Bem-vinda!!

Bem-vinda ao nosso blog!
Aqui, mamães muito diferentes mas com um único objetivo compartilham suas experiências nesta grande aventura que é a maternidade! Nós queremos, acima de tudo, ser mamães sábias, que edificam seus lares e vivem com toda plenitude o privilégio de sermos mães! Usamos muitos dos princípios ensinados pelo Nana Nenê - Gary Ezzo, assim como outros livros. Nosso objetivo é compartilhar o que aprendemos a fim de facilitar a vida das mamães! Fomos realmente abençoadas com livros (e cursos) e queremos passar isso para frente!


"Com sabedoria se constroi a casa, e com discernimento se consolida.
Pelo conhecimento os seus cômodos se enchem do que é precioso e agradável"
Prov. 24:4,5

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Vida Sem Gary Ezzo ou Tracy Hogg

Olá a todos! Acho que a maioria das leitoras nem deve saber quem é “Fabi”, já que há diversos meses não escrevo. É verdade que a “desculpa” que eu vinha usando para deixar de preparar as mensagens era a famigerada falta de tempo. Não que seja mentira, mas sempre arrumamos tempo para fazer algo que precisamos. O verdadeiro motivo da minha ausência foi um só: cansei de livros sobre bebês. Rsrsrs

Que coisa mais estranha, né? Eu li praticamente tudo que podia enquanto estava grávida e reli desesperada todos depois que a Gi nasceu. Um dia eu acordei e disse, “basta”! A mãe sou eu e não o Gary Ezzo ou a Tracy Hogg. Então coloquei todos os livros dentro de uma caixa e escondi no fundo do guarda-roupas. Parei de ler blogs e sites que falavam sobre “o que fazer” ou “o que não fazer”. Nem mesmo nosso blog eu li mais! Não pedi mais conselhos e fiz o possível para evitar dar palpites a alguém (é que as vezes isso é incontrolável, principalmente para uma tagarela como eu :)). Naquela mesma noite eu me ajoelhei e orei pedindo a Deus para que ele me instruísse e me desse sabedoria.

Calma, todo esse histórico não é um incentivo para você fechar esse site agora. Eu fiz isso por uns três ou quatro meses, o tempo que foi necessário para me desintoxicar do medo de ter um bebê problema se não seguir o princípio “a”. Os seis primeiros meses da minha filha eu atravessei com medo de errar, com a angústia de “ter que pagar mais caro” no futuro por algo que eu deixasse de fazer no presente. Esse período de abstinência de informação foi necessário para que eu aprendesse que não vou encontrar o certo ou o errado dentro de um livro. Hoje meus livros (a Gi já vai fazer quase um ano!) estão de volta à estante...só que a importância que dou a eles é bem diferente.

E o que eu aprendi nesses últimos seis meses? Como é a vida sem seguir a risca os livros que usamos como base no nosso site (sem seguir quase nada, para falar a verdade). Curiosa?

Padrões de Sono: A Giovanna sempre dormiu a noite toda quase sem esforço da minha parte e isso continuou mesmo depois que eu parei de “deixá-la chorar” custe o que custar. Nas poucas vezes em que ela acordava chorando eu ia até o quarto dela, a pegava no colo e confortava. Tão logo ficasse calma ela voltava para o berço e dormia. O inverso aconteceu para as sonecas. Perdi a conta do número de vezes em que eu tive que embalá-la e deixá-la tirar a soneca toda no colo. Sabe aquela cena clássica em que a criança dorme no colo e você vai com todo o cuidado colocá-la de volta no berço? Pois é. Giovanna tinha um sensor que disparava quando ela chegava a uns dois centímetros do colchão. Ela já desatava a chorar...e lá toca a mãe voltar a ninar. Claro que não era assim todos os dias, do contrário acho que não aguentaria. Misteriosamente tinha dias em que eu nem tinha terminado o ritual do sono e ela já estava se esticando pedindo para ir ao berço. Mas ouso dizer que a porcentagem de dias bons e dias ruins era 50% para cada lado. Ela dormiu três sonecas até uns oito, começinho dos nove meses. Depois passou para duas sonecas diárias.

Alimentação: Não usei mais o EASY. Fixei os horários de alimentação e não parei de seguir a sequência. Ela tomava leite por volta das 6:00 ou 6:30. Suquinho e um pedaçinho de fruta umas 9:00. 12:00/12:30 o almoço. Um leitinho antes da soneca. Papinha de frutas as 15:30/16:00 e jantar as 18:00 ou 18:30. Leite antes de ir para cama as 19:00/19:30. Ela sempre belisca o que comemos, mas nunca perdeu o apetite. Acho que se percebesse uma diminuição nas refeições pararia de dar besteira para ela.

Atividades: Não organizei horários específicos (como hora de brincar sozinha, hora de brincar com alguém por perto, etc.). Quando está mais focada, coloco ela no cercadinho. Em geral, dá para fazer isso uma vez por dia. Pelo menos uma vez por dia me esforço para levá-la até a área de lazer do prédio onde brincamos juntas na salinha das crianças. Todos os dias tem um período em que ela brinca sozinha comigo por perto.

Educação: No cadeirão, não ensinei as “boas maneiras”. Geralmente dou uma colher para ela brincar enquanto eu a alimento. Ela fica tentando “me imitar” colocando a colher dela na boca. Faz um pouco de sujeira, mas nada extraordinário e fica no espaço da bandeja do cadeirão. O que eu achei legal é que ela pegou a noção de que a colher vai na boca e eu a aplaudo quando ela consegue. Ela fica felicíssima.

Não ensinei linguagem de sinais, mas ela desenvolveu uma própria. Quando está satisfeita, por exemplo, balança a cabeça fazendo um “não” como eu faço para ela quando está perto de algo proibido. rsrsrs.

Também não a ensinei a ficar dentro de um espaço delimitado. Significa dizer que quando vamos a um restaurante ela come no cadeirão disponibilizado pelo local ou no nosso colo (quando não tem cadeirão). Ao terminar, colocamos ela no chão. Ela vai se arrastando pelo local inteiro cumprimentando a todos, mas já sabe que quando chamamos é para ela voltar. Quando ela encontra algo que gosta não obedece e precisamos ir buscá-la, mas no geral ela é bem obediente.

O que eu ensinei? O “não”. Na verdade eu faço justamente o oposto do funil. Tudo é permitido até eu dizer “a Gigi não pode brincar com isso” ou “não pode brincar assim”. Ela tem livre acesso pela casa inteira, mas já sabe que tem alguns lugares que não pode mexer. Em outros, ela sabe que pode mexer, mas que não pode pegar (como na árvore de natal – pode encostar nas luzes, nas bolinhas e nas folhas, mas não pode arrancar de lá). Aqui em casa não tirei nada do lugar (exceto as coisas realmente perigosas) e quando vamos a casa de alguém, não me preocupo, pois sei que posso deixá-la passear a vontade. Se digo “não”, ela obedece (as vezes na terceira vez, mas obedece. rsrs). É impressionante como esses pequenos são inteligentes! Na primeira vez que a Gi pegou uma folha de papel ela imediatamente começou a rasgar. Disse que não podia e dei outra. Na terceira folha que eu dei ela aprendeu. Hoje, ela tira meus livros da estante, pega revistas, encartes e vai “folheando” como se estivesse lendo! Nunca ela rasgou um desses! A única coisa que ela rasga é papel mais fino (como guardanapo ou papel higiênico).

Minha conclusão: Para a Giovanna, não compensou seguir fielmente o Ezzo ou a Hogg. Temos uma rotina e poucas regras (escovar os dois dentes depois das refeições, sempre ir na cadeirinha do carro, o “não”, etc). Ela é tranqüila e dá muito pouco trabalho. Mesmo com algumas sonecas complicadas ou jantares não-tão-perfeitos quando saímos, acho que o esforço para “enquadrá-la” para ser um bebê modelo não compensou. A verdade é que a-do-ro sentir o corpo dela relaxado no meu colo e também rio demais com meu marido quando precisamos sair correndo para pegá-la na mesa do lado porque está colocando migalhas encontradas na boca. Claro, tem dias que a paciência não é mesma, mas pesando na minha balança, eu fui muito mais feliz nos últimos seis meses do que fui nos primeiros, quando as sonecas eram perfeitas, quando sabia quanto tempo de peito tinha dado e quantas fraldas tinham sido descartadas. Acabamos de voltar de viajem esses dias (passamos dez dias fora) e foram simplesmente as melhores férias da minha vida. Eu e meu marido voltamos com o coração grande de tão gratos que ficamos a Deus pela forma como as coisas transcorreram (aguardem o post “aventuras de um bebê de onze meses em bariloche”, rsrs).

Isso não quer dizer que o mesmo aconteceria para um segundo filho, por exemplo. Há crianças com personalidades mais fortes, mais sensíveis e que precisam de um pouco mais de firmeza. Nesse caso, passar sem os princípios do Nana Nenê a vida pode ser difícil.

O importante é saber que a maternidade é uma alegria. Temos sim a responsabilidade de criar uma mulher ou um homem íntegro e saudável em todos os aspectos (físico e emocional). A responsabilidade não é um fardo. Ser pai ou ser mãe é uma bênção de Deus e eu creio que Ele dá sabedoria para criar filhos aos que pedem com sinceridade. As vezes, o discernimento mostra que deve-se usar um ou outro (ou todos) os métodos e conselhos de especialistas. Outras vezes, que o melhor conselho vem de onde menos esperamos (da sogra :), brincadeira). O importante é não descredenciarmos ninguém por mais inexperiente que seja ou dar muito crédito a alguém que seja um “perito”. Cada criança é um ser único e diferente, de modo que não existe pessoa no mundo que possa dizer o que é melhor para todos. Que os nossos ouvidos e olhos estejam abertos para receber todos os conselhos, mas que o filtro confeccionado por Deus esteja ligado para que possamos escolher o que é melhor para cada filho específico.

Ser mãe foi um dos presentes mais maravilhosos que recebi e vou continuar a escrever, mesmo virando mãe “alternativa” porque simplesmente não agüento mais conter tudo que aprendo todos os dias com a Gigi. Um grande abraço a todas as mamães e papais.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Alimentação a partir dos 12 meses - Aprendendo com os erros!

Até aproximadamente seu 1º. aniversário e apesar de nunca ter sido um bebê gorducho, a Nicole sempre se alimentou superbem. Até seus 5,5 meses alimentou-se exclusivamente de leite materno. E mesmo depois que começou a comer alimentos sólidos, mamou no peito até completar 9 meses. Ela sempre comeu de tudo, nunca recusou nenhum alimento que eu oferecia, inclusive variadas frutas e legumes. Ela só parou de mamar no peito porque eu optei por substitui-lo por leite industrializado uma vez que desejava ter outro bebê em breve.

Nas primeiras 6 visitas à pediatra (de set/2009 a mar/2010), a Nicole ganhou o total 3.850 kg. Como disse, ela nunca foi um bebê grande (aliás, sempre foi pequena e delicadinha), mas para um bebê que nasceu com 2.475 kg e 46 cm e que saiu da maternidade pesando 2.300 kg, chegar aos 6 meses com 6.150 kg e 62,5 cm estava de bom tamanho! Ela tinha mais do que dobrado o peso que tinha ao nascer, exatamente como os livros e especialistas dizem que deve ser.

Bem, a primeira pediatra precisou sair de licença-maternidade e nós fomos à procura de um outro médico para continuar o acompanhamento da Nicole. Foi aí que começaram os nossos problemas, pois esse novo doutor nunca ficava satisfeito com o ganho de peso dela!

Ele comparava-a comigo e com meu esposo e dizia que a Nicole estava muito pequena para sua idade, que deveria estar ganhando bem mais peso para alcançar os outros bebês que tinham nascido com 3 kg ou mais. Ele me perguntava se ela estava comendo duas papinhas salgadas por dia, eu dizia que sim e explicava pra ele que ela comia um pratão de comida. E comia mesmo! Ela era motivo de orgulho das avós que se gabavam que a netinha era "boa de garfo". Mas no fundo sempre tinha a sensação de que ele não acreditava em mim.

Lembro-me de uma das consultas, quando ela estava com 10 pra 11 meses, em que a balança finalmente apontou um ganho de 500 g, ele disse: "Tá vendo, é só aumentar a ingestão calórica que ela ganha peso". E assim eu sempre saía das consultas cabisbaixa e chateada, como se fosse um fracasso de mãe, sentindo que de alguma forma o fato da minha filha não estar ganhando o peso que o pediatra achava adequado significava que eu havia falhado em alguma coisa. Nessa neura de que minha filha ganhasse mais peso fui, inconscientemente, diminuindo o leite que dava pra ela e aumentando a quantidade de sólidos. Esse foi o meu primeiro erro.

Foi um erro porque até o 1º. ano de vida o que realmente faz com que os bebês ganhem peso é o leite, nessa fase o leite é essencial e a introdução de sólidos deve ser lenta e gradativa. O resultado foi que os exames de sangue de 1 aninho da Nicole constataram fosfatase alcalina alterada, que pelo que entendi é uma alteração que aconteceu como reflexo da falta de fixação de cálcio. Para reverter o quadro, o médico disse que eu precisava aumentar a ingestão de leite e de vitamina D (principal responsável por fixar o cálcio), além de diariamente expô-la ao sol de manhãzinha ou final de tarde e acrescentar um ovo cozido à alimentação dela todos os dias. Fizemos e deu certo, nos exames seguintes a fosfatase estava normalizada.

Mas voltando a falar do ganho de peso, a Nicole realmente não ganhava tantos gramas assim MAS, apesar de dois episódios de gripe fortes com febre (com 7 e 8 meses) - em que ela ganhou apenas 150 g e 100 g de uma consulta pra outra - ela nunca chegou a perder peso. Ou seja, ela estava sempre numa crescente e o comum, em meses sem intercorrências de saúde em que perdia o apetite e literalmente não queria comer nada por uma semana inteira, era o ganho de 300-500 g por mês. Com 1 aninho ela tinha mais do que triplicado o peso que tinha ao nascer. Estava com 7.650 kg e 70 cm. Mas o pediatra continuava insatisfeito.

Acho que o que o incomodava era o fato do peso e altura da Nicole a colocarem sempre próximo aos mínimos na tabela de crescimento (como no percentil 5, por exemplo). Mas pra mim isso não era problema, pois apenas significava que para cada 100 crianças de sua idade, a Nicole estaria entre as 5 menores (considerando tamanho e peso). Qual o problema em ser magro?? Se houvesse outros sintomas preocupantes que indicassem doença, tudo bem. Mas não! A Nicole era uma criança ativa, esperta, estava se desenvolvendo de forma adequada e não tinha a aparência de criança doente - ela era apenas pequena.

Mas o médico reforçava que não, que ela tinha que estar dentro da média, próximo ao percentil 50, o que não fazia o menor sentido pra mim! Eu sempre procurei ser informada e havia lido em vários sites que "a média" simplesmente significava que 50% dos bebês estavam acima daquele número enquanto os outros 50% estariam abaixo, somente isso. Um dia questionei isso e o doutor rispidamente respondeu que não podemos confiar em tudo que lemos na internet. Acho que ele se zangou.

Bem, você deve estar se perguntando porque eu não procurei logo outro médico, pelo menos pra ter uma segunda opinião. Foi o que eu fiz. E dessa vez fiz questão de ir em um indicado em vez de simplesmente abrir o livrinho do convênio e procurar pelo consultório mais próximo da minha casa. Três mamães de bebês pequenos me indicaram um outro pediatra e precisei aguardar 3 meses para conseguir uma consulta com ele!! Mas valeu a pena, pois acho que acertamos. Além de pediatra, ele é também endocrinologista pediátrico e é bem calmo. Leva jeito para lidar com crianças pequenas e pra tranquilizar pais estressados porque eu realmente estava precisando, rs! Nem bronca ele me deu porque a Nicole, pela primeira vez, aos 15 meses perdeu peso (180 g) em vez de ganhar e também só cresceu 0,5 cm!!

Nem eu acreditei e fiquei me perguntando como isso foi acontecer. Depois de mais algumas semanas, muitas leituras sobre o assunto, conversas com pessoas e algumas experiências em casa finalmente compreendi. E é o principal aprendizado que quero compartilhar hoje com vocês.

Para conseguir explicar, preciso voltar um pouco e contar o que aconteceu antes da consulta com o novo pediatra e depois da Nicole completar seu primeiro aniversário. Nesse meio tempo (que duraram 3 meses) continuei visitando o pediatra anterior e ele pediu diversos exames pra tentar investigar o que poderia estar impedindo minha filha de ganhar mais peso, foram vários sofridos exames de sangue (porque ela berrou muito) e um 2º de urina pra saber se ela não estava com alguma infecção ou deficiência de cálcio, fósforo, etc. Os resultados vieram todos normais e indicavam que ela estava saudável. Então ele insistiu para que eu desse Pediasure pra ela como complemento alimentar. Na verdade ele já tinha indicado esse leite desde seus 9 meses, mas eu me recusei a dar porque a própria embalagem diz que esse leite é para crianças de 1 a 10 anos que não comem bem. Como ela não tinha 1 ano e também comia bem, achei totalmente desnecessário (além do que uma lata grande custava mais que 70 reais).

Bem, depois que a Nicole completou 1 aninho algumas coisas estranhas começaram a acontecer com ela, rs. Primeiro notei que ela parou de comer a quantidade habitual. Eu cozinhava os legumes, preparava suas papinhas e as congelava no freezer em potinhos de plástico. Até 1 ano ela comia o conteúdo de um potinho inteiro no almoço e outro na janta. De repente comecei a notar que ela só comia metade de um potinho e ainda sobrava pra janta. E mesmo depois de jantar, ainda sobrava comida que eu tinha que jogar fora! Preocupada com o ganho de peso, cedi e comprei o tal do Pediasure, pois afinal ela já tinha 1 ano e realmente não estava mais comendo bem. Passei a dar uma mamadeira por dia pela manhã.

Considero que foi outro erro. O apetite dela nas refeições só foi piorando. Chegou ao ponto de só dar uma beliscadinha ou mal experimentar as refeições em alguns dias, estava comendo como um passarinho! Os alimentos básicos que ela sempre amou (como cenoura e batata) de repente ela começou a agir como se nunca os tivesse comido. Eu não tinha certeza se devia atribuir esse novo comportamento ao fato dos dentes terem finalmente começado a sair e preocupada fui fazer minhas pesquisas na internet pra tentar entender e saber o que especialistas falavam sobre o assunto. Achei um site excelente da Editora Abril que hoje consulto pra muita coisa.

Chama-se www.bebê.com.br e tem artigos interessantíssimos (divididos por faixa etária e temas variados). As leituras, especificamente sobre alimentação, que mais me ajudaram nessa fase complicada foram:

Vinte sugestões para o seu filho amar comidas saudáveis
http://bebe.abril.com.br/01_03/alimentacao/sugestoes-para-filho-amar-comidas-saudaveis.php (obs. todas as dicas aqui são excelentes, mas faço um destaque especial para as de nº. 8, 11 e 15)

Mitos e verdades sobre o ganho de peso da criança
http://bebe.abril.com.br/01_03/alimentacao/mitos-verdades-ganho-de-peso-crianca.php
(obs. todas essas dicas pra mim foram maravilhosas, vale a pena conferir!!)

A alimentação nos primeiros dois anos de vida
http://bebe.abril.com.br/01_03/alimentacao/conteudo_265988.php

Também foi nessa fase que começamos a liberar outras guloseimas pra ela, como biscoitos, rosquinhas, panetone, danoninho, ou seja, uma infinidade de sabores novos e cheios de açúcar! Aliás, acabei entrando no esquema da minha família de oferecer a ela qualquer coisa que estivéssemos comendo (como sorvete) independente se fosse ou não seu horário de se alimentar.

Não preciso nem dizer que os resultados foram catastróficos, não é mesmo? Apesar de eu não estar percebendo, estava criando um novo hábito em minha filha. E ela como não é boba nem nada, começou a ficar "hooked on preferrence", como explica o curso "Preparation for the Toddler Years - Parenting Your Twelve to Eighteen Month Old", escrito pelo casal Ezzo. Aliás, esse livro salvou a minha vida, rs!!

Peguei-o emprestado na sexta passada com minha amiga e só de ler algumas partes já "matei a charada" de qual estava sendo o nosso problema. Então só foi eu começar a aplicar os princípios que o comportamento da Nicole mudou também!

A primeira grande constatação foi o que está escrito na página 49 (do capítulo "Food Challenges"). Os autores escrevem: "Exceto por condições médicas, crianças que comem mal são criadas, não nascem assim" (tradução minha). Eu usei a expressão 'comem mal' pra traduzir o que em inglês é "picky eaters", literalmente crianças que são chatas pra comer. Em seguida, o livro sugere quatro ações / princípios para serem observados: 1) o tamanho da porção, 2) o horário das refeições, 3) a quantidade de líquidos e 4) o monitoramento dos lanches.

Foi nos itens 3 e 4 que eu estava pecando. Já tinha virado rotina eu dar um copão de suco de laranja pra Nicole antes de cada refeição, ela ia bebendo enquanto eu preparava o prato. E os lanches?! Ah, os lanches eram sem dúvida um dos principais vilões!!

Na página seguinte, eles falam sobre a diferença entre apetite e fome, que eu achei excelente. Normalmente fazemos confusão e damos um sentido único a essas duas palavras que, por serem processos biológicos diferentes, têm significados totalmente diferentes também! Apetite é uma resposta ao desejo e fome uma resposta à necessidade. O que compreendi foi que errei ao permitir que o apetite da Nicole, e não o que ela realmente necessitava comer nutricionalmente falando, determinasse e controlasse os alimentos que eu oferecia a ela.

Foram dois erros, na verdade, e eles só fizeram as coisas piorarem. Primeiro o consumo do Pediasure pela manhã a deixava estufada e sem fome o suficiente para comer os alimentos que não eram seus preferidos para o almoço (segundo o pediatra novo, eu deveria suspender o uso desse leite pois arroz, feijão, carne e salada eram o que minha filha precisava) e à tarde, me sentindo culpada por ela mal ter tocado no almoço e só comido a sobremesa, eu aproveitava que ela parecia com fome novamente e exagerava na porção do lanche. Eu dava leite, fruta e ainda a deixava comer bolacha ou chocotone, se ela pedisse - enfim, o que ela quisesse. O resultado disso é que ela ficava sem fome para o jantar também. Virou um ciclo vicioso!!

Bem, então suspendi o Pediasure como disse e o que foi que aconteceu? Minha filha passou a ter fome no almoço sim, mas como havia tornado-se adepta de alimentos de sabor doce, não queria mais saber de experimentar os salgados (por isso a expressão "hooked on preferrence"). Literalmente, ela não queria experimentar nada que eu colocasse no prato, cuspia tudo!! Ela sabia que se esperasse o suficiente eu daria alguma outra coisa mais gostosa no lugar (por exemplo, a sobremesa). Aliás, ela fazia sinal de que estava com sede e enchia a barriga de líquido em vez de comer, em seguida falava "nana" apontando pra alguma fruta que estivesse em cima da mesa e, se eu desse, ela comia tudo! Mas comida salgada mesmo que é bom, nada! Se eu fosse firme o bastante, ela comia arroz e feijão... mas só, não tocava no resto, nem pra saber que gosto tinha. Desesperador pra uma mãe de primeira viagem, eu garanto!

E se eu insistisse um pouco mais tentando colocar a colher de comida na boca dela, ela abria o maior berreiro. Enfim, seu comportamento na hora da refeição regrediu consideravalmente e a hora da refeição começou a ficar traumatizante, pra nós duas.

Graças a Deus eu descobri a raiz do problema a tempo. Da mesma forma que eu a acostumei de um jeito nesses meses, posso acostumá-la de outro daqui pra frente. Já ouvi alguém dizer que nossos filhos são o que fazemos dele. E acho que é verdade mesmo!

Então de alguns dias pra cá, com essas dicas todas que eu aprendi, revolucionamos o horário das refeições e ela "miraculosamente" voltou a comer. Claro, que a quantidade ainda é menor do que a de antes de 1 aninho e ela também ainda está com frescura para aceitar/experimentar alguns alimentos, mas ela voltou a comer bem! Até repete!

O que eu fiz? 1.) Suspendi o Pediasure. 2.) Cortei o suco antes do almoço e tirei da sua visão todos os outros alimentos de que ela gosta mais do que a comida salgada (ex. tirei a fruteira de cima da mesa). Agora ela só bebe líquido depois que sinalizar que está satisfeita com o almoço. 3.) Diminuí consideravelmente a porção do lanche da tarde. Agora é só um lanchinho pra tapear o estômago e ela aguentar até o jantar. Também parei de dar guloseimas não nutritivas todos os dias; elas ficarão limitadas a serem "lanchinhos especiais" (como o danoninho ou a bolacha que ela ama), apenas 1 ou 2 vezes por semana.

Com relação a ela voltar a comer de tudo, ainda estou trabalhando nisso. Estou usando aquele truque de disfarçar o alimento no prato, amassá-lo ou misturá-lo a alguma coisa que ela goste mais. E também continuarei oferecendo muitas vezes antes de chegar a qualquer conclusão precipitada de que ela não gosta desse ou daquele alimento. Ela sempre gostou de tudo e tenho certeza de que essa "frescura" é uma fase e foi resultado de maus hábitos que eu mesmo criei nela.

E agora para descontrair, dois vídeos recentes que fizemos com ela comendo.
Comendo macarrão e espirrando: http://www.youtube.com/watch?v=Y-gKT0uUiuw
Provas da minha vitória!!! Yay! = )

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Gestação e enjôos!

Como contei no último post, estou grávida do meu 2º. filho! E exatamente hoje completo 11 semanas de gestação. Aqui faço uma observação de como as semanas de gestação são contadas. Da primeira vez, quando descobri que estava grávida da Nicole e as pessoas me perguntavam de quantas semanas eu estava, eu fazia a conta a partir da semana em que supunha que tinha acontecido a concepção. E a resposta comum era: "Puxa, ainda apenas 3 semanas?". Só depois aprendi que a contagem da DPP (data provável do parto) era feita com base na DUM (data da última menstruação), ou seja, o parto normalmente acontece após aproximadamente 37 a 40 semanas após a data da última menstruação. Se a mãe desejar ter parto normal, alguns médicos (como a minha, por exemplo) aceitam esperar até a 42a semana, mas não mais que isso.

Dessa vez descobri que estava grávida um pouco tarde, já estava com 7 semanas e meia quando comecei a passar mal. Meu marido estava numa viagem a trabalho e por dois dias consecutivos em casa eu amanheci enjoada e com tontura. No 3º. dia fui à farmácia comprar um teste de gravidez apesar de quinze dias antes, ainda na viagem ao nordeste, eu ter feito o teste e o resultado ter dado negativo.

Pra ser sincera, a culpa do suposto falso-negativo do 1º. teste foi não termos esperado os 5 minutos necessários para interpretar os resultados, fomos logo tirando conclusões precipitadas e erradas! Um dos motivos foi que na minha 1a gestação um sinal marcante foram as mamas ficarem inchadas e doloridas. Dessa vez não, sim elas aumentaram, mas não tive dor. Porém, na ocasião do teste, tudo parecia "normal" com meu corpo. Quer dizer, nem tudo... tinha notado algo "estranho" com a minha cintura quando pús o biquini (ela parecia se esconder apesar de eu estar magra) e até comentei com o meu marido meio triste, quase me conformando que após as mudanças que transformaram o meu corpo durante a gestação, ele ficaria assim daqui pra frente. Bem, mas não foi o caso pois eu estava sim grávida, então ainda há uma esperança, rs!

Mas não é sobre isso que quero falar hoje, quero falar sobre enjôos. As últimas 3 semanas e meia foram bem difíceis pra mim. O enjôo estava duro de aguentar. Não sei como é com outras mulheres que também passaram por isso na gestação, mas acho que o meu enjôo é um tipo diferente. Por exemplo, eu não tenho enjôo por causa de comida (nem pelo cheiro) e sim pela falta dela! É verdade, se fico sem comer tenho enjôo e vomito. É realmente muito ruim. Normalmente acontece assim: eu começo a sentir muito, mas muito calor mesmo, em seguida começo a tossir e tossir sem parar, até que vem o vômito. Mas não sai nada, apenas bile (um líquido amarelo) ou então uma aguinha com espuma. Fico com os olhos cheios de lágrimas e meu nariz entope e começa a escorrer ou a incomodar (mesmo sem espirrar). A sensação seguinte é que é curiosa, além de um tremendo cansaço físico (dói toda a extensão das minhas costas e ombros), tenho frio!! Fico até arrepiada nos braços por alguns instantes.

Na gestação da Nicole também foi assim... os 9 meses! Acordava todas as manhãs e já deixava um balde do lado da cama, pois era eu acordar e vomitar. E até no parto eu vomitei (tinha tomado anestesia e estava com o estômago vazio havia horas, então não deu outra!). Nojento, né? É, eu sei, por isso eu tenho a esperança de que seja diferente dessa vez, afinal uma gestação não é igual à outra, né?

Curiosamente durante as duas gestações o que reparei foi a minha falta de interesse por café. Gosto muito de café, mas quando estou grávida não sinto a menor vontade de tomá-lo, nem o cheirinho que eu normalmente achava delicioso me anima!

Além de ser horrível vomitar, sou forçada a comer o tempo todo, de 2 em 2 horas praticamente. Às vezes até à noite. Eu acordo pelo menos 1x toda noite passando mal. Engordei 17 kg em 9 meses na gravidez da Nicole (mas graças a Deus perdi tudo em 6 meses depois que ela nasceu!) e vou tentar me controlar, mas não é tão simples assim porque não como por fome, como para não vomitar. Normalmente deixo um pacote de biscoito no criado mudo do lado da cama. Melhor um pacote de biscoitos do que um balde pra vomitar, não é mesmo?! rsrs!

Bem, a dica dada por minha médica é assim que acordar comer o biscoito (ou qualquer outra coisa seca, por exemplo pão ou torrada) bem devagarinho pra não irritar o estômago, quando estiver se sentindo melhor tome o remédio com um tequinho de nada de água e continue comendo os biscoitos (sempre devagar). Esse processo todo leva uns 20 min ou mais. Só então, o remédio começará a fazer efeito e você poderá levantar pra começar o dia. Comigo essa técnica às vezes funciona bem, outros dias não. Vomito bolacha, remédio e o que mais tiver colocado pra dentro. Acho que tem a ver com o horário que fui comer na noite anterior, pra mim quanto mais tarde e perto do horário de ir dormir, melhor. Isso só agora que estou grávida, é claro.

É, o jeito é levar essa fase com bom humor. Ou pelo menos tentar. "É uma fase, é temporário", fico tentando me lembrar disso quando estou mal. Sei que vou esquecer todo o mal-estar de hoje depois que o bebê nascer e que vai valer a pena. A gente sempre esquece! Eu já tinha esquecido do que passei quando estava grávida da Nicole e olha só... quis engravidar de novo!

Confesso que tenho me sentido melhor de 1 semana pra cá. Não bem, apenas melhor. Continuo acordando de madrugada e continuo acordando mal, ainda vomito algumas vezes também. Mas no geral a intensidade dos enjôos diminuiu. Durante o dia principalmente está mais tolerável. Talvez seja porque mudei de remédio. Eu tomava Dramim a cada 4 horas e acho que estava me intoxicando com ele pois ele é muito forte, além de sentir que ele abaixava minha pressão. Era um sono e mal-estar terríveis, não conseguia ficar em pé ou comer, um dia até pedi para o Douglas me levar ao pronto-socorro porque não sabia mais o que fazer (naquela manhã em particular tudo o que eu comia eu vomitava). Agora estou tomando Meclin a cada 6 horas e parece que tem melhorado. O Dramim, apesar de ser mais forte, não parecia resolver o meu problema. Vai entender!

Um detalhe é que na última gestação me lembro muito bem de ter tentado todos os remédios que os médicos normalmente receitam pra grávidas... Dramim, Plazil e Meclin, e nenhum funcionou, tanto que desisti deles! Vi que só estava gastando dinheiro e que tomar ou não tomar dava na mesma, eu continuava com enjôo e vomitando.

Fora a vontade louca de fazer xixi o tempo todo (sim, mesmo agora no início), também tenho e tive muita azia. Como não suporto o cheiro de Mylanta Plus líquido (acho que me lembra o leite de magnésio que minha mãe me dava quando era criança), comprava pastilhas da mesma marca. Elas ajudavam bastante pois aliviavam a azia, eu as chupava praticamente o dia todo. Gastei uma grana com elas, acho que comprei umas 30 ou mais, rsrs! Por enquanto nessa 2a gestação ainda não precisei, mas sei que logo logo será preciso. Percebo que a azia tem piorado a cada dia.

Não podia encerrar essa postagem sem falar da importância do meu marido nisso tudo. Ele me apoia tanto e não sei como suportaria "aqueles dias" sem a ajuda dele, principalmente no cuidado com a Nicole (que hoje está com 1 ano e 3 meses). Ando tão sem paciência, me irrito por qualquer coisa e fico a maior parte do tempo amuada em algum canto. De manhã, que é quando normalmente estou pior, ele prepara e dá o leite da Nicole, leva ela pra ir no banheiro, troca a fralda, enfim, faz o que for necessário pra eu não ter que me preocupar. Na primeira gestação ele também fez o que pôde. Eu tinha mais atenção, confesso, pois era apenas nós dois. Era só eu acordar e gemer de mal-estar que ele levantava correndo pra preparar o meu pão na chapa!

Já disse antes para minhas amigas que não consigo imaginar como algumas mulheres conseguem ser mães solteiras, deve ser muuuuuito difícil. Cada dia que passa tenho tenho mais convicção de que quando Deus fez o homem e a mulher e planejou o casamento entre eles, não foi por acaso. Ele sabia a importância de unir homem e mulher como uma só carne - fisica, emocional e espiritualmente - para formar famílias. Sem unidade, amor, compreensão e cumplicidade entre o casal a tarefa de criar filhos é bem mais estressante. E não precisa esperar os filhos crescerem pra ver como o relacionamento e compromisso do casal é crucial, começa quando a mulher ainda está grávida (e até antes disso). É fácil o homem pensar que certos problemas são dela e se omitir de qualquer responsabilidade. Eu estou tremendamente grata pelo meu marido que suporta comigo os dias difíceis e comemora os dias felizes. Não importa o desafio, ele está ali ao meu lado o tempo todo. Esses dias comentei com a minha manicure algo que ele havia feito por mim e ela disse rindo: "Ai, Talita, esse seu marido não existe"! Existe sim; não sou melhor do que ninguém, mas eu genuinamente creio que é possível vivermos plenitude no casamento, nas finanças, na família e em tantas outras áreas de nossas vidas se simplesmente fizermos a nossa parte, buscando conhecimento e aprendendo a confiar e obedecer a Deus!

Se você tem ou teve problema com enjôo na sua gestação, conte-nos como foi a experiência e o que fez pra aliviar os sintomas! A sua dica pode ajudar uma mamãe desesperada como eu. = )

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Viajando com o bebê!

Mês passado tiramos alguns dias de folga e fomos viajar. Ganhamos as passagens de avião de presente dos meus pais e aproveitamos para voltar à cidade onde, 7 anos e meio atrás, recém-casados passamos a nossa primeira lua-de-mel. Só que dessa vez fomos acompanhados de uma linda bebê! Quer dizer, de uma não... se o bebê que eu estou esperando for menina, de duas... rs! Embora não soubéssemos e ainda que amigos e parentes façam piadinhas porque "voltei grávida da viagem", esse feijãozinho todo especial, seja ele menino ou menina, já estava na minha barriga e foi viajar conosco sim!

Bem, eu andava muito cansada, tentando dar conta de todas as minhas obrigações, dentre elas trabalho, faculdade, bebê, marido, igreja, etc., por isso a possibilidade de um passeio assim veio em boa hora e animou a todos nós. Apesar de não poder dizer que a viagem valeu pra descansar (estou chegando à conclusão de que com criança viajar e descansar não é assim tão comum!), ela foi bem divertida e prazerosa, além de ter servido para alguns aprendizados que hoje quero compartilhar com vocês.

Não foi a primeira vez que a Nicole andou de avião. No ano passado, quando ela tinha de 3 pra 4 meses, meu marido fez uma viagem a trabalho para BH e eu fui junto. Ficamos poucos dias e como a Nicole só mamava no peito foi super tranquilo, não deu o menor trabalho. Nem no avião, ela dormiu uma parte do caminho; nos momentos acordadas ficou calminha e se comportou super bem. Já nessa viagem para Maceió, com quase 1 aninho e 2 meses, o cenário foi bem diferente. Pra começar porque o vôo era mais longo e teve conexão em Brasília (na ida e na volta) e segundo porque com essa idade ela está bem mais ativa. Curiosa, quer interagir com tudo e todos, fazendo graça com as pessoas por perto, etc. Também estava na fase do crescimento dos dentes que demoraram pra sair, mas que quando o primeiro resolveu aparecer (quando tinha 1 ano, 1 mês e 9 dias), os outros três praticamente saíram junto. Enfim, foi uma série de fatores que, somados à canseira normal que é ficar sentado por muito tempo e passar uma parte do dia viajando, fizeram da viagem de avião, principalmente a volta, um tanto estressante.

O mal planejamento do dia também contribuíu para agravar o estresse. Nesse dia (da volta) tínhamos feito check-out do quarto do hotel às 10 da manhã e ficamos, de mala e cuia, "fazendo hora" nas dependências do hotel até dar o horário do almoço. A Nicole tirou uma soneca de 40 minutos no colo do pai enquanto eu aproveitava para checar emails. Então almoçamos e esperamos o táxi nos buscar e nos levar ao aeroporto. O vôo só era às 15:00 e o tempo de espera em Brasília para a troca da aeronave era de quase 1 hora. A chegada em São Paulo estava prevista somente para às 20:35 e ainda teríamos que pegar o ônibus da TAM de Guarulhos até Congonhas, mais uma viagem longa. Mas, pra ser sincera, sei que um dos maiores problemas e que mais contribuiu para a impaciência da Nicole foi culpa minha! Na pressa da manhã, eu coloquei a Nana (boneca de dormir) dela dentro da mala em vez de carregá-la na bagagem de mão. Na vinda ela tinha conseguido dormir no colo do pai segurando a Nana, mas na volta não tinha Nana! Resultado disso tudo? No colo em uma poltrona apertada, com as gengivas inflamadas (não tirava os dedos da boca) e sem tirar uma soneca decente, não podia dar em outra: lá pelas tantas da noite, na hora de pousar por causa da pressão nos ouvidos, foi aquele chororo impaciente de uma criança exausta que queria chegar logo em casa!

Bem, então fica aí o primeiro aprendizado que quero compartilhar em forma de dica: planeje bem o dia, pense nos horários direitinho e procure oferecer condições favoráveis para que o bebê consiga tirar uma boa soneca, dentro das possibilidades em questão. A Nicole sempre foi um bebê tranquilo, não é de dar trabalho ou de se comportar mal, geralmente interage bem e se adapta facilmente às situações (pela descrição da Tracy Hogg, ela seria um "Bebê Anjo"). Porém, fui imprudente ao superestimar essa característica da minha filha e acabei "abusando" da paciência dela. Lição aprendida - da próxima vez tomarei bem mais cuidado!

A outra lição que aprendi foi com relação à importância de checar certos detalhes ao fazer a reserva da hospedagem. Como a decisão de viajar foi tomada de uma semana pra outra, não tivemos condição de escolher muito. Não só pela falta de tempo, mas pela falta de opções mesmo, não havia hotéis (dentro do valor que nos propusemos a pagar) com vagas para a semana da nossa viagem. Estavam todos lotados. O resultado foi que passamos 2 diárias num hotel, 3 diárias em outro e, por fim, mais 1 diária em outro. Como já era de se imaginar, essa dinâmica de troca-troca de hotel não foi boa. Como check-in e check-out normalmente são no meio do dia, deixamos de aproveitar melhor alguns dias por causa desse entra e sai.

O primeiro hotel foi o mais simples. Não tinha nada, nem cadeirão de bebê para a Nicole nos acompanhar no café da manhã. Se a sentássemos na cadeira normal, a testa batia na mesa - o dó. E dá pra imaginar que tentar comer com uma criança ativa no colo (querendo pegar o garfo da sua mão, jogar o prato, rs!) não é nada interessante. O crucial do cadeirão, eu penso, é o fato da criança ficar "contida", você restringe um pouco a liberdade dela de fazer o que bem entender. É aquela ideia do funil e que faz muito sentido, pois nessa idade ela não tem maturidade para pegar o que quiser de sobre a mesa ou ficar totalmente livre pra sair andando pelo restaurante enquanto os pais comem.

Além disso, nesse hotel também fez muita falta não ter um local adequado para esquentar seu leite, preparar os alimentos ou mesmo lavar a mamadeira, a colher, o pratinho, etc. Precisamos usar a pia do banheiro, o que achei muito ruim! O segundo hotel já foi bem melhor nesse sentido, eles tinham uma "Copa Baby" com pia, boca de fogão, liquidificador, panelas, etc. e cadeirão no restaurante. O terceiro hotel também nos disponbilizou uma copa comunitária (com microondas!) e percebi que estava melhor preparado para receber famílias com crianças pequenas, inclusive no quesito lazer, pois tinha parquinho, piscina infantil, sala de leitura, dentre outros. Pena que só ficamos um dia lá.

Apesar de tudo isso, senti que conseguimos organizar até que bem a rotina da Nicole durante o passeio (com ela tirando uma soneca por dia em vez de duas). Tomávamos café da manhã cedo e já saímos para a praia, voltando às 9:00-9:30 para ela tirar a soneca da manhã no quarto. Daí, ela acordava e almoçava e nós saímos pra almoçar também. Por volta das 15:00-15:30, já no hotel, descíamos pra pegar sol de novo, ficávamos na piscina ou fazíamos algum passeio pelo calçadão da praia, íamos até a feirinha de artesanato, coisas assim. Não deu pra visitar muitos lugares, pois não quisemos encarar passeios de ônibus para praias mais distantes. Achamos que a Nicole era muito nova para esse tipo de aventura, por isso optamos por ficar por ali mesmo, nos arredores dos hóteis em que estávamos hospedados. Achei que foi uma decisão acertada.



Em um desses passeios, andando para um lado ou para outro do calçadão, caminhamos mais longe certa manhã até encontrar um local em que decidimos parar e alugar um guarda-sol. Tínhamos comprado brinquedinhos de praia para a Nicole e estávamos ansiosos para que ela os estreasse. Bastou nos sentarmos e nos acomodarmos na cadeira de praia e "sniff, sniff"... aquele inconfundível cheiro de cocô, rs! Eu não acreditava e, embora tivesse levado uma fralda reserva, não tinha onde trocá-la. No mar? Num daqueles banheiros fedidos de quiosques próximos? E ainda que considerasse tal ideia, onde a deitaria? Em cima da pia? Não, não tive coragem! Então deixei o Douglas lá guardando o nosso lugar, peguei a Nicole no colo e caminhei com ela cinco quarteirões de volta até o hotel. Uma canseira doida! Ao todo demorou 40 minutos pra ir, trocá-la e voltar pra onde o meu marido nos esperava, já preocupado com a demora. Isso porque apertei o passo, fui o mais rápido que pude debaixo do sol já quente daquela manhã!

Outro episódio parecido foi numa noite em que andamos três quarteirões do hotel para jantar numa pizzaria próxima. E exatamente a mesma coisa aconteceu: foi nos sentarmos e pedirmos as bebidas para sentir aquele cheirinho no ar de novo... rs! Só que dessa vez não tinha fralda reserva não (apesar do lugar propício), tinha me esquecido completamente desse detalhe. Que cabeça a minha! Então repeti o processo: deixei o Douglas lá e fui com a Nicole de volta para o hotel fazer a limpeza e colocar uma fralda limpa. Outra boa história pra contar pra ela um dia!

Bem, essas são algumas lembranças de nossa última viagem com a Nicole, a primeira vez em que ela conheceu o mar e foi na piscina! Aprendemos lições importantes, a principal delas sendo que quando você viaja com criança precisa estar preparado para o que der e vier, sempre de bom humor e com jogo de cintura pra improvisar, se necessário.

Se tiverem histórias pra contar, compartilhe-as conosco também. Um abraço!

sábado, 6 de novembro de 2010

5 meses de Larissa!

Estou super atrasada com os updates da Larissa, mas passei por um mês bem complicado (por motivos dignos de um post futuramente!). Ela já está com 5 meses e meio!

Na sua última consulta com o pediatra vimos que ela havia engordado muito pouco então o pediatra sugeriu começarmos a introduzir aos poucos os sólidos. Por enquanto estou dando frutas (banana e mamão), mas quero introduzir legumes logo também porque acho mais fácil acostumar cedo com o gosto dos legumes para que ela aprenda a gostar deles. As vezes começando por frutas faz com que o bebê depois estranhe o gosto dos legumes (cá entre nós, fruta é muito mais gostoso e é docinho). Sei que o que estou falando é totalmente o contrário do que os pediatras ensinam, mas com o Tiago deu certo e quero fazer com a Larissa também porque percebo que ela é muito mais "sensível" a tudo (o Tiago aceitava tudo). Então quero que ela acostume logo de cara com o sabor dos legumes.

Para manter a rotina de se alimentar - ficar acordada - dormir, o Nana Nenê ensina a dar a papinha junto com a mamada. Isso também é diferente do que a maioria dos pediatras ensinam aqui no Brasil. Sei o quanto o sono é importante na vida de um bebê e o quanto as sonecas de 1 hora e meia a 2 horas são importantes, então sigo o método do Nana Nenê. Dou sólidos na hora de uma mamada. Com o Tiago eu amamentava de manhã e logo em seguinda dava uma fruta. Ele ficava 2 horas acordado e depois dormia 2 horas. Acordava, almoçava papinha salgada e então mamava. Ficava 2 horas acordado e dormia uma soneca mais curta. Acordava, jantava papinha salgada, mamava e ia dormir (isso lá pelos 8 meses, quando começou a jantar). Então a rotina dele era mais ou menos assim (com 8 meses):

8 - mamava e comia fruta
10 - soneca
12 - acordava, comia papinha salgada e mamava
14 - soneca
16 - acordava e mamava
18 - soneca mais curta
19 - acordava, tomava banho, jantava, mamava
20 - 20:30 - dormia.

Também dá para fazer ao contrário, dar janta as 16 horas e as 20 horas só mamar. Para ler mais sobre a introdução de sólidos, veja o post da Talita sobre a Alimentação a partir dos 6 meses.

Quero fazer esta mesma rotina com a Larissa. Por enquanto estou só introduzindo os sólidos, essa semana foi a primeira em que ela realmente "engoliu" banana e mamão. Porque até então era aquela lambuzeira toda de coloca, cospe, coloca, cospe, etc...com direito a muitas caretas engraçadas do tipo "o que é isso na minha boca mamãe, tira!"

Outro sinal que ela estava precisando dos sólidos (além do fato de ter engordado pouco) foi que ela começou a acordar de madrugada de novo. Essa semana voltou ao normal, graças a Deus! Por causa da fome também está mamando cada 3 horas e meia ainda. Agora com sólidos quero mudar para cada 4. Vamos ver!

Esta fase é muito gostosa! Muitos sorrisos, gargalhadas, tentativas de ficar sentada, mão na boca, muita baba e muita "conversa", rsrs. :)

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

As boas maneiras no cadeirão

No último post falei sobre a importância de educar (em vez de reeducar) nossos filhos e de manter um mesmo nível de expectativa em relação ao comportamento deles no dia-a-dia. Hoje gostaria de dar algumas dicas práticas sobre como fazer isso na hora de comer.

A educação diretiva consiste em dar as coordenadas (dar a direção) para o seu filho antes que ele erre e então seja necessário corrigi-lo. Ensinar significa justamente isso: INICIAR e DETERMINAR um padrão que deverá ser seguido repetidas vezes. Para fazer isso com sucesso, é preciso antecipar situações indesejáveis que podem e certamente irão ocorrer e pensar num plano para implementar o padrão correto (aquele que você quer ensinar).

As três perguntas básicas abaixo podem ajudá-la nesse processo de determinar qual é o comportamento desejável em sua casa e para a sua família.

- Onde eu quero que o meu filho coloque as mãos enquanto está sendo alimentado?
- Como eu quero que ele me comunique que quer mais ou que já está satisfeito?
- Vou permitir que ele faça outras coisas enquanto come (ex. brincar, assistir a TV)?

Os autores de Além do Nana Nenê defendem que a hora da refeição não é hora de brincar. Sobre isso eles dizem: "Virar o prato e jogar comida no chão não são atos de criatividade. São comportamentos errados. A criatividade deve ser produtiva e benéfica, e não destrutiva".

E quanto à comunicação, existe outra alternativa para um bebê comunicar que não quer mais comer além de cuspir a comida ou bater a mão na colher? Existe sim!

Como? Com a linguagem de sinais!

É verdade que entre 8 e 12 meses as crianças não falam ainda mas sabia que nessa faixa etária elas já são mentalmente capazes de se comunicar?!

Veja quanto seu bebê já é capaz de entender e comunicar:
Fase 1 - a partir dos 6 meses - compreensão de vocabulário
Fase 2 - aos 12 meses aprox. - articulação de vocabulário
Fase 3 - a partir dos 2.5 anos - leitura

Seu bebê está pronto para aprender! Não subestime a capacidade de compreensão do seu filho. Uma prova clara de que ele já é capaz de se comunicar com você é reparar se ele choraminga pra conseguir as coisas. Se sim, choramingar foi o jeito que seu bebê encontrou pra dizer pra você as coisas que quer e de que precisa. O problema dessa forma de comunicação é que ela vira manha facilmente, é um mau hábito pois se torna instrumento de manipulação!

O livro diz que a maneira mais comum de os pais reforçarem esse hábito é ceder quando a criança começa a choramingar. Não sei pra você, mas na minha opinião choramingar (ou fazer manha) é uma forma inaceitável de comunicação!! É um daqueles maus hábitos que é tolice os pais pensarem que vai ficar mais fácil de corrigir quando a criança ficar mais velha.

Pois bem, seu filho pode ser muito novo pra se comunicar verbalmente, mas ele tem capacidade mental para se comunicar através de sinais. Assim como ele aprendeu a jogar beijo com a mão, bater palma e dar tchau, seu filho também pode sinalizar "obrigado" quando está satisfeito ou "por favor" quando quer mais. Esses são apenas exemplos que eu estou dando porque é o que minha filha de quase 1 ano e 1 mês já consegue sinalizar (compartilho o vídeo que fizemos dela fazendo 3 sinais que já aprendeu), mas você pode inventar outros sinais e fazer da forma que quiser!

Algumas dicas adicionais:
- Trabalhe uma expressão de cada vez, movendo a mão da criança enquanto você verbaliza.
- Não se surpreenda se você sentir resistência ao pegar o braço de sua criança pra lhe mostrar como sinalizar. Essa demonstração de autonomia pode ser vista claramente na criança desde os 7 meses de idade.
- Ensine seu bebê a usar sinais, mas faça-o com calma. Seja coerente e, acima de tudo, paciente! Você e seu filho chegarão lá!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eduque, não reeduque!

Na sexta-feira passada conversei com uma pessoa do trabalho (que é também da minha igreja) e ela comentou que acompanha o nosso blog... 17 anos, não é casada e não tem filhos... puxa, fiquei lisonjeada... e também com aquele senso de temor e responsabilidade - há pessoas realmente lendo o que eu escrevo, rs!

Refletindo sobre o que ela me disse lembrei da época em que eu própria tinha essa idade - eu nem namorava ainda e já lia livros sobre namoro; quando comecei a namorar, li livros sobre casamento e, finalmente, quando casei passei a me dedicar a livros sobre filhos.

Certamente não esgotei todos os livros sobre esses assuntos, mas o que quero destacar hoje e que tem tudo a ver com o título desse post é a PREPARAÇÃO. Uma definição que eu gosto muito para essa simples palavra é preparo para uma ação. Se a educação correta (quando estamos falando de filhos) não acontece por conta própria, é evidente que a preparação para a maternidade também não! Ninguém nasce sabendo, precisamos aprender. Precisamos nos preparar para essa ação. Fazer isso é ser proativa!

O post de hoje pretende analisar a expressão EDUQUE, NÃO REEDUQUE, usada no livro Além do Nana Nenê. Eu acho que esse é o conceito-chave de todo o livro e também do curso Educação de Filhos à Maneira de Deus (dos mesmos autores).

O princípio por detrás dessa frase é a certeza de que maus hábitos que começam cedo precisam ser corrigidos depois - essa correção pode e precisa ser evitada. Reeducar em vez de educar significa que você só paga o preço de criar seu filho no futuro, mas o faz com juros e correção monetária! Os autores chamam isso de CRIAÇÃO FINANCIADA e dizem que não é prudente adiar a educação na esperança de que o processo se tornará mais fácil com o passar do tempo.

Os pais devem manter o mesmo nível de expectativa com relação ao comportamento do filho em todos os aspectos de sua vida (ao dormir, ao comer e ao brincar) e as coordenadas do que se espera que o bebê faça devem ser dadas de forma clara e didática (importância da instrução verbal).

Ensinar significa iniciar, determinar padrões. É diferente de esperar o bebê errar (comportar-se mal) para então restringir o comportamento indesejado. Esse tipo de educação reativa traz tensão e estresse para mamãe, papai e bebê ao passo que o outro tipo de educação proposto (a educação diretiva) exige paciência e perseverança, mas traz dividendos preciosos!

É isso. Continue nos acompanhando e, por favor, deixe seus comentários pra sabermos que você está aí. = )

Um abraço a todas!
Talita

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

3 meses da Larissa!

Vim postar sobre os três meses da Larissa! Estou um pouco atrasada, eu sei, mas a vida anda bem corrida 2 filhos!

Eu realmente sinto o que geralmente dizem a respeito dos 3 meses! É uma fase muito gostosa! As coisas ficam um pouco mais fáceis, mais previsíveis, e o nenê começa a dar lindos sorrisos que fazem tudo valer a pena! Estou curtindo muito!

Mamar
Ela ainda está mamando muito bem. É super rápida, em 10 minutinhos já acabou. E continua mamando em um peito só em cada mamada. As vezes no final da tarde ou a noite eu dou os dois. Ela agora está mamando 7 mamadas num dia, alternando de 2 horas e meia a 3 horas entre cada. Eu estava dando a mamada dos sonhos (dreamfeed) as 22:30 e ela estava acordando as 7. Mas faz 2 dias que ela mama as 22:30 e só acorda as 8:30. Então percebi que já devia estar antecipando a mamada dos sonhos, e é meu próximo objetivo! Ontém já dei as 22:15 e tive que acordar ela as 8 pra mamar. Hoje vou dar as 22 horas e vamos ver. Cada dia vou antecipar um pouco mais. Quero ver se já consigo acostumar ela a mamar as 21:30 e depois as 8.

Sonecas
Estou tendo que fazer CIO (Cry it Out - deixar chorar) para algumas. O problema é que como ela estava fazendo intervalos de 2 horas e meia entre cada mamada, agora que ela está ficando mais tempo acordada (1 hora e meia) e acaba dormindo só 45 minutos e já acorda e quer mamar de novo (acostumou com o intervalo de 2 horas e meia). Mesmo se não dou mamar...ela fica acordada. Quero muito acostumar ela a tirar sonecas maiores, porque sei que ela devia estar ficando acordada 1 hora e meia mais ou menos e dormindo 1 hora e meia. Percebo que ela não acorda feliz e sorridente depois de uma soneca de 45 minutos. Ela ainda está cansada. Então estou tendo que deixar ela chorar um pouco pra ela dormir de novo e aprender a esticar mais estas sonecas. O Nana Nenê e a Encantadora de Bebês explicam que é muito comum em diversas fase da vida do bebê ele começar a acordar depois de 45 minutos (o Nana Nenê chama de "45 minute intruder") e que é importante não pegarmos o bebê ainda para que ele volte a dormir (geralmente ele só passou por uma transição de sono e acabou acordando). Com o Tiago foi assim, também. Lembro de algumas fases assim que com um pouco de CIO ele voltou a dormir 1 hora e meia e acordar mais feliz!

CIO
Falando em CIO, tenho feito para algumas sonecas, geralmente no final da tarde e a noite na hora de ir dormir. Ela chora um pouco, principalmente porque está cansada, mas logo vê que não tem jeito, é hora de dormir, e dorme. A chupeta ajuda nessas horas também. Mas se ela fica cuspindo a chupeta aí eu não entro mais pra dar. Deixo chorar. Aos poucos o choro está diminuindo.

Enfim, ela está indo super bem! Meus maiores desafios tem sido com o irmãozinho mais velho! Mas isso é assunto para outro post! Logo logo eu escrevo!

Beijos a todas mamães!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

3 meses de Sofia!

Olá, sou Lidiane de Paula, tenho 29 anos e sou casada a 5 anos com um príncipe, um presente de Deus! A Talita é minha irmã em Cristo e amiga que me ajudou MMUUUIIITTTTOOOO durante minha gravidez com dicas e informações muito importantes e é um prazer estar aqui a convite dela para contar um pouquinho dessa maravilhosa aventura que é ser mãe!!!

Minha princesa Sofia nasceu em 15/05 (38 semanas) de parto normal, muito forte e valente, um choro determinado que até me espantou! Era muito bochechuda e cabeluda, uma fofura!

Hoje ela já está com mais de 3 meses e muitas coisas boas aconteceram nesse período, a única não muito boa foi o fato de eu não conseguir amamentá-la, mas não vou me ater a isso, pois ainda me chateio um pouco com esse assunto...

Ela é uma criança muito ativa e presta atenção em tudo, dá muitos sorrisos e faz muitos barulhos tentando conversar.

No exato dia em que completou 2 meses ela dormiu 8 horas durante a noite, quando acordei de manhã achei que meu esposo havia acordado de madrugada para dar a mamadeira e eu não tinha visto, mas para minha surpresa ele não havia feito isso, a partir daí ela começou a alternar, às vezes acordava às 3h, às vezes só às 6h, mantivemos a mamada dos sonhos (+/- 24h) até umas duas semanas atrás, agora ela toma banho por volta das 18-19h, mama 120 ml e dorme em seguida acordando só +/- às 6h do dia seguinte.

Segui as instruções do livro “Os Segredos de uma encantadora de bebês” (presente da Talita) que foram fundamentais para eu me sentir menos perdida e confusa com essa caixa de surpresas que é o primeiro filho. Das muitas dicas, a mais importante é o ritmo de vida que ditamos ao bebê, foi essa estrutura organizada ensinada no livro que me ajudou e ainda me ajuda a cuidar melhor da Sofia.

Claro, que há dias em que regra nenhuma funciona, que ela fica muito no meu colo, que me ganha no grito (e que grito, ela é boa de voz rsrsr), mas em geral, mantenho as refeições a cada 3 horas, coloco ela para tirar as sonecas durante o dia e também mantenho um tempo de boa qualidade com ela quando está acordada, converso, leio, canto e conto histórias, também conto para ela sobre os planos familiares e sobre tudo o que faremos no dia! Sempre estou atenta ao tipo de choro (ufa, já consigo identificá-los) para atender adequadamente às necessidades dela, saber o que o bebê precisa é fundamental para tornar o dia mais tranqüilo para nós as mamães e para eles!

Bom... para esse primeiro dia no blog acho que já escrevi bastante! Bjus e foi um prazer!

Lidiane de Paula

"...mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, e não se fatigarão." Isaías 40:31

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Quase um aninho!

Daqui aproximadamente 2 semanas, minha pequena completará um ano de vida! Um ano, uau - quanta coisa mudou em minha vida de lá pra cá e quanta coisa ela aprendeu em cada fase do seu desenvolvimento.

O que um bebê de 1 ano já sabe fazer? Confesso que não fazia ideia de que ele podia fazer e compreender tanto no dia-a-dia ao interagir com as pessoas ao seu redor. Estou descobrindo agora na prática!

Por isso, o post de hoje será dedicado a falar um pouco sobre o que a minha filha já aprendeu e o que ainda está aprendendo em termos, principalmente, do seu desenvolvimento cognitivo.

OBSERVAÇÃO E IMITAÇÃO: Bebês aprendem imitando, é incrível.

A Nicole gosta de imitir variados SONS: tosse, gargalhada exagerada, lábios estalando (som de beijo), tapinhas na boca com a mão (som de indiozinho) e o clássico "êeee" ao mesmo tempo em que bate palminhas (som de festa)! Tudo foi ensinado e estimulado repetidas vezes, é claro.

Algumas vezes por semana temos nosso tempo de atividade juntas pra ler algum de seus livrinhos em inglês, sento-a no meu colo e vou apontando para as figuras enquanto leio a história (ou falo as palavras) com uma entonação que a mantém atenta. Já percebi várias vezes que quando ela está no seu tempo de brincar sozinha ela pega o livrinho e faz igualzinho a mim: vira as páginas e aponta as figuras com o dedo indicador como se estivesse lendo-as!! O mais engraçado é que nesses momentos ela normalmente fica séria e compenetrada no que está fazendo.

A Nicky também já consegue imitar alguns GESTOS, como acenar com a mão (pra dar oi e tchau), balançar negativamente a cabeça (pra dizer não), dar os bracinhos quando quer colo, fazer carinho suavemente (às vezes não tão suave!) e dizer "obrigada" em linguagem de sinais. Esse último foi o mais difícil de ensinar e agora que aprendeu usa-o pra tudo, rs!

A dica, obviamente, veio do Além do Nana Nenê e é uma daquelas coisas culturalmente bem americanas. Nunca tinha ouvido falar sobre ensinar linguagem de sinal pra bebê aqui no Brasil e por isso resolvi tentar com a Nicole, se não me engano dos 7 meses em diante. A premissa desse método é a responsabilidade que os pais têm de mostrar a seus filhos, desde bebês, quais são os comportamentos aceitáveis e deixar claro quais não são. Por exemplo, cuspir a comida, bater a mão na colher enquanto vira o rosto choramingando (ou uma combinação desses dois fatores) porque não quer mais comer é um dos comportamentos inaceitáveis e a linguagem de sinal é uma boa opção para o bebê (que já tem capacidade mental de comunicação, mas não a verbal ainda) se expressar.

Como disse acima, foi trabalhoso ensiná-la o usar o sinal "no, thanks" quando já comeu o suficiente, mas funcionou e agora ela quer usá-lo pra tudo. Um dia desses o Douglas colocou-a no berço pra tirar uma das sonecas e ela começou usar o sinal freneticamente - como quem diz: "Não, obrigada, papai. Não quero dormir", rsrs!

Abro um parênteses pra contar outro episódio, aconteceu na última sexta-feira. Tem feito dias bem frios e naquela manhã, quando a Nicole acordou da soneca, estava um dia ensolarado. Fiquei radiante porque à tarde iríamos para um hotel passar o final de semana num retiro de casais. Peguei-a do berço, abri a cortina e janela pra ela ver que dia lindo (ela sempre abre um sorrisão quando faço isso) e comecei a girar com ela, comemorando e dizendo como Deus era bom por nos dar o calor do Sol. Para minha surpresa, quando falei "Obrigada, Deus" em inglês ela espontaneamente fez o sinal de obrigada também!! Nem preciso dizer que meu coração se encheu de alegria e achei o gesto dela a coisa mais linda do mundo!!

MÚSICA E MOVIMENTO: Cantando e dançando!

A Nicole gosta muito de música. Ela tem alguns brinquedos com botão musical (peixinho, borboleta e motoca) e desde que aprendeu a apertá-los ela não se cansa de usá-los. O curioso pra ela é observar causa e efeito (se eu fizer isso acontece aquilo), mas no caso da motoca, não é só de apertar que ela gosta não. Ela gosta de dançar ao som de "Cai cai balão", "O sapo não lava o pé" e afins - ela balança o bumbum, joga o corpinho pra frente e pra trás e ainda bate palminhas. É só ela ouvir alguma música pra já começar a dançar!

Dançar também tem a ver com estímulo, pois desde 3 semanas de idade a levamos conosco semanalmente para a igreja, então ela se habitou com o momento do louvor & adoração de lá (a música é alta com pessoas pulando, levantando as mãos, dançando). Em casa também canto muito para e com ela - diversas músicas, tanto as que compusemos especialmente pra ela (pois me recuso cantar "Nana nenê que a cuca vem pegar..." pra minha filha ir dormir!) como outras, em inglês e em português, de adoração a Deus. E ela canta junto, em alto e bom tom: "ahhhhhh"!

COMPREENSÃO E FALA: O que será que eles entendem?

O livro diz que bebês entendem mais do que imaginamos e é verdade! Descobri isso quando a Nicole ainda tinha 6 meses e estávamos começando a introduzir os sólidos. Naquela época ainda não tínhamos ganhado um cadeirão para ela fazer suas refeições, então eu usava o carrinho. Ávida por colocar em prática os princípios da educação diretiva (que se contrapõe à educação restritiva, em outras palavras, prever situações e dizer para o bebê o que é para ele fazer em vez de ficar falando "não" ou dando bronca depois que ele fez algo errado), eu decidi que queria começar com a regra de que para comer ela precisava sentar pra trás. Então, eu fiz como o livro ensinou, eu dizia "Baby, sit back" (Nenê, sente-se para trás) e empurrava-a até ela encostar a cabeça no banco do carrinho. Foi uma das coisas mais fáceis de ensiná-la, pois ela aprendeu muito rápido! Até hoje é só olhá-la nos olhos (tem que olhar nos olhos senão ela não presta atenção e não obedece) e dizer "Baby, sit back" que ela vai pra trás imediatamente.

Outros exemplos concretos de comandos que a Nicole já entende e obedece (claro que não 100% do tempo) são "Nicole, that's a no-no" (Nicole, isso não pode) indicando que ela não pode tocar em algo (o passo seguinte é direcioná-la para outro brinquedo ou atividade) e "Push" (Faz força) quando ela está na privada pra fazer cocô (e quando ela faz o cocô, a reação automática dela é comemorar batendo palminha e dizendo "êee", uma graça!). Ela também reconhece e normalmente reage aos comandos "say bye-bye" (dá tchauzinho) e "send kisses" (manda beijo).

Voltando a falar de sons que ela imita (e que tem tudo a ver com compreensão) é o som de animais. Eu pergunto: "Nicky, how does the dog go?" (Como é que o cachorro faz?) e ela responde: "Au, au". E depois eu digo: "How does the cow go?" (Como é que a vaquinha faz?) e ela: "Múuuu....". Ela ainda não compreende a frase toda pois de vez em quando faz confusão (faz o som do cachorro no lugar do da vaquinha e vice-versa), mas já assimilou o que é esperado dela quando faço essa pergunta. É bem bacana! Também ensino o som de outros bichos, mas ela ainda não consegue imitar igual, rs! No retiro desse final de semana a pra. Martha fez para ela o barulho do cavalo trotando (em vez de relinchando como eu tentava ensinar) e dois dias depois ela já estava fazendo igual. = )

A Nicole ainda não fala, mas a palavra que ela mais gosta de repetir é AI. O seu significado real ainda é uma incógnita para nós. Pode ser uma tentativa de falar pai (o que não acho que seja o caso, pois em casa chamamos meu marido de Daddy), mas pode também ser o "ai" que indica incômodo ou espanto. Outra possibilidade é ser HI (oi em inglês) uma vez que usamos essa expressão frequentemente.

Bem, acho que já escrevi demais. Numa outra oportunidade quem sabe eu fale sobre mobilidade e treinamento precoce no uso do vaso sanitário antes do 1º. aniversário? Seria interessante. De qualquer modo, quero concluir dizendo que os bebês absorvem e aprendem o que é ensinado rapidamente, basta os estimularmos adequadamente (com constância e MUITA paciência) que o esforço vale a pena!

E pra finalizar quero incentivar outras mamães a compartilharem o que os seus bebês com menos de 1 ano já conseguem fazer que vocês acham engraçadinho ou que de repente a surpreenderam! Conte-nos um pouco de como tem sido o desenvolvimento especial e único do seu bebê. = )

Um abraço.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

2 meses de Larissa!

Hoje a Larissa faz 2 meses! Já está se adaptando muito bem à rotina aqui de casa!

Aqui está um pouco sobre o segundo mês:

Com 8 semanas e 3 dias ela começou a dormir a noite toda, o que é bem o que o Nana Nenê diz. Numa pesquisa feita com 520 bebês criados segundo a AOP (alimentação orientada pelos pais), onde os bebês mamavam cada 2 1/2 a 3 horas, 86.9% das meninas amamentadas no peito começaram a dormir a noite toda (7 a 8 horas seguidas) entre 7 e 9 semanas. 97% começaram a dormir a noite toda até a décima segunda semana. 76.8% dos meninos amamentados no peito passaram a dormir a noite toda entre 7 e 9 semanas e 96% até a décima segunda semana de vida. Para os bebês amamentados com fórmula, a porcentagem dos que dormiram a noite toda entre 7-9 semanas é um pouquinho menor, 82.1%.

Se o seu bebê tem cólica, pode ser que ele demore mais também, pois a cólica atrapalha as mamadas e as vezes atrapalha o sono também. Mas não desanime! A maioria dos bebês deixa de ter cólica perto dos 3 meses. Veja o post da Tati sobre a rotina e as cólicas.

O tempo acordada aumentou (agora ela fica acordada!) e dura entre 45 minutos e 1 hora e meia. O resto do tempo ela dorme, até chegar a hora de mamar de novo. Ela tem mamado cada 2 horas e meia a 3 horas, e a últimas 2 mamadas da noite eu tenho dado com intervalo de 2 horas. Ela ainda precisa de 7 a 8 mamadas por dia para conseguir esticar 6 a 8 horas seguidas a noite.

Na hora de ir pro berço para a soneca ela tem chorado um pouco. Normalmente não dura muito tempo...de dia ela chora uns 5 minutinhos e já dorme. A noite ela chora um pouco mais. Chora e para, chora e para, por uns 15 minutos. Entro e falo com ela, passo a mão na barriguinha afirmando que estou lá e que está na hora de dormir. É só eu entrar no quarto e colocar a mão nela que ela para! Se a fralda está seca, mamou bem na mamada anterior, arrotou, e não está se contorcendo ou esticando as perninhas de dor, então não tem problema deixar chorar um pouco. Os bebês se acostumam com colo muito rápido e é normal chorarem ao serem colocados no berço. Isso também acontece devido ao sono e geralmente é pior quando o bebê está muito estimulado (ficou acordado muito tempo!). Por isso temos que ficar atentas à janela de sono deles, como diz a Encantadora de Bebês. A Larissa começa a ficar irritada e mexer muito os bracinhos quando está com sono. As vezes começa a chorar um pouquinho. Aí já sei que está com sono. Quando ela chora para dormir, o choro dela começa leve e de repente fica muito forte, do tipo que treme! Chora forte uns segundos e começa a parar...e dorme!

A Lari também começou, estes dias, a acordar depois de 45 minutos de sono (o Nana Nene chama isso de 45 min. intruder). Ela acorda, chora um pouquinho e dorme de novo. É importante não pegar o bebê ainda esta hora, pois normalmente não dormiu o suficiente. Se você pegar, ele pode acostumar com estas sonecas curtas. Eu deixo chorar um pouquinho e ela dorme de novo até a próxima mamada. Lembro que isso aconteceu com o Tiago mais tarde, acho que com uns 4 ou 5 meses. É comum. O sono do bebê tem fases diferentes e geralmente depois de 45 minutos eles tem uma transição de sono e podem acordar. Se o bebê chorar muito, pode ser fome...fique atenta a isso pois pode ser que esteja passando por um impulso de crescimento e necessite mamar mais durante uns 2 dias (uma mamada a mais por dia, ou mamar em intervalos um pouco menores).

Com o segundo filho é muito mais fácil fazer CIO (Cry It Out) para dormir (veja o marcador CIO para ler mais a respeito). Com o Tiago eu ficava aflita e angustiada...questionava tudo! Mas com a Larissa, já sei dos benefícios em ter um bebê que sabe dormir sozinho (sem colo, sem ninar, etc) e não largo mão desta benção!! Por isso tem sido bem tranquilo, até porque geralmente estou ocupada cuidando do Tiago também! Mas já sei que é preciso e que vai me dar muita paz mais pra frente, além de ser uma benção para a Larissa também! Um bebê que sabe dormir sozinho e não depende de um adulto para ajudar, dorme mais e dorme melhor. Não precisa ficar angustiado quando está com sono e não consegue dormir! A rotina também ajuda nisso, pois o bebê sabe que tem hora de ficar acordado e hora pra dormir, e não precisa decidir sozinho quando é preciso dormir. Isso é muita responsabilidade para um bebê!! Ele não sabe que está irritado porque está com sono e a solução para isso é dormir! Nós, pais, que precisamos ensinar (e melhor ainda, guiar, pois se estabelecemos uma rotina o bebê não precisa passar por esta irritação fruto do cansaço excessivo).

De resto está tudo indo super bem, também! Só tenho acordado de manhã com excesso de leite porque meu corpo ainda está se ajustando às noites estendidas. Mas tenho aproveitado para tirar um pouco com a bombinha e congelar para quando precisar.

É isso aí! Espero ajudar alguma mamãe! Vale a pena ensinar seu bebê desde o primeiro dia (estou amando as noites bem dormidas!!). Mas lembre-se de não se estressar demais (principalmente se você for mãe de primeira viagem!). Curta seu bebê e ajude-o a se adaptar à rotina da casa!

sábado, 17 de julho de 2010

Alimentação a partir dos 6 meses

Olá! Hoje gostaria de compartilhar com vocês um resumo que fiz de algumas dicas e orientações contidas no livro Além do Nana Nenê acerca da alimentação do bebê a partir dos 6 meses de idade.

Vocês verão que alguns pontos não estarão em conformidade com o que a "pediatria tradicional", se é que podemos chamá-la assim, irá dizer.

Apesar disso, acho importante divulgá-los neste blog, pois acredito que uma característica importante da maternidade proativa é ir atrás de conhecimento e informação, que é diferente de simplesmente aceitar o que é comum e praticado, há anos, pela grande parte da população.

Enquanto houver dentro de mim esse anseio por "será que existe algo melhor?", eu não descansarei até encontrá-lo!!

Revisando as 3 atividades principais do dia do seu bebê (sempre nesta ordem).
1 - Hora de comer
2 - Hora de ficar acordado
3 - Hora da soneca

O 1º. ano do bebê é dividido em 4 fases (não entrarei em detalhe, pois a Cristine fez recentemente uma publicação sobre o que engloba cada uma):
1 - Estabilização
2 - Noite estendida
3 - Dia estendido
4 - Rotina estendida

OBJETIVO: O objetivo ao fim do 6º. mês é fazer os horários de refeição do bebê coincidirem com as refeições do restante da família.

Aos 6 meses, bebês criados segundo a AOP (alimentação orientada pelos pais) fazem a transição de uma rotina de 4 horas (com quatro mamadas ao dia) para 3 refeições ao dia (café da manhã, almoço e janta) e uma mamada na hora de dormir. Essa última refeição é necessária para que o seu leite não seque.

MAMADAS: Não confunda introdução de sólidos com suspender as mamadas!! Continue a oferecer o peito/mamadeira ANTES de servir os alimentos sólidos.

SUCOS: Sucos não devem substituir uma refeição e a criança não precisa dele todos os dias. A inclusão do suco deve começar por volta dos 6 meses. Se der sucos prontos, dilua-os com 50% de água até a criança completar 2 anos.

A princípio, dê suco no mesmo horário das refeições, preferencialmente num copo com canudinho embutido, não na mamadeira. Depois do 1º. ano, um copo de suco pode ser servido para a criança entre as refeições (como lanche).

MINGAU: O mingau é uma excelente fonte de ferro (misture farinha de cereal com leite do peito ou em pó), ofereça-o uma vez ao dia todos os dias.

SÓLIDOS: Ofereça os legumes primeiro (antes das frutas); os legumes podem ser congelados (esterelize os recipientes); fique atenta a sinais de possíveis reações alérgicas.

ORAÇÃO: Como pais somos, em muitos sentidos, substitutos para os filhos, servindo de consciência moral e tomando decisões prudentes para eles (até certa idade). Da mesma forma, devemos agradecer em nome dos nossos filhos pelos alimentos que irão receber!

HORÁRIOS: Não ofereça alimentos sólidos para, 2 horas depois, amamentar e, passadas mais 2 horas, oferecer alimentos sólidos outra vez. Isso é beliscar, e não comer, e PERTURBA o ciclo de fome da criança e a estabilização dos períodos de sono e de ficar acordado!

SELF-FEEDING: No começo seu filho usará os dedos para se alimentar sozinho (reflexo de preensão, aprox. aos 8 meses), mas com o tempo, normalmente entre 18 e 24 meses, ele já saberá usar a colher e o garfo.

DICAS IMPORTANTES:
- Não use alimentos para evitar conflitos.
- Procure não transmitir nenhuma preocupação exagerada com a alimentação.
- Tente tornar as refeições experiências agradáveis a todos (e não uma zona de guerra).

SOBRE O DESMAME:
- Elimine uma mamada de cada vez (isso permite que o corpo da mãe reduza apropriadamente a produção de leite).
- Se o seu bebê tem 9 meses ou mais, considere a possibilidade de passar direto para o copinho em vez a mamadeira (isso tornará a transição mais fácil para o desmame da mamadeira), você pode oferecer o copinho assim que o seu filho completar 6 meses.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A rotina e as cólicas

Estou aqui como uma mamãe convidada, para compartilhar com vocês minha experiência em relação a algo muito comum entre os bebezinhos até os 3 meses: as cólicas. Apesar de bastante comuns, elas conseguem nos deixar muito desestabilizadas, tanto fisicamente, como emocionalmente.

Manuela, minha pequenina de quase 3 meses, ainda sofre com essas dores. Elas geralmente vem acompanhadas de caretas, contorções no corpinho, rostinho vermelho, olhinhos espremidos e choro. Muitas vezes, na maioria delas infelizmente, não tem muito o que possamos fazer para que elas sumam totalmente. Mas procuro sempre colocar uma bolsinha de água quente, mudá-la de posição e fazer ginastiquinha com as perninhas.

Desde que cheguei da maternidade, procuro manter uma rotina bem estruturada, dando de mamar a cada 3 horas, deixando ela acordada e depois colocando ela para dormir. Apesar de fazer toda esta estrutura da melhor maneira possível, muitas vezes as cólicas nos deixam perdidas. Gostaria de encorajar as mamães cujos bebês tem essas dorzinhas a prosseguir PERSISTENTEMENTE com a rotina, mesmo que ela pareça bagunçada.

Nem sempre as mamadas serão as melhores, porque o bebê com dores não consegue sempre uma mamada completa e tranqüila, nem sempre o cochilo será calmo, porque as dores acordam os bebezinhos, nem sempre tudo será perfeito, mas não desanime e mantenha seu foco na estrutura que você deseja manter.

Aqui vão algumas dicas (são apenas dicas, não regras!):

- Caso a mamada tenha sido muito agitada e seu bebê tenha mamado muito pouco devido à dor, não dê leite antes de 2 horas, porque isso pode causar ainda mais dor. Mas, se sentir necessário, antecipe para 2 horas e 15 ou 2 horas e meia a mamada seguinte. A chupeta me ajuda nesses momentos, para que eu consiga segurar um pouquinho a hora de mamar e acalmar a Manu.

- Saiba identificar quando seu bebê está com fome ou está com dor. Isso é fundamental principalmente nas madrugadas. Muitas vezes a Manu acordou antes do esperado durante a noite e, observando seus movimentos, percebi que eram dores e não fome. Nessas horas eu faço a ginastiquinha, coloco a bolsa de água quente e a envolvo em uma mantinha. Isso faz com que ela durma novamente e agüente mais algumas horas até a próxima mamada.

- Lembre sempre que TODAS as fases passam, inclusive a das cólicas. Digo isso para mim mesma também! Não fique desesperada com as dorzinhas do seu bebê, ele precisa da sua calma para que também acalme e se sinta seguro.

- Não desista de manter a rotina com seu pequeno. Hoje, mesmo ainda tendo dorzinhas, a Manu tem feito bonitinho o processo de mamar, ficar acordadinha e depois dormir. Nem todos os dias são iguais, nem todos são como escolheríamos. Tente ser sensível e atenta aos sinais do seu pacotinho, para que juntos, vocês descubram a melhor maneira de estruturar um dia bem gostoso e proveitoso para ambos.

E juntas, vamos esperando que os três primeiros meses nos tragam mais tranqüilidade quanto as barriguinhas desses pequeninos!
"E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada."  Tiago 1:5
Tatiana Raia Bonassi

terça-feira, 13 de julho de 2010

Desenvolvimento do autocontrole

Um dos princípios que mais gosto e muito me chamou a atenção quando li Além do Nana Nenê de Gary Ezzo e Robert Buckman é que AUTOCONTROLE é a virtude fundamental - sem a qual as outras virtudes não podem existir - e a primeira que se deve buscar desenvolver nos pequeninos, já a partir dos 6-7 meses de idade.

Sobre isso os autores dizem: Aos atingir 5 anos, é tarde demais para a criança começar a trabalhar a capacidade de sentar quieta, prestar atenção e se concentrar. Tratam-se de habilidades referentes ao desenvolvimento MORAL, e não de atividades adquiridas de acordo com a idade (grifo meu).

Quando li essa afirmação pela primeira vez lembro-me de ter pensado, "Uau! Eles resumiram tudo, é isso mesmo!". Estudando mais sobre o assunto depois cheguei à convicção de que está aí uma chave importante para os pais que buscam verdadeiramente educar à maneira de Deus: entender que a educação que foca apenas o intelecto é incompleta e, como os próprios autores dizem, irá formar, na melhor das hipóteses, uma criança esperta porém moralmente frágil. O segredo é buscar uma educação que foca o coração da criança, que a ensina a ter a reação moral correta diante de diferentes situações; quando fazemos isso estamos educando-a como um todo.

Acho que como eu, muitas de vocês mamães devem estar pensando: "Tudo bem, Talita, eu concordo 100%, mas como fazer isso? Como fazê-los obedecer? Meu menininho (ou menininha) dá o maior show quando não consegue o que quer, as atitudes dele (ou dela) me deixam estarrecida e fico sem saber o que fazer, na maioria das vezes acabo cedendo às birras e manhas pra não passar vergonha". Se você já se viu diante de situações em que seu filho fez escândalo para conseguir o que queria, quando a desafiou e simplesmenste virou as costas e a desobedeceu mesmo depois que você deixou claro que não podia fazer algo, saiba que você não está sozinha. Nem dá para acreditar que esses fofuchos, ainda tão pequeninos e que antes pareciam verdadeiros anjinhos, são capazes de tanta rebeldia, não é mesmo?!

Para aplicar a solução que Ezzo e Buckman dão em seu livro, é preciso primeiro entender o princípio da obtenção gradativa de liberdades na mesma proporção em que a criança demonstra um comportamento responsável. Eles chamam esse princípio de "criar os filhos dentro do funil" e explicam que um erro comum é criar os filhos fora do funil dentro do 1º. ano de vida!

Segue uma representação matemática para facilitar a compreensão:
Liberdade > Autocontrole da criança ==> CONFUSÃO no desenvolvimento
Liberdade < Autocontrole da criança ==> FRUSTRAÇÃO no desenvolvimento
Liberdade = Autocontrole da criança ==> HARMONIA no desenvolvimento

Ezzo e Buckman afirmam: "Uma liberdade concedida a uma criança que não é orientada pelo nível de autocontrole necessário para lidar com ela acaba tornando essa criança ESCRAVA dos seus desejos" (grifo meu).

Por isso o segredo está em evitar a necessidade de ter que reeducar seu filho. Um bebê de 9 meses que aprendeu a engatinhar não pode ser dado a liberdade de tocar e explorar o que quiser. Não colocar restrições é conceder uma liberdade exagerada, pois o ambiente é grande demais para ele, oferece um nº. excessivo de variáveis com as quais ele não está pronto para lidar. Por que acrescentar à vida do bebê uma variável que precisará ser corrigida mais tarde? Ao invés de ajudá-lo a avançar gradativamente para uma liberdade cada vez maior, isso irá inevitavelmente fazê-lo regredir para uma restrição maior, e como todas sabemos nenhuma criança gosta de perder território que já conquistou!

Avalie constantemente aquilo que permitirá seu filho fazer, sempre levando em conta sua idade, compreensão e habilidades, de modo que a suspensão de privilégios não seja a norma, e sim exceção. Os autores afirmam que "É a correção constante e a imposição de limites que perturba o universo da criança, causando confusão no desenvolvimento" e "A sua vida e a de seu bebê serão muito mais agradáveis se você criar seu filho dentro do funil, permitindo que as restrições deem lugar às liberdades de forma GRADATIVA" (grifo meu).

Em breve pretendo escrever mais sobre o assunto, pois o livro é rico em detalhar exemplos práticos de como criar seu filho dentro do funil.

Beijos e até a próxima!

domingo, 11 de julho de 2010

Amamentação

Aqui vão algumas dicas e fatos que aprendi com minha experiência!

A pomada Lansinoh ou Lanidrat (lanolina pura) são excelentes! Uma amiga já havia me indicado quando estava grávida do Tiago, e quando comecei a amamentar realmente não tive problema algum. Desta vez, em meio às visitas e emoções do pós parto, acabei esquecendo de passar a pomada depois de 3 mamadas seguidas. Passei a entender o que as mães enfrentam quando os bicos começam a doer e rachar! Nossa, é horrível! Graças a Deus que minha pomada estava lá do meu ladinho e com uma vez que passei já começou a aliviar e tudo voltou ao normal! Por isso se você está grávida recomendo muito esta pomada como parte da sua listinha de coisas a comprar antes do bebê nascer!

É muito importante deixar o bebê sugar, mesmo que não saia nada, nos primeiros dias na maternidade. Na maternidade onde tive a Larissa davam pouca importância a isso e eu achei muito ruim. Mesmo que o bebê não mame nada ou que a mamãe ainda não tenha leite, o sugar do bebê estimula o leite a descer, e quanto mais ele estimular mais rápido vai descer. O colostro que sai antes do leite descer também é muito importante para o bebê.

Não acho necessário qualquer tipo de complemento durante o tempo na maternidade! O corpo do bebê já nasce com reservas para poder aguentar alguns dias sem o leite e só mamar colostro. Mas isso também não é desculpa para não dar importância ao sugar do bebê! Desde que nasce, já deve sugar o peito da mãe, e mamar colostro, de 3 em 3 horas.

Meu leite desceu depois de 3 dias com o Tiago e 2 dias com a Larissa. Quando meu leite desce eu tenho excesso de leite! Parece que meus peitos vão explodir! Porém, tirar o leite (com bombinha) acaba estimulando mais ainda a produção, por isso eu só massageava com movimentos circulares e assim ia tirando um pouquinho o excesso para dar uma aliviada. Também fiz compressa com gelo para aliviar a dor. Depois de uns 3 dias meu corpo começa a perceber que eu não tive trigêmeos e que meu bebê não precisa de tudo isso!! Minha produção de leite começa então a diminuir. Porém, antes dela estabilizar, percebi que com os dois filhos tive um período de queda de produção que me deixou preocupada. Com o Tiago cheguei a ligar para a médica porque estava preocupada de estar com o leite secando. Ela me passou um spray mas nem cheguei a comprar. Em alguns dias a produção aumentou novamente. Com a Larissa foi igual mas durou um pouco mais esta baixa produção, mas eu lembrei que com o Tiago também havia acontecido e fiquei tranquila.

Quando você percebe que a produção de leite está menor, tente dar de mamar com intervalo um pouco menor do que o que estava dando por 1 ou 2 dias. Eu estava dando cada 3 horas e comecei a dar cada 2 horas e meia (as vezes 2 horas). Fiquei uns dois dias ou mais fazendo isso e aos poucos a produção foi aumentando. Porém, cuidado para não acostumar o bebê com "lanches" como diz o Nana Nenê. Se o bebê mama pouco quando mama cada 2 horas, ele vai se acostumar a apenas lanchar em vez de ter uma "refeição completa" e vai se acostumar a mamar cada 2 horas e só um pouquinho cada vez. Isso aconteceu com o Tiago e fiquei exausta!

É normal o corpo demorar um pouco para estabilizar a produção de leite. O primeiro mês inteiro com a Larissa eu tive momentos de peito bem murcho e sem muito leite e momentos de peito bem cheio. Agora que estabilizou e estou sempre com bastante leite. Então não se preocupe se isso acontecer com você! Jamais comece a dar complemento para seu bebê se sentir que está com menos leite! Se você fizer isso, vai ficar com cada vez menos leite. O sugar do bebê que estimula a produção do leite, então simplesmente dê de mamar com intervalo um pouco menor ou dê uma mamada a mais por dia para estimular. Você pode usar uma bombinha de tirar leite também para estimular. Se o bebê começar a mamar complemento, vai mamar menos em você e seu leite vai aos poucos secar. A Talita pode falar por experiência que o pediatra pode até recomendar dar complemento, mas que não é necessário! Ela não deu, e sua bebê engordou super bem até a consulta seguinte!

Banho quente estimula o leite a descer, então se está chegando a hora do bebê mamar de novo e você sente que o peito está meio vazio, tome um banho quente antes da mamada.

Tire leite com uma bombinha depois da mamada do bebê, para esvaziar o peito e seu corpo então aos poucos começar a produzir mais (achando que o bebê está mamando mais!).

Tente dormir quando o bebê dorme. O cansaço e o stress são inimigos do leite...rsrs. O emocional afeta muito a produção do leite, também.

No meu caso, dar os dois peitos nunca foi bom. Sei que o Nana Nenê ensina a oferecer os dois peitos, porém, como a Larissa é muito sonolenta (e a maioria dos recém nascidos!) ela mamava quase dormindo e se eu tirava ela do peito ela não acordava mais para mamar no outro! Então para ela mamar tudo o que precisava, eu dava só um peito e na próxima mamada eu dava o outro. Assim ela também mamava o leite mais concentrado do finalzinho. Por incrível que pareça, para mim, dar os dois peitos diminuia minha produção em vez de aumentar. Dar um peito só esvaziava mais o peito e estimulava mais. Então faça o teste...por um dia inteiro dê um lado por vez e vê se estimula a produção. O pediatra da Larissa falou para eu dar 5 minutos do peito mais vazio primeiro e depois passar para o peito mais cheio. Mas isso não dava certo com ela.

"Namorar" com o marido também estimula a produção do leite! Sei que depois do parto existe a quarentena e tudo mais...mas não significa que é proibido namorar um pouco!

Espero que as dicas sejam boas para alguém! Mamães que acompanham o blog, deixem comentários sobre suas próprias experiências com a amamentação e quais dicas possam ter! Pode ajudar muito uma mamãe ou uma futura mamãe!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Rotina e as fases do bebê

Veja as fases que o Nana Nenê fala (de um bebê que segue uma rotina de mamar, ficar acordado, dormir - cada 2 horas e meia a 3 horas - contando a partir do começo de uma mamada até o começo da outra):

Fase 1 - Estabilização (nascimento até 8 semanas de vida): Nos primeiros 10 dias tente fazer o bebê mamar uma mamada completa a cada mamada (tente manter o bebê acordado para mamar tudo o que precisa, caso contrário ele se acostumará com "lanches" em vez de "refeições completas" e precisrá mamar o tempo todo). Dentre 2 semanas, o bebê deve conseguir mamar cada 2 horas e meia a 3 horas (não seja rígida demais com o relógio nesta fase! Se o bebê mostrar fome antes das 2 hora e meia, dê de mamar!). Isso também ajudará a estabilizar a produção de leite da mamãe e os ciclos de fome/tempo acordado/ e sono do bebê. Depois da primeira semana o Nana Nenê diz que o bebê já deve fazer a sequência de mamar, ficar acordado, e dormir entre cada ciclo de mamadas. Porém, sei que nem todos bebês conseguem ficar acordados depois de uma mamada neste comecinho. Os meus dois filhos só conseguiram mais tarde. Minha filha só conseguia ficar acordada depois de algumas mamadas depois de umas 3 semanas de vida. Talvez porque nasceram bem pequeninhos que precisavam dormir tanto. Mas esta sequência irá ajudar o bebê a dormir a noite toda mais pra frente. Com 8 semanas, muitos bebês já conseguirão fazer 6-8 horas seguidas a noite sem mamar. Alguns bebês começarão a esticar a mamada da noite sozinhos, simplesmente não acordam uma noite. Outros precisam de uma ajuda...os pais podem oferecer a chupeta ou deixar chorar um pouco pra ver se o bebê dorme de novo (o corpinho acostumou a acordar mas não necessariamente precisa mamar).
Uma dica importante para esta fase: determine um horario fixo para começar o dia para que os horarios das mamadas sejam mais ou menos iguais todos os dias. Isso ajuda muito a estabilizar o metabolismo do bebê. Com a Larissa, temos começado o dia entre 6:30 e 7:30 todos os dias, dependendo do horario da mamada no meio da noite (mesmo se ela mama as 5 da manhã, acordo ela as 7:30 para mamar de novo e começarmos o dia sempre mais ou menos no mesmo horario).

Fase 2 - Noite Alongada (9 -15 semanas de vida): bebês que mamam no peito podem fazer 9-10 horas seguidas sem mamar durante a noite e um bebê que mama mamadeira consegue até 11 horas. Uma mamãe que amamenta no peito precisa monitorar bem sua produção. Se ela sentir que está diminuindo, não deve deixar o bebê dormir mais que 9 horas a noite sem mamar, nesta fase.

Fase 3 - Dia Alongado (16-24 semanas de vida): Nesta fase a maioria dos bebês iniciarão os alimentos sólidos e continuarão com 4-6 mamadas. A maioria dos bebês estarão dormindo 10-11 horas seguidas a noite. Nesta fase também a mamãe que amamenta no peito precisa observar sua produção de leite. Adicione uma mamada a mais durante o dia se sentir que precisa. Para eliminar a mamada dos sonhos (das 22:00 ou 23:00), como chama a Encantadora de Bebês, é preciso antecipar AOS POUCOS esta mamada...começar a dar as 21:30 depois 21, etc...para que o bebê vá acostumando a mamar mais cedo aos poucos e continue mamando no mesmo horario de manhã.

1 mês de Larissa!

A Larissa já completou um mês e vim compartilhar como tudo tem ido!

Hoje a Larissa está fazendo uma rotina mais ou menos assim:

6-7 horas - mama, troco ela e coloco no berço novamente. As vezes ela fica um pouquinho acordada e então dorme sozinha, as vezes já vai pro berço dormindo.

9-10 horas - mama, troco e tento manter ela acordada um pouquinho. Coloco ela na cadeirinha (estas da fisher price) e ela fica lá olhando tudo. Daqui a pouco ela começa a sentir sono e começa a reclamar. As vezes reclama um pouco, as vezes chora. Deixo ela chorar mas tento acalma-la com minha voz. Se ela chora muito alto eu pego no colo (ela para na hora!) e então coloco ela de volta. As vezes preciso repetir isso umas 2 ou 3 vezes mas ela sempre acaba dormindo (na cadeirinha).

11:30-12:30 - dou de mamar, dou banho e coloco no berço. Geralmente ligo o móbile e ela fica olhando! Geralmente dorme sozinha..as vezes chora um pouco. O Tiago também vai dormir esta hora (entre meio dia e 13 horas) e eu descanso (ou escrevo no blog como agora, rsrs!).

14:30- 15:30 - O Tiago acorda e a Larissa também. Dou de mamar e tento manter ela acordada um pouco. coloco na cadeirinha da fisher price na sala para dormir. Depois faço janta.

17:30 - 18:30 - Mama e dorme na cadeirinha ou no moisés na sala. Tento manter ela acordada um pouco antes de dormir de novo. Depois dou janta pro Tiago.

19:30 - 20:30 - (depois de somente 2 horas, pra encher bem a barriga) Mama e vai pro berço...as vezes dorme na sala mesmo (na cadeirinha) para o papai poder ver ela quando chega.

22:30 -23:30 - mama, e volta pro berço.

2:30- 3:30   - mama e volta pro berço

6:30 - 7:30 - mama e tudo recomeça!

Claro que tem dias que tudo muda! Mas quando tudo vai bem nossa rotina é esta. Meu objetivo principal é manter 2 horas e meia a 3 horas entre as mamadas e manter ela acordada um pouco depois das mamadas. Tem dias que ela acaba dormindo antes de mamar tudo o que precisa e depois de 1 hora e meia ja acorda faminta...como ela tem uma rotina, consigo distinguir bem os choros dela. Normalmente sei quando é choro de fome, dor ou porque está com sono e quer ajuda pra dormir (neste caso deixo chorar um pouco ou pego e coloco de volta até ela dormir sozinha...pra não acostumar a precisar de colo ou mamar para pegar no sono).

O objetivo da rotina (clique no marcador Rotina no menu ao lado direito do blog para ver mais posts sobre rotina) é regularizar os ciclos de fome e sono do bebê durante o dia pra que ele/a estenda cada vez mais a noite. Também ajuda a mãe a entender melhor os choros do bebê dependendo do momento do dia (fome, sono, etc). Com segundo filho é especialmente importante para poder planejar bem o dia e dar a atenção devida aos dois filhos!

A Larissa começou a esticar um pouco mais as mamadas da noite (agora 4 horas) e também começou a fazer menos cocô durante a noite (ufa!!). Isso faz ela dormir melhor (e eu tb!). Aos poucos o corpinho dela está se regularizando com dia e noite.