leite para uns 5 bebês! Fico com os peitos super doloridos e duros, além de ENORMES. Não consigo dormir e passo o dia sentindo muita dor e desconforto. Depois do terceiro dia ele começa a "ver" que não preciso de tudo aquilo e começa a produzir menos...ufa.

A segunda dificuldade que tive foi com os pontos da episio. Eu exagarei por estar me sentindo totalmente normal após um parto normal super tranquilo, pegava meu filho no colo etc...e logo comecei a sentir dor nos pontos. Estavam inflamando por isso precisei tomar antibiótico, mas passei uns 2 dias sentindo dor lá em baixo, principalmente quando espirrava!! Depois que comecei com antibiótico tudo ficou bem.

ROTINA
Fora isso, tudo tem sido muito tranquilo! A Larissa nasceu muito pequeninha igual o Tiago (um pouco menor que ele até) e portanto está igual ele, dormindo o tempo todo!! Já sei por experiência que será inútil tentar entrar na rotina de MAMAR, FICAR ACORDADA, DORMIR, por enquanto. Ela mama, dorme, mama, dorme, mama, dorme...etc. Mas fico extremamente contente dela estar mamando em intervalos de 3 em 3 horas e a noite chega a ficar 4 horas. Mas já percebi que quando ela fica 4 horas sem mamar (a noite ou de dia), ela mama muito rápido porque meu leite literalmente espirra na boca dela sem ela fazer esforço algum de sucção, e então vomita. Então tenho dado em intervalos de 2 horas e meia a três horas. Com o Tiago, eu não conseguia fazer ele mamar tudo o que precisava numa mamada, porque ele dormia depois de 5 minutos e NADA acordava ele. Duas horas depois ele queria mamar de novo. Então fico feliz da Larissa estar mamando direitinho e estar conseguindo aguentar 3 horas!

Meu próximo objetivo é estabelecer horario certo para as mamadas, mas vou esperar mais alguns dias. No curso do Nana Nene eles falam para virar os relógios para as paredes nas primeiras duas semanas, pra não ficar muito preocupado com horario. Eu acho bom, porque no começo eles só dormem e acordam quando estão com fome mesmo...então se acordam antes, provavelmente é fome. Mas não vejo a hora de começar o dia sempre no mesmo horario e ter horarios "fixos" (com certa flexibilidade é claro!) para as mamadas. Aí acho que a Lari também já vai começar a ficar mais tempo acordada e posso tentar fazer uma rotina mais certa e me organizar em volta das mamadas e sonecas. Mas, por enquanto, estou curtindo muito ela e tentando dar bastante atenção para o Tiago (que também está tendo bastante atenção dos Avós que estão aqui, graças a Deus!). O Tiago tem sido super carinhoso e amoroso com a "imãzinha", ele da uns 30 beijos nela por dia! Os primeiros dias na maternidade foram difíceis, ele ficou extremamente confuso e preocupado comigo, por eu estar no hospital (ele tem um certo trauma por causa da sua internação 9 meses atras) e começou a gaguejar MUITO. Agora isso melhorou bastante.

Estes foram nossos primeiros 10 dias! Depois volto para atualizar!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Arrotou?

É de conhecimento geral que se deve colocar o bebê para arrotar depois de comer. Como fazer isso é mais difícil do que parece, pelo menos para uma mamãe de primeira viagem.

Imaginei que era algo relativamente simples. Bastaria colocar o bebê por cima do ombro e dar palmadinhas nas costas, certo? Não exatamente. Minha primeira surpresa surgiu na própria maternidade, quando as enfermeiras disseram que não era para bater nas costinhas, tampouco para colocar sobre o ombro. Bastava colocá-lo em pé, com a cabeçinha entre os seios e esperar. A tal palmadinha só tinha efeito psicológico e não prático. Tracy Hogg (A Encantadora de Bebês Resolve Todos os Seus Problemas, pág. 116), fala a mesma coisa e ainda sugere que os tais tapinhas podem ser prejudiciais, caso seu bebê tenha refluxo.

Mas com ou sem a batida, precisa arrotar, e foi por isso que entrei em pânico. Gigi não arrotava. É sério mesmo. Só faltou eu virá-la de cabeça para baixo (será que cheguei a tentar isso?) e o tal arroto não saía. Tentei todas as técnicas do Gary Ezzo. Busquei sites no Google. Consultei minhas amigas (quem sabe outros bebês também não arrotavam?) e fiquei arrasada. Todos emitiam o tal ruído mal-educado. Não a Gigi. Princesas não arrotam :). Para piorar, ouvi umas quatro vezes minha mãe e minha sogra contando histórias de bebês que não arrotaram e morreram por engolir o leite regurgitado.

Cheguei angustiada na primeira consulta com o pediatra. “Dr. Ped, minha filha não arrota!”, confessei, imaginando que ia tomar um sermão sobre a importância e necessidade do arroto e do perigo que Gigi estava correndo. Para minha surpresa, sua resposta foi de uma palavra: “E”?

Pois é, querida leitora, não se aflija. Nem sempre o bebê arrota! Aprendi que o arroto é um meio de se tirar o ar que pode ter ficado “preso” no bebê enquanto ele mamava. O tal ar surge quando o bebê mama errado (posição errada, com muita pressa, etc.). Se ele mamou certinho, não tem ar e, conseqüentemente, nada de arroto. Como não sabemos se tem ou não, devemos fazer a tentativa de arroto em todas as mamadas, mas se depois de um tempinho (me sugeriram 5 minutos) não acontecer nada, desencana! O pediatra ainda aconselhou que, para minha tranqüilidade, caso ela não arrotasse e eu fosse colocá-la na cama, bastava colocá-la deitada de lado (lado direito). Se saísse alguma coisa, não haveria o risco de sufocamento.

Porém, o fato é que a grande maioria de bebês arrota. A própria Gigi começou a arrotar quando tinha uns três meses. Então acho bacana descrever alguns métodos de fazer isso. Não acho que tenha um certo ou errado (apesar da divergência de especialistas), mas pode ser que haja um mais eficiente para você. São eles:

1. Sentado: Sente-se com o bebê. Coloque a palma de sua mão sobre o estômago do bebê, o polegar como um gancho nos lados do corpinho da criança e envolva com os outros dedos a região do peito. Coloque-o “sentadinho” sobre sua perna e incline-o sobre sua mãe. Dê leves batidinhas nas costas. (pág. 69 do Nana Nenê, tem foto!)

2. Sentado 2: Sente-se como bebê. Encaixe o bebê na sua perna (as pernas dele ficam entre as suas) de maneira que ele fique pendurado na sua coxa. Apóie a cabeça dele nas suas mãos. Sua perna vai exercer a pressão no estômago dele. Dê batidinhas nas costas. (pág. 70 do Nana Nenê, com foto)

3. Tradicional: Em pé, coloque o bebê bem no alto de seu ombro. O ombro deve exercer pressão direta no estômago da criança. Deixe cabeça e braços pendurados e soltos. Segure bem as pernas do bebê. Dê leves batidinhas nas costas. (pág. 70 do Nana Nenê, com foto)

4. Tradicional plus: Coloque o bebê na posição tradicional e esfregue o lado esquerdo do corpo dele de baixo para cima (a parte macia abaixo da costela esquerda, onde fica o estômago) usando a base do punho. (pág. 113 e 116 do A Encantadora de Bebês Resolve Todos os Seus Problemas)

5. Braço: Em pé, apõe o bebê no seu braço, com o bumbum dele em suas mãos. Com a outra mão, dê as batidinhas nas costas. (pág. 70 do Nana Nenê, com foto).

6. Em pé: Coloque o bebê “em pé” no seu colo e espere. Não bata, não exerça pressão em lugar algum. Simplesmente deixe-o reto para que o ar possa sair sem barreiras. (ensinaram na maternidade)

Como eu disse, a Gi não arrotou muito até os 2,5-3 meses. Quando arrotava, eu geralmente tinha usado o método tradicional plus. Depois de um tempinho (e até hoje), basta o “em pé”. Acho que vale experimentar e ver o que dá mais certo. E se ele não arrotar, bom, a vida continua.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Saída Pós-Giovanna


Depois de três meses e vinte e seis dias finalmente saí sozinha com meu marido. Na verdade, considerando que Gigi ainda estava comigo quase quatro meses atrás (só que no útero), faz 360 dias que não saímos só nós dois...praticamente um ano!
Confesso que o Rê já me convidava há algum tempo, mas eu simplesmente não tinha coragem de deixá-la por períodos mais longos que duas horas, o que dificultava – e muito – a ocorrência do tal encontro romântico. Dessa vez ele fez tudo para eu não ter como recusar: mandou flores, chocolate e um cachorrinho de pelúcia junto com o cartão com o dia e horário. Na dúvida sobre o que mandar, ele optou por comprar tudo para não ter desculpa ;).
Eu já havia me ausentado de casa antes e deixado a pequena com minha sogra ou com meu pai. Contudo, sempre era para fazer alguma coisa rápida e somente porque não tinha outro jeito. Essa seria a primeira vez que eu tinha a opção de ficar em casa.
Você deve me achar paranóica... e com razão. Não me entendam mal! Eu sou uma pessoa prática e bem pé no chão. Sei que os avós cuidam muito bem dela e que simplesmente não tenho com o que me preocupar. Ainda assim, é tão difícil! Por algum motivo achamos que não será a mesma coisa, que o bebê vai acordar ou ficar com fome (e minha filha não é acostumada com a mamadeira), que não vai parar de chorar enquanto não voltarmos, etc.
Ela já estava praticamente dormindo quando meus pais chegaram, mas por causa da campainha e barulho “acordou” chorando. Os avós ficaram felicíssimo e foram pegá-la, o que atrapalhou por completo a tentativa de colocá-la no berço.  Quase abortei a tentativa da saída. Só não fiz isso porque contei até dez e fui terminar de me arrumar.
Quando estávamos nos despedindo dela, senti um peso no coração. Ela estava acordadíssima, mas visivelmente cansada. Recomendei trinta vezes ao meu pai que a colocasse para dormir assim que eu saísse, mas sabia que ele não faria isso. Olhei para meu marido com aquela cara de “não pode ser semana que vem?”, ao que ele desviou com o rosto decidido. Era hoje e pronto.
Saímos. Uma súbita vontade de chorar se apoderou de mim quando o carro saiu da garagem. Nossas tentativas de falar de outros assuntos (menos Gigi) não deram muito certo, porque acabávamos voltando a falar dela. Como pais são chatos!
Até aqui deve parecer que todo o processo foi uma verdadeira tortura e foi...até chegarmos ao restaurante. Aos poucos eu fui me acalmando e curtindo nossa saída a dois. Como eu estava com saudades disso, mas com toda a correria que é cuidar de um bebê, não tinha me dado conta! Conversamos, comemos uma comida deliciosa. Aquela noite eu pude simplesmente relaxar ao lado do meu companheiro e saborear nosso momento. Lembramos de outras saídas, falamos sobre o futuro e simplesmente jogamos conversa fora. Podíamos namorar sem receio de que seríamos interrompidos pelo choro da pacotinha.
Voltei para a casa mais leve e mais alegre. Como foi gostoso! Antes de dormir entrei no quarto para orar pela Gi e agradeci a Deus pela oportunidade maravilhosa de sair com o pai dela. Sei lá, olhando o rostinho dela aquela noite eu me senti tão abençoada e tão feliz por tê-la na minha vida. Curti minha filha muito mais simplesmente porque me afastei dela. Que ironia!
Antes de dormir fiz o balanço do que aconteceu. Gostaria de dizer que Gi dormiu rápido e que a noite foi uma beleza, mas não foi o que houve. Meus pais, evidentemente, brincaram com ela, o que a deixou cansada demais para dormir rápido e sozinha. Meu pai relatou que passou quase uma hora ninando a neta até ela cair no sono e que chorou um bom tempo  antes de dormir, mesmo no colo dele. Do ponto de vista do melhor para a saúde física dela, foi um desastre.
Mas aí tinha o outro lado. Meus pais ficaram felicíssimos por passar um tempo considerável a sós com a neta. Eu tive uma noite inesquecível. Além disso, no dia seguinte foi como se todas as minhas forças tivessem sido renovadas. Voltei a me ver como esposa e não apenas mãe.
Sabe que lição eu extraí? Que ser exclusivamente mãe é péssimo tanto para mim quanto para minha filha. Eu não tinha me dado conta de como estava cansada, em especial mentalmente. Não tinha percebido que estava me preocupando com coisas que poderiam ser relevadas. Não saquei o quanto eu sentia falta de ter um tempo só com meu marido. Sério! Só fui entender tudo isso depois que voltei. É como não comer carne (desculpem-me os vegetarianos J). Só se sabe o que está perdendo depois de provar.
Agora vem o meu conselho, mamãe: Saia! Tenha sim “encontros românticos” com o papai. Você vai ver que seu bebê estará são e salvo quando voltar. No começo pode até ser um pouco difícil (principalmente se faz muito tempo que isso não acontece), mas vai valer a pena. No dia seguinte você vai acordar outra, com muita disposição para curtir seu filho...e o seu marido!

sábado, 8 de maio de 2010

Orelhinha Furada

O que furar orelha tem a ver com o Nana Nenê? Nada, mas como passei por essa experiência recentemente e não encontrei as informações que precisava no Google, achei que seria interessante falar sobre isso. 


Quando estava grávida, imaginava que seria bacana levar os brinquinhos à maternidade e voltar para casa com estilo. Ledo engano. A má notícia para as mães paulistanas é que não se fura mais orelhas na maternidade. Não preciso dizer como fiquei frustrada com a notícia...e não é sem razão. Se já era complicado para aqueles sem-noção, freqüentadores de elevador, adivinhar o sexo do bebê mesmo ele estando de rosa e brincos, imagina sem eles!

Conclusão: recebi diversos cumprimentos sobre como era robusto e bonito meu rapazinho.

Em vista desses acontecimentos, resolvi que dentre as comemorações pelos três meses de vida da Gigi, estava furar a orelhinha. Imaginei que seria fácil. Estava errada. Liguei para praticamente todas as grandes redes de drogarias da capital, de Droga Raia até Onofre e descobri que ninguém faz o serviço. Contrariada, parti para as farmácias menores de bairro. Somente uma delas topou fazer o furo, mas não senti firmeza na mulher...desisti. Se há algo que eu aprendi a respeitar é a tal “intuição” de mãe.

Por fim, liguei para a maternidade onde a Gi nasceu e pedi uma indicação. Recomendaram-me uma enfermeira que trabalhava lá mesmo e fazia esse “bico”, indo até a residência da cliente.

Agendei com ela o trabalho e no dia e horário combinado ela estava aqui. Trouxe a maletinha da tortura com tudo que era necessário. Passou uma pomadinha anestésica na pequena e enquanto esperávamos que fizesse efeito ela afiou o brinquinho. Esterilizou com álcool as orelhas e marcou o local do furo. Aproveitou para me explicar onde deveria ser furado para que tudo ficasse simétrico. Quando chegou a hora enrolou ela na manta e...foi tão rápido!

A pergunta que você deve estar fazendo é...doeu? Bom, considerando que a Gi fez o maior escândalo só para ela passar o álcool, imagino que minha bebê não seja parâmetro. Sério, fiquei com vergonha. Parecia que estavam matando ela...e isso porque era só para fazer a marcação, nada de furo ainda. A verdade é que tão logo ela veio para meu colo a choradeira parou. Acho que o choro era mais pelo nervoso do que pela dor, porque meus braços são anestésicos. Sara tudo.

Gostei do serviço. A enfermeira foi super delicada, os furos ficaram perfeitos (bem no centrinho) e com a comodidade de não sair de casa. A desvantagem foi o preço: R$120,00 (cobravam R$30,00 na farmácia). Mesmo assim, achei que valeu a pena.

Ai de quem chamar minha princesa de menino a partir de agora!

terça-feira, 4 de maio de 2010

Autoridade

Algumas semanas atrás fui a São Paulo com meu filho a fim de realizar um exame. Como moramos no interior, aproveitei para fazer tudo o que tinhamos que fazer em SP e então fomos esperar meu marido sair do trabalho para voltarmos juntos pra casa. Fomos até o shopping que fica ao lado de sua empresa para esperar. A esta altura eu estava exausta (com minha barriga de 8 meses) e o Tiago também.

Enquanto eu olhava algumas roupas para usar no final da gestação, o Tiago começou a ficar inquieto e agitado devido à falta de sono aquele dia. Começou a correr pela loja, querendo que eu o perseguisse e brincasse. É óbvio que a mamãe, grávida de 8 meses e extremamente cansada não podia fazer isso! Então expliquei para ele que agora era hora de descansar um pouco e sentar no carrinho. Você já pode imaginar a reação dele...birra! Começou a chorar, bater o pé e encurvar as costas enquanto o colocava no carrinho. Pacientemente continuei explicando que ele precisava descansar agora e sentar no carrinho até o papai chegar, e consegui prende-lo no carrinho. Ele continuou chorando (bem alto) e eu continuei calma (a estas alturas, ou fico calma ou enlouqueço), explicando novamente e lembrando ele que precisava obedecer a mamãe. Continuei olhando as roupas e ignorando os muitos olhares das pessoas ao redor que ouviam ele chorar. Ele então se acalmou e ficou sentadinho no carrinho.

Fomos até o trocador e enquanto provava uma blusa, com o carrinho ao lado no corredor, uma mulher começou a conversar conosco. Falou que sua neta tinha a mesma idade e de repente falou "nossa, que bonzinho, minha neta não fica no carrinho assim por nada!". Olhei pra ela e falei "ah, mas meu filho não tem opção".

É sobre isso que queria escrever. Nós, como pais, recebemos o que toleramos. Se damos liberdade para nossos filhos tomarem todas as decisões que cabem a eles, a respeito do que podem ou não fazer, dizer, etc., então teremos muitos conflitos. Se toleramos a desobediência quando pedimos algo 2, 3, 4, 10 vezes, teremos desobediência quando pedimos 2, 3, 4, 10 vezes.

Como cristã, tenho a plena consciência de que Deus me colocou como autoridade sobre a vida de meu filho. Como mãe, tenho que cumprir o dever que Deus me deu em moldar a vida de meu filho, não para o meu agrado, mas para o agrado de Deus. Em Gênesis 18:19, Deus diz em relação à Abrãao:
"Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do Senhor e pratiquem a justiça e o juízo."
Ensinar meu filho a obedecer é um ato de obediência para mim também. Isso me da a responsabilidade não apenas de exercer autoridade sobre o meu filho, mas a responsabilidade de exercê-la com sabedoria. Estou cumprindo um dever que Deus me deu.

Estou lendo um livro que tem falado muito ao meu coração em relação a isso. Chama-se "Pastoreando o Coração da Criança" por Tedd Tripp. Em certo trecho ele fala sobre como ele tem observado, principalmente em seu papel de administrador de escola, como a maioria dos pais deixaram de entender o quanto é necessário que assumem o controle da vida de seus filhos. Vou citar um trecho que explica isso:
"Poucos estão desejosos a dizer, por exemplo: 'Preparei aveia para o seu café da manhã. É alimento bom e nutritivo, quero que você coma. Em um outro dia, vamos ter algo que você gosta mais'. Muitos estão dizendo: 'O que você quer para o café da manhã? Você não quer a aveia que eu preparei, você quer outra coisa?' Isso soa muito bondoso e bem-educado, mas o que realmente está acontecendo? A criança está aprendendo que ela é quem realmente decide. O pai ou a mãe apenas sugerem as opções. O cenário se repete na experiência de crianças pequenas na escolha da roupa, horário, escolhas sociais, tempo de lazer e assim por diante."
Ele continua a explicar que os anos vão passando e a criança se torna cada vez mais fora de controle e dona de si mesma, pois infiltrou-se nela isso desde pequeninha quando o pai ou a mãe tornavam cada decisão uma variedade de escolhas para ela decidir.

Como pedagoga, sei o quanto as crianças precisam ser dadas a oportunidade de tomarem decisões por si mesmas as vezes e até de sofrerem as consequências de suas decisões. Porém, não podemos esquecer que nossos filhos farão boas decisões se observarem em seus pais uma autoridade e responsabilidade em modelar, instruir e tomar decisões sábias. Não podemos exigir que com 2 anos nosso filho sabia decidir sozinho o que é melhor para ele (por exemplo, se quer ou não sentar na cadeirinha do carro!). Temos que ensiná-lo a obediência aos pais por isso. Não vamos ensinar isso se dermos a ele a liberdade para escolher tudo.

Ensinar obediência aos pais ensinará nossos filhos a serem respeitosos e obedîentes a outras autoridades também, principalmente a de Deus! Assim, ensinaremos nossos filhos a caminharem em Seus caminhos! E quão feliz é aquele que teme à Deus e anda nos Seus caminhos!

"O temor do Senhor é o princípio da sabedoria." Prov. 9:10

"Quem acolhe a disciplina mostra o caminho da vida, mas quem ignora a repreensão desencaminha outros." Prov. 10:17

"O filho sábio dá alegria ao pai." Prov. 10:1